Prego que se destaca sempre leva martelada

Acordo cedo, cafezinho sem açúcar

Já tem boleto acertando minha nuca

Ônibus lotado, pisam no meu pé

Cara feia, dizendo: “perdeu mané”

E hoje tenho que viver escondido

Nem minha opinião eu posso dar

E mesmo não sendo um bandido

Tem um careca querendo me pegar

Sonho alto, mas não tenho terno engomado

E é melhor ser raiz do que plástico importado

Às vezes falo muito, e sou sincero na jogada:

Prego que se destaca sempre leva martelada

Meu salário é tímido, e o imposto é pesado

Parece castigo do ‘amor’, viver endividado

Fazem besteiras e tenho que ficar calado

Tristeza imensa ver esse brazil quebrado

Sou um louco, um sonhador, um atrevido

Melhor isso do que um cidadão vendido

Mas me sinto como um jogador vencido

Num jogo onde a honra é algo esquecido

Sonho alto, mas não tenho terno engomado

E é melhor ser raiz do que plástico importado

Às vezes falo muito, e sou sincero na jogada:

Prego que se destaca sempre leva martelada

No noticiário, tudo me faz perder o ar

E a esperança querendo se aposentar

Sigo firme, mesmo sendo perseguido

Prefiro a verdade do que ser um iludido

Sonho alto, mas não tenho terno engomado

E é melhor ser raiz do que plástico importado

Às vezes falo muito, e sou sincero na jogada:

Prego que se destaca sempre leva martelada

Poeta Sulmineiro
Enviado por Poeta Sulmineiro em 19/06/2025
Código do texto: T8361470
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