Mau humor de Ano Novo

Obrigado pelos votos de Feliz Ano Novo

Recebi e-mails de gente que nunca me escreveu durante o ano. Aqueles cartõezinhos bonitinhos, musicais, repetidos, que são re-re-reenviados.

É hora de pensarmos no que fazemos com nosso tempo. Será que só podemos ter esperanças de mudança e desejar aos nossos amigos sucesso, saúde e paz no último dia do calendário?

Será que temos que esperar o findar de um ano para renovar promessas para um próximo ano?

Será que precisamos de mais 365 dias a cada período de nossas vidas para colocar na balança nossas ações?

Por que não nos desejamos feliz Todos os Novos Dias a cada dia, de cada mês?

Qual a razão de ser a meia-noite do dia 31 de dezembro a data de espocar de fogos, abraços e comemorações fraternas até mesmo com estranhos que estão ao nosso lado nessa hora mágica?

Será que guardamos nossas emoções mais caras e as distribuímos de forma barata, etílica, efusiva e vazia?

Não podemos iluminar todas as horas de todos os nossos dias e sermos amigáveis, sorridentes e fraternais com o próximo sempre que nos der na veneta, sem precisar de vinho ou champangne?

Esse grandioso espírito de fraternidade que contagia a todos na semana do Natal ao Ano Novo... será que nos redime de todos os pequenos momentos mesquinhos e egoístas que temos ao longo de todos os demais dias de nossas vidas?

Não tem jeito. Sou chato todos os dias, até mesmo nesses dias.

Então... para não fugir do lugar comum.

FELIZ ANO NOVO!!!!

Mauro Gouvêa