Seguir adiante

Seguir adiante é continuar de forma leve e melhorada, não obstante os reveses da existência humana. É o termômetro de quando aprendemos com a vida.

E a vida é composta de ciclos que se fecham, abrindo novos caminhos, que não são determinados pelo tempo da experiência. Mas se extraímos o que deveríamos dela.

Seguir adiante é uma ferramenta de crescimento usada pela vida. De evolução. Determinante, portanto, para alçar novos vôos.

Uma pergunta importante para fazermos a nós mesmos é: o quanto somos capazes de seguir em frente? Em que velocidade o fazemos.

E isso não significa apenas continuar vivendo e suportando a vida, apesar das perdas, de vivos e de mortos. Apesar de não estarmos onde queremos e com a situação que queremos. Embora continuar vivo, não deliberar a própria morte, seja parte imprescindível deste processo.

Mas seguir adiante é saber lidar com a dor sem ser uma estação propagadora dela. Se não está feliz onde está, lide com isso de uma forma que quando for embora as coisas que te incomodavam fiquem para trás. E, sob pena de ser repetitivo, isso implica aprender com o que te incomoda. E não se aprende com experiências das quais nos julgamos vítimas.

Seguir adiante pode ser também mudar de rumo, fazer novas escolhas, querer algo novo ou ser diferente. Ou, ainda, aceitar-se como se é. Trabalhar nossos conflitos internos, que habitam o recôndito de nosso ser. Mas que, ao contrário do que supomos, não dormem. Estão bem ativos, bagunçando e fazendo estragos. É preciso encará-los, embora não seja nada fácil.

Seguir adiante é reciclar-se e ocupar o lugar que lhe compete na vida. Não aceitar menos do que possa fazer de si mesmo.

Seguir adiante é esquecer mágoas, mas escolher para sua intimidade companhias saudáveis. E isso não é possível o tempo todo. Mas há situações em que é possível e não temos a firmeza necessaria para isso, por não nos respeitarmos como deveríamos.

Sigamos adiante, então. Cada um a sua maneira, no seu tempo. Mas sem esquecer que há duas maneiras de matar o tempo. Uma é através daquilo que nos faz bem e por isso nos faz dignos. A outra é desperdiça-lo.