Prelúdio do retorno á vida
Se a alma não atingiu a perfeição durante a vida corpórea, é necessário que ela submeta à prova em uma outra existência para poder depurar-se. Assim, quando está próximo a época em que deve reencarnar, ela (a alma) tem um pressentimento disso. Sabe que deve retomar um corpo, da mesma forma que sabemos que devemos morrer um dia, mas ignora quando isso acontecerá. Podemos dizer com segurança, que a reencarnação é uma necessidade da vida espírita, como a morte é uma necessidade da vida corpórea.
Nem todos os Espíritos se preocupam com a sua reencarnação, há os que absolutamente não pensam nela, que nem mesmo a compreendem; isso depende de sua natureza mais ou menos avançada. Para alguns, a incerteza quanto ao futuro é uma punição.
O Espírito pode abreviar o momento da reencarnação, solicitando-o por preces e pode também retardá-lo, se recuar ante a prova. Porque entre os Espíritos há também indiferentes e aqueles que não tem coragem; mas não o faz impunemente pois sofre com isso, como aquele que recusa o remédio que o pode curar.
Mesmo que o Espírito se sentisse bastante feliz numa condição mediana entre os Espíritos errantes, e não tivesse a intenção de elevar-se, não poderia ficar eternamente nessa condição, pois, chegaria o dia em que ele mesmo sentiria a necessidade de avançar; todos devem elevar-se, pois essa é a meta a ser atingida.