INDIFERENÇA

Cada criança que morre é botão de flor que o sistema esmaga,e significa o cravo de ferro colocado na mão de Cristo.

Cada criança sem escola é mais um analfabeto incluido na sociedade e significa o outro cravo de ferro colocado na outra mão de Cristo.

Cada criança que tem seu pai desempregado, é mais um prelúdio de miséria que se aproxima e tambem significa uma cuspada no rosto de Cristo.

Cada criança que seu pai envereda no caminho da bebida por falta de emprego, é mais uma criança com o futuro destruido, e é tambem uma chicotada em Cristo.

Cada criança que seus pais se separam por falta de trabalho,é mais uma familia destruida e mais uma criança jogada na rua e tambem é a lança que fere e faz sangra o coração de Jesus Cristo.

Cada criança abandonada na rua é mais uma vida perdida, é mais um provavel viciado nas drogas e é mais uma criança que não advirar a Cristo.

Cada criança abandonada pela sociedade, é mais um candidato que o traficante usará para vender a mercadoria da distruição de nossa juventude, e é tambem o cravo colocado nos pés de Cristo.

Cada criança de rua, sem lar, sem familia, ela tambem esta crucificada como Cristo tambem foi crucificado

Anjos inocentes que vendem o pó da morte, lançadeiras de maquinas no vai-e-vem, no sobe-e-desce, no toma-lá- da-cá.

Crianças perdidas que na miséria morrem, ninguem socorre, se atirou nas drogas e nunca mais sairam.

Crianças de rua, jogadas ao léu,sem familia, sem lar, sem esperança e nem guaridas tens,mendigam nas esquina para sobrevivar.

Crianças que furtam como única opção.

Este é o cálice que recebestes de todos nós.

PS.

Se não gostou do que escrevi,como repúdio, colocas agora mesmo,para completar a tragédia, a coroa de espinho que trazes nas mãos põe na cabeça de Cristo.

Aproveitas! Ponha!

Ele esta crucifica, indefeso, acima da cabeceira de vossa cama. Ele esta tambem nas salas, nos escritóris, nas delegacias,nos foruns,e nas paredes das salas de todos os lares cristãos e responsaveis por esta tragedia humana.Aproveitem, ponham!.Escrito em 06/06/2003.

Raimundo Otoni Caldas.

Raimundo Otoni
Enviado por Raimundo Otoni em 01/05/2006
Código do texto: T148294