Ler é compreender

“A leitura do mundo precede a leitura da palavra”[Paulo Freire]

Logo, o leitor atua inferindo novos sentidos e significados às palavras. Uma figura de linguagem empregada transporta-o a outro signo pelo qual pressupõe, subentende e decodifica o texto. Assim, ao relativizar cognitivamente informações dos seus saberes o leitor dialoga com o texto atuando como um segundo autor. Esta interação, autor-leitor-texto, implica em reflexão, em pesquisa e num imenso desejo de desemaranhar a tessitura.

De modo que, o autor ao inserir "palavras-chave" oferece pistas e espera estabelecer significados assertivos com a vivência do leitor.

No entanto, para que isto ocorra faz-se necessário uma estrita observância de mundo.

Para Bakhtin:

["O essencial na tarefa de descodificação não consiste em reconhecer a forma utilizada, mas compreendê-lo num contexto concreto preciso,

compreender sua significação numa enunciação particular. Em suma,

trata-se de perceber seu caráter de novidade e não somente sua

conformidade à norma. Em outros termos, o receptor pertencente a

mesma comunidade lingüística, também considera a forma lingüística

utilizada como um signo variável e flexível e não como um sinal imutável e sempre idêntico a si mesmo."] (BAKHTIN, 2006:96).

Nalva Sol
Enviado por Nalva Sol em 02/05/2016
Reeditado em 02/05/2016
Código do texto: T5623383
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