Pandemia em Ré, menór

Se vista se cubra, salvá quem tá nua

Se vista se tape, favor não me mate

E lave as mãos, se senta no chão

E lave os sapatos, deixar aí do lado

Entrar no meu quarto, tem roupa bonita

Sair pra esse lado, melhor ter luvinha

Trocar dessa roupa pra mudar o pano

Daqui mais três anos, completar os planos

Pra que saber ler sem ter revistinhas

Como escutar só boas companhias

Se tudo que eu faço, anotam lá em cima

Nem assim me deixam, lavar a mãozinha

Ai ai que dor que isso traz

Eu estava pra ser capataz

Ai ai que medo que dá

Fica viva, vó; meus tios vão brigar

Quem sabe onde vai não sabe onde vem

Quem pode perder tá se dando bem

A contagem vai sobe quem fica se fode

A contagem subindo com preço do vinho

E o número sobe nóis vamo po shopem

E o número sobe nóis vamo po chopem

E o número sobre nóis ouve Chopin

E o número sobe nóis vamo po chopem