Reflexão De Um Desanimado

( Poesia Recitada 002 - Kícia - Aurélio Vale).

( Poesia Recitada 001 - Hamilton Hagard).

Esta fase é uma fase brusca,

Pois nela vivo na escuta,

E tenho pena da minha procura,

Tantas vezes na dúvida!

Se amei: Não sei!

Se gostei: Não sei se existiu Amor!

Se já tive alegria, no que sonhei:

Hoje, parece que se apagou e nunca mais terei!

Quando a Felicidade era sentida não distante...

Hoje, parece que em algum lugar do infinito se esconde!

É, bem sei a que ponto cheguei!

Serei eu errado, cedendo perante esta Vida,

Por sonhos e ilusões juvenis;

Decisões próprias e que não foram como queria!?

Porque nada tem sentido, nem a solidão é amiga!

Tudo aparece vazio, meu pensamento é uma fadiga!

Qual será o destino de uma alma desanimada?

A Vida apresenta-se um hábito!

A Poesia no Coração, não canta rimada!

Qual será o resultado no fim da linha?

Pois esse momento,

Não passa de um momento inanimado:

Sem lucro... sem progresso... derrotado!

Será se a reação, porá força no Coração?

Não, não posso julgar-me inútil!

Afinal, meus pensamentos são livres,

E por direito podem formular as suas opiniões!

Sim, quem sabe dando mais uma chance para eles?

Olhando com bons olhos,

Aquele horizonte que parece perdido!

Talvez assim fazendo, levando esta força,

Que neste instante me cala,

Ache a forma que me tirará desta penumbra!

Este terreno que piso!

Estas palavras sussurradas que saem dos meus lábios!

Este silêncio! aquela fresta,

Que posso identificar com o escuro da noite!

Posso ver uma estrela, que formosa brilha...

Brilha sem cessar, para o mundo! para a noite! para mim...

E eu, neste estado: arriado... desanimado!

Será se a minha ignorância vai carregar-me,

A ponto de deixar-me morrendo, aos poucos,

Sem denotar motivos algum, para esta evasão!?

Não, não posso fraquejar!

Ainda existe o Mar! os pássaros! as flores!

Ainda existe os amigos! os bosques!

E não é belo, quando pela manhã o Sol se levanta,

E com seus raios aquece esta terra!?

Mesmo os dias nublados! os dias chuvosos!

Por que não?

E aquela rosa.... aquele cravo... os jasmins,

Que soltam perfumes!

Mesmo quando os carrancudos,

Olham-nas, das suas maneiras tão sinistros!

Elas também têm suas vidas!

Vem... vão... voltam... se abrem... se fecham...

E o sorriso daquela criança,

Que um dia sonhou ser feliz!

Aqueles planos que eram envolvidos em sorrisos,

Na Esperança que espelhava a vinda futura!

Só porque não contava com a luta que travaria,

Para conquistar por findo a sua Felicidade?

Só porque a diferença no relacionamento,

Relacionada a outros, não te alimenta?

Não, não estou só como penso!

Tenho estes lampejos!

Lampejos marcantes, que não podem ser apagados,

Qual se fossem erros... erros de datilografia...

Erros no português... ou quaisquer outros erros burocráticos!

Se ainda posso refletir, por que não alimentar meu Coração?

O que julga: ofendido! estraçalhado! Magoado!...

Será mais uma tentativa!

Darei mais uma chance aos meus sentimentos...

Por que não?

Estou vivo! continuarei amando! amando! Amando!...

Hoje sorrirei!... e na certeza para sempre alegria terei...

Se a Felicidade já avistava não longe!

Então, conseguirei seguindo no seu encalço!

Se a solidão não pode ser amiga,

O meu pensamento não poderá ser fadiga!

Não posso viver desanimado!

Se a reflexão está no meu peito, calada!

Então, para quê recordar momentos dolorosos,

Que a própria poeira do tempo sepultou?

Vou converter por experiência, em alegria,

Estas tristes lembranças que já passou!

Pois a Vida vai seguir sempre... evoluindo na geração!

Dou término a tudo do que me parecer mal.

Procurarei o que me fará bem: a reação!

A Poesia porá sentido no meu Coração...

A rima fará justiça naqueles momentos de oposição.

Recuperarei com as minhas forças!

E com a Fé que vai despertar-me para o caminho melhor!

Sairei dos escombros: livre! livre! Livre!...

Pegarei na mão de Deus e seguirei na sua confiança.

Viverei na direção,

Transmitindo no meu Coração,

A mensagem da Esperança.

A que temos por certo...

Para sempre...

José Corrêa Martins Filho
Enviado por José Corrêa Martins Filho em 28/05/2019
Reeditado em 09/05/2023
Código do texto: T6659049
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