Perfeição: a apoteose das bem-aventuranças.

     O ápice do Espírito é a perfeição e, para galgá-la, aventura-se por uma longa e imperfeita estrada chamada Eternidade, com pedras, troncos, cruzamentos e bifurcações… do azimute ou rumo, o cálculo é seu. 
     Tropeços e desatinos, o sol a cozinhar cérebros e, logo, um breu intenso… tudo a nos cegar, a nos desviar da verdadeira estrada, mas, invariavelmente, retornamos ao percurso, pelas bússolas dos arrependimentos… 
     Na verdade, constata-se que erros não existem, ou melhor, existem para serem perdoados pois, ao nos desviarmos do certo, apenas prolongamos a jornada, perdemos os adiantamentos.
     E, em que pese haver mais para nos condenar, do que nos conceder o perdão e haver mais para nos desorientar, do que ser luz a nos guiar, nada é definitivamente irretratável, sempre seremos os dignitários pacientes dos recomeços.
     Enquanto há imantados espíritos atraídos pelo magnético norte, há os precavidos que se elevam, sintonizados ao Verdadeiro, onde pulsam e vibram as puras, edificantes e apoteóticas energias e onde são glorificados e bem-vindos os humildes e bem-aventurados.