TEMPO

TEMPO
Milton Jorge da Silva.

Tempo, tempo, tempo,
Como foi bom te encontrar
Viver a ilusão de vê-lo passar.

Tempo, tempo, tempo,
Como pude me enganar.
Você não passou e aí está
Senhor do destino do bem e do mal.

A vida pra ti é um sopro ligeiro
Mera passageira que vem e que vai.
Enquanto passamos você permanece
Senhor do destino que tudo conhece.

Amanhecia a vida surgia
Num choro sentido de uma criança.
Sequer percebi o tempo a correr
Folguedos, escola, juventude a passar.

Antes de meio dia
Uma companheira para a vida inteira
E os filhos chegaram.

Trazendo esperanças
Num novo amanhã
Certeza que a vida vai continuar.

Ao entardecer os filhos dos filhos
Preenchem o vazio por eles deixado.
Brincadeiras de roda num novo formato
Há muito mais tempo para curtição.

As rugas no rosto em nada atrapalham
E os cabelos brancos é um charme a mais.
O tempo voando muito mais ligeiro
Mal chega setembro vem novo janeiro.

O sol foi embora a noite vem vindo
Olho para trás vejo a caminhada.
Estradas tão belas por onde passei
E tanta beleza eu observei.

São rios e mares, florestas, jardins,
As flores mais belas se abrindo pra mim.
Olho para o céu estrelas, luar,
Quanta coisa linda para admirar.

Á meia noite olho o firmamento
É chegado o momento de retornar.
Voltar as origens do início de tudo
Sem ter um motivo para lamentar.

Quem sabe outro dia num feliz retorno
Te encontre tempo feliz generoso.
Sorrindo e cantando ao me encontrar
Afirmando que a vida vai continuar.
Milton Jorge da Silva Escritor
Enviado por Milton Jorge da Silva Escritor em 21/06/2019
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