Seja responsável pelos seus próprios sentimentos.

Hoje enquanto pensava sobre a vida, descobri que aprendi de forma dura e até difícil que devemos ser responsáveis por nossos próprios sentimentos. É algo difícil mesmo, algo que exige uma força extrema, pois nossos sentimentos são muitas vezes indomáveis.

Se eu amava Elaine e Elaine não me amava, eu sofria, ficava com raiva e por fim mergulhava em um abismo enorme regado a depressão e autodestruição. O que se repetiu com Maria, com Júlia, com Carla e com quem quer que fosse alvo do meu amor.

Com o tempo, com o amadurecimento e depois de muita dor, você descobre que a responsabilidade pelo que sentimos é só nossa e de mais ninguém. A verdade é que somos humanos e por demais falhos para entender de cara que a reciprocidade não é algo tão comum no amor, na amizade e até no companheirismo.

Domar sentimentos e entender que todos somos diferentes no que sentimos é algo que deve amadurecer dentro da gente.

Mesmo hoje, que costumo dizer que sou responsável pelos meus sentimentos e as pessoas só podem me fazer sofrer até onde eu permito, ainda experimento frustrações e ao baixar a guarda acabo criando expectativas que com certeza serão frustradas com o tempo.

Se você ama, não tenha medo de amar e nem de sofrer, pois até mesmo no amor correspondido existem diferenças de intensidade, forma e maneira de demonstrar o que sentimos. Realmente, não tenha medo de sentir, sinta com responsabilidade e seja capaz de entender que a sua forma de sentir é única e ninguém é obrigado a retribuir da mesma forma ou intensidade.

Não espere pelo amor dos outros, entenda a sua forma de amar como única e nunca transfira para ninguém a responsabilidade de te amar do mesmo modo e muito menos exija que seja correspondido. O amor é um sentimento forte, mas amar é permitir que aqueles que amamos sejam livres para amar e sentir o que quiserem, pensem nisso.

Mesmo assim, sempre queremos um amor maior que nós e que seja capaz de preencher aquilo que nem nós mesmo entendemos.

Assistindo uma série de nome Defying Gravity um diálogo me levou a refletir sobre nossa solidão sentimental e abaixo transcrevo:

“Nos apoiamos uns nos outros em busca de conforto onde achamos que existe. Mas as vezes é algo inevitável, não tem nada o que possamos fazer a não ser abraçar a solidão e entrar no vazio sozinhos...”

Paulo Raven
Enviado por Paulo Raven em 02/04/2019
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