No Fim da Estrada

Cheguei ao fim da estrada

E não sei como voltar

É uma encruzilhada

Na fronteira de algum lugar

Que não parace em nada comigo

Peço ao estranho um abrigo

Em cada esquina, em cada posto, em cada passo sem direção

Ouvi falar de gente

Que se perdeu pra descobrir

E não pulou da ponte

E se atreveu a prosseguir

Em um navio estando a deriva

Com um sonho que não se priva

A cada dia, a cada noite, a cada impulso

do coração

Percebo nesse estranho

Alguma coisa em comum

Talvez não seja sonho

Talvez apenas déjà vu

Daqueles tempos de menino

Uma trapaça do destino

Trazendo a culpa, a decadência

A incoerência da exceção.