Áudio-descrição

O reconhecimento e utilização da AD no mundo se deu, de inicio, por intermédio dos Estados Unidos e posteriormente por alguns países da Europa e Japão.

Dos países da América do Sul o Uruguai se destaca, pois como afirma Graciela Pozzobon, lá é uma realidade, assim como nos EUA e países da Europa como: Alemanha, Reino Unido, França, Espanha.

Em Portugal, de acordo com artigo "Estudo da Arte em Portugal", ao menos até 2011, não havia em nenhuma sala de cinema o recurso de AD, e o que havia em televisão era muito precário. Em peças teatrais, por ser ao vivo e ter como requisitos básicos equipamentos específicos, além de ensaios com atores e pré-aprovação de diretor, poucos espetáculos oferecem o recurso, bem como, os musicais e espetáculos de dança. Ao passo que, em museus, segundo pesquisas, a AD está em franca expansão.

Por sua vez, o Brasil, onde tudo é uma peleja, só se tem notícia de áudio-descrição após 30 anos. Cria-se uma Lei em 2004 a qual complementa uma outra de 2000, regulamentando as questões referentes à acessibilidade na programação veiculada pelas emissoras de televisão. Logo após, alguns decretos e portarias em 2005 e 2006 complementando-as. Contudo, seguido de um retrocesso em 2008 com uma nova Portaria, a qual, pelo visto, deu muito "pano para manga" com a suspensão da AD. Vale ressaltar, que somente em 2011 após muita discussão é que vem a obrigatoriedade da áudio-descrição de apenas DUAS horas semanais em TV aberta com sinal digital, ou seja, transita lentamente. Ao passo que, a meta é de que as mídias se adequem à vinte horas semanais até 2021, entre 18h e 2h da madrugada, a propósito, ainda não é nenhuma vitória.

É sabido que a nossa sociedade se integra a partir dos meios de comunicação, canais de TV, vídeos e internet, os quais, são atualmente fatores de extrema necessidade para informação e formação dos indivíduos. Ademais, isso é um direito assegurado, porém, ainda não devidamente às pessoas com deficiência visual, por não haver a acessibilidade adequada.

Suponho, que a estrada é longa, porém promissora, tanto para os que necessitam do recurso quanto para o audiodescritor. Já que o exercício da profissão foi regulamentada, fazendo com que aumente a oferta de cursos preparatórios, de formação e consequentemente, de trabalho. Espero também, que assim como Libras, em breve, áudio-descrição e Braille possam integrar o currículo das disciplinas que fazem parte da formação do professor, ao menos para se ter uma base, pois a profissão requer uma formação especifica, como: Pós, Curso de Extensão, Especialização etc.

Certamente, por meio de pesquisadores e profissionais da área a Áudio-descrição se disseminará tornando-se assim A VOZ e uma realidade nos meios educacionais e culturais no nosso País.

Nalva Sol
Enviado por Nalva Sol em 17/09/2016
Reeditado em 17/09/2016
Código do texto: T5763744
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