Nas linhas tortas do orgulho

Curitiba, 09 de julho de 2015.

Todas as tentativas de ser frio que eu tenho feito.
Todas as vezes em que penso em te procurar, mas recuo,
sinto o peso de cada de um desses passos,
sabe-se lá para onde, sabe-se lá para onde eu vou.

O orgulho é a pedra pesada que eu carrego junto ao peito,
é uma questão de honra ficar bem longe de você,
mas tudo isso é de um paradoxo tão barato e mal cheiroso
pensar que posso controlar meu coração é um ato presunçoso,
eu estou sempre tropeçando nas linhas iniciais.

A bebida é apenas mais uma desculpa, eu sei e você sabe.
Eu saí essa noite para me divertir e te esquecer,
mas naquela mesa cheia eu senti a falta que você me faz.
Dia após dia, já são tantos, e é só o que sei falar.

E daí que já é tarde, que minhas palavras não têm sentido?
E daí que eu já devia ter apagado o seu número dos contatos?
Eu não te apago do meu peito, isso é tudo.
Eu queria fazer tudo ser diferente entre nós,
mas essa culpa eu carrego sozinho, a culpa foi toda minha,
você também era, mas você sabe, eu sempre estrago tudo.


A caminho de casa estou, para o vazio de um sofá frio,
gozando da plenitude cosmopolita do solitário eremita,
o efeito do porre devia fazer de mim um poeta,
mas desde o meu sorriso até o laço no cadarço,
todo pedaço de mim tem um punhado horrendo de hipocrisia.

A bebida é apenas mais uma desculpa, eu sei e você sabe.
Eu saí essa noite para me divertir e te esquecer,
mas naquela mesa cheia eu senti a falta que você me faz.
Dia após dia, já são tantos, e é só o que sei falar.

E daí que já é tarde, que minhas palavras não têm sentido?
E daí que eu já devia ter apagado o seu número dos contatos?
Eu não te apago do meu peito, isso é tudo.
Eu queria fazer tudo ser diferente entre nós,
mas essa culpa eu carrego sozinho, a culpa foi toda minha,
você também era, mas você sabe, eu sempre estrago tudo.


Todas as tentativas de ser frio que eu tenho feito.
Todas as vezes em que penso em te procurar, mas recuo,
sinto o peso de cada de um desses passos,
sabe-se lá para onde, sabe-se lá para onde eu vou.

E daí?
E daí que já é tarde?
Eu saí essa noite para me divertir e te esquecer,
outra hipocrisia de que devo me redimir, sempre é.

E daí que já é tarde, que minhas palavras não têm sentido?
E daí que eu já devia ter apagado o seu número dos contatos?
Eu não te apago do meu peito, isso é tudo.
Eu queria fazer tudo ser diferente entre nós,
mas essa culpa eu carrego sozinho, a culpa foi toda minha,
você também era, mas você sabe, eu sempre estrago tudo.

E daí que já é tarde, que minhas palavras não têm sentido?
E daí que eu já devia ter apagado o seu número dos contatos?
Eu não te apago do meu peito, isso é tudo.
Eu queria fazer tudo ser diferente entre nós,
mas essa culpa eu carrego sozinho, a culpa foi toda minha,
você também era, mas você sabe, eu sempre estrago tudo.
Marisol Luz (Mary)
Enviado por Marisol Luz (Mary) em 18/05/2020
Código do texto: T6951465
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