Tanto faz como tanto fez

SALMOS 84:2

"A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo!"

_____

Falamos, ontem, sobre o versículo 1 (Mensagem entitulada: IGREJA, MARCHE!), em que o Salmista se refere com carinho sobre o templo (Tabernáculo): "Quão amáveis são os teus tabernáculos". Vimos a responsabilidade dupla que temos de preservar a amabilidade/agradabilidade do Tabernáculo em âmbito pessoal - já que somos Templos do Santo Espírito - e, também, coletivamente, na comunhão plena com os irmãos, como um só Corpo, cuja Cabeça é Cristo Jesus".

Vimos, ainda, que a nossa prioridade é agradar Àquele que manda: O SENHOR DOS EXÉRCITOS, ao qual temos de obedecer.

Hoje, no versículo 2, percebemos um certo SAUDOSISMO do Salmista. Ao que parece, por algum motivo (guerra, perseguição, etc.), ele teve de permanecer afastado do templo, e demonstra ter sofrido muito com esse distanciamento.

No ano de 2.009, eu vivi uma experiência assim, quando me mudei para Iturama MG, no Triângulo Mineiro - há quase 800 km daqui.

Na ocasião, tive de partir antes, a fim de preparar tudo, e fiquei longe da minha família por longos 14 dias. FOI O PIOR PERÍODO QUE PASSEI POR LÁ.

Sofri muito também por causa da Letícia - a minha filhinha do coração, da qual a Luzia cuidou desde bebezinho até os dois anos.

Ou seja, para sentirmos saudades de ALGUÉM, de ALGO ou de alguma CIRCUNSTÂNCIA, é necessário que esse alguém, esse algo ou essa circunstância tenha tido alguma representatividade positiva na vida da gente.

Com base nessa minha experiência, penso que o Salmista tinha um relacionamento bastante estreito com DEUS, com a cidade (provavelmente, Jerusalém), com o Templo e com os Fiéis (demais pessoas que serviam ao SENHOR ali). E, por causa dessa SAUDADE e da impossibilidade de se fazer presente como de costume, acredito que ele sofreu "de com força".

No dia a dia, convivemos com diversas pessoas e o relacionamento que mantemos com algumas delas é bem raso.

Esse relacionamento superficial ocorre no trabalho, na escola, no clube, NA IGREJA, etc., e, no caso dessas pessoas, por algum motivo, serem afastadas do nosso convívio (por férias, folga, transferência, demissão, doença, viagem, etc.), É PROVÁVEL QUE A GENTE IGNORASSE COMPLETAMENTE O OCORRIDO.

Ou seja, para nós, não faz diferença alguma se a pessoa está ou não presente: TANTO FAZ COMO TANTO FEZ!

Por esse prisma, EU ME QUESTIONO: qual seria o nível do nosso relacionamento com DEUS!? E com a COMUNIDADE!? E na COMUNHÃO COM OS IRMÃOS!?

Será que, numa impossibilidade qualquer de nos dedicarmos ativamente ao SENHOR, SENTIRÍAMOS SAUDADES DELE!? OU ISSO SERIA INDEFERENTE!? PARA NÓS, A PRESENÇA DE DEUS SERIA TANTO FAZ COMO TANTO FEZ!?

E com relação à COMUNIDADE!? Culto às quintas, aos Domingos, nos lares, Escola Biblica, Recabitas, Encontro de Jovens, Encontro das Mulheres, Encontro de Homens, Café Com Fé... Pra Quê!? Isso "tanto faz como tanto fez"!?

Não há que se falar em saudade da COMUNHÃO ENTRE IRMÃOS, se ignoramos os irmãos e não temos nenhum tipo de relacionamento com eles.

Não há que se falar em saudade da COMUNIDADE E DAS ATIVIDADES SEMANAIS, se ignoramos completamente a agenda da igreja e não temos nenhum tipo de familiaridade com ela.

Não há que se falar em saudade de DEUS, se o ignoramos e não nos esforçamos em nada para estreitarmos o laço em nosso relacionamento com Ele.

PARAFRASEANDO O SALMISTA - QUE A NOSSA ALMA SUSPIRE E DESFALEÇA PELOS ÁTRIOS DO SENHOR; E O NOSSO CORAÇÃO E A NOSSA CARNE EXULTEM PELO DEUS VIVO!