Baião clarividente

Se eu agora não reparo

quem é que me diria?

Nem tudo é tão claro

mesmo que a luz do dia

Nem tudo que dá amparo

tem consigo boa energia

Muito do que é raro

nem sempre é mercadoria

O tempo é muito caro

quanto a vida é uma via

Saber o que é disparo

as vezes é pela agonia

Ser sincero, ser o aro

o raio, o medo, a euforia

Gostar de Santo Amaro

sem a fé que merecia

Nem tudo que declaro

traz a verdade que urgia

Há entraves que eu saro

através da analogia

Tem bicho que tem o faro

no osso que o outro roía

Se eu agora não reparo

há alguém que me diria?

26-07-2021

20h34min

Murillo diMattos e Celso Galvão
Enviado por Murillo diMattos em 29/07/2021
Código do texto: T7310149
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