É NATAL!

Suprema doçura! Santa e divina loucura

É o Deus absoluto... A incorporar o limitado

Ser uma simples, igual e reles espécie humana

Dentro de um mesmo tempo e em finito espaço

Fazer-se relativo e deixar-se crucificar

Só para programar a sabedoria de amar

Nessa louca pedagogia a invadir nossos dias

Reside aí, talvez, toda a profundidade e magia

E para mim persiste e resiste o mistério

À custa de tanta dor e impropérios

Mostrando ao mundo o belo e o imundo

Na dualidade filosófica do bem e do mal

Do ser humano e as artimanhas do animal

No contraste da brutalidade com a delicadeza

Da feiúra do pecado com a virtude sutil da beleza

Da fortaleza de quem luta com a das fraquezas

Do velho doente decaído e do novo a renascer

E na falta da fé do possível e nas suas incertezas

Onde o pessimismo cruel quiser vir a se instalar

Coberto da tristeza a tira colo ousando incomodar

Que sejamos assim... Pra lá de meio otimistas

De que se existe uma sexta-feira da Paixão...

Há no seu bojo um domingo de Ressurreição

E que o Menino Jesus encontre uma manjedoura

E possa vir a nascer dentro do nosso coração

Esta é a essência da mensagem natalina presente

Hoje e sempre. Aqui e agora... Eternamente!

Hildebrando Menezes

Nota: Inspirado em ‘Fraternos Templos em Carne Viva’ de Ana da Cruz

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Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 21/12/2009
Reeditado em 21/12/2009
Código do texto: T1988514