Carta ao Pai Natal

Há uns dias acordei com a nostalgia a meu lado contudo, pensei somente ter sonhado. Por entre as pálpebras dos meus olhos verdes esperança pareciam deslizar lágrimas coloridas por recordações e também por desejos que há muito pretendo realizar. Então, pensei escrever uma carta ao Pai Natal, mas lembrei-me de que são inúmeras as pessoas que a ele recorrem, por que haveria ele de me escolher a mim para presentear?

Fechei de novo os olhos e concentrei-me no pensamento optimista de que sem lhe escrever nunca obteria uma resposta, fosse ela positiva ou negativa. Assim, na minha mente criei uma folha de papel em branco, límpida e pura como é pura a ingenuidade com que vivo certos momentos e ditei a um escrivão as palavras que letra a letra; sílaba a sílaba sentia meu coração. (...)

Quando dei conta, na realidade o Natal era para mim algo bem diferente daquilo que eu imaginava, ou até do que sentia no passado. Nesse momento tão meu, abri repentinamente os olhos e olhei em meu redor, finalmente, depois de poucos mas longos anos de existência, reconstruí um mundo com lugar para todo o Ser Humano, pois em cada um dos nossos egos há defeitos e virtudes... há, simplesmente, a razão de existir!

Assim, meu querido Pai Natal, te apresento a minha lista de presentes:

Pedir-te-ia um portátil

Para melhor organizar

Os textos que escrevo sem parar,

Contudo, sou bem versátil,

Posso na minha mão pegar

E assim ajudar quem mais precisar;

Pedir-te-ia uma câmara digital

Para registar os momentos

Com os melhores sentimentos

De uma forma natural;

Pedir-te-ia um telemóvel

Mas já tenho o meu,

Sei-o meio louco mas,

Totalmente, ainda não enlouqueceu;

Pedir-te-ia um livro

Para viajar na leitura...

Pedir-te-ia muito mais,

Só que, lembro-me hoje dos demais!

Com a mão estendida

Te peço então:

Concede a toda a gente

Saúde; trabalho; dinheiro e comida

Para que o natal

Seja para sempre

Uma data querida

Mesmo aos que pobres são!

artescrita
Enviado por artescrita em 16/12/2005
Código do texto: T86677