A Igreja do Deserto

Texto base: Êxodo 16: 1-36

É impressionante notarmos as semelhanças da Igreja de Cristo, hoje, com o Povo de Israel, do passado.

O Povo de Israel na verdade, apesar da promessa de ser uma grande nação, só passou a existir e ter importância dentro do Egito, uma outra nação. Depois foram escravizados e posteriormente libertados, após uma grande demonstração de poder por parte do Eu Sou, para irem em busca da Terra Prometida, aqui representada por território próprio.

Algumas considerações:

1. O povo reuniu alimentos que acabaram em 45 dias (versículo 1). Nossas forças, por maiores que sejam, são limitadas.

2. Característica básica do povo no deserto: murmuração contra Moisés e Aarão, consequentemente contra Deus

3. Deus estava atento a todos e a tudo.

4. O Senhor cuidava do povo, mesmo dos murmuradores.

5. O Povo sofreu mais por causa dos murmuradores.

Quem eram os murmuradores?

1. Todos eram murmuradores?

R. Não, alguns eram, mas o efeito era devastador, pois as murmurações contagiavam a muitos. Todos sofreram as consequências das murmurações!

2. Porque havia a murmuração?

R. Sinal de dor de cotovelo de algumas pessoas, em relação a Moisés e Aarão. Afinal porque Deus só falava com eles?

Muitos queriam as glórias, mas nunca pagaram o preço da fidelidade a Deus, do compromisso com o próximo como Deus orientava e obediência aos mandamentos.

3. O povo tinha limites em relação ao Senhor. Porque?

R. Provavelmente porque Deus queria que soubessem que tinham um libertador entre eles. Quem era o libertador de Israel? Libertador aqui é sinônimo de líder, não qualquer um, mas alguém que deixou tudo o que tinha e poderia ter por eles! Moisés!!

Perspectivas do Povo de Israel

1. Egito: passado recente, escravidão.

2. Deserto: momento atual, desafio do deserto.

3. Terra Prometida: visão futura.

• Território

• Reino de Deus, pode ser sempre presente, pois pertence a todos que escolherem estar do lado do Senhor. Bastaria guardar e obedecer aos mandamentos, praticando-os. Talvez o grande erro do povo foi sempre pensar que guardar os mandamentos é estudar e decorar, mas isso implica em obedecer e praticar.

E a Igreja, o que tem a ver com isso tudo?

• É possível traçarmos um paralelo interessante da Igreja de Cristo com o Povo de Israel?

• A Igreja de Cristo está onde? Egito, Deserto ou Terra Prometida.

Conjecturando:

1. Se pensarmos como espaço limitado, CGC, endereço, fone, etc. ela está na Terra Prometida. Território delimitado.

2. Se pensarmos como Deus tratando os murmuradores, aqueles que se levantam contra os outros, os indecisos e os mais fracos, estaremos ainda no Deserto.

3. Se pensarmos como pessoas que precisam ser salvos e redimidos pelo sangue e Palavra de Jesus, estamos no Egito.

4. Podemos até entender que a Igreja comporta as três situações.

Jesus disse em João 15: 19 que estamos no mundo, mas não somos do mundo, pois ele nos escolheu para o seu mundo. Sendo assim, para nós, a Terra Prometida não se limita a território e sim ao Reino de Deus. Isso tem dois significados:

1. Fisicamente estivemos no Egito, crescemos no Egito, vivemos no Egito. Hoje podemos estar vivendo em Canaã, com Território delimitado, chamada de Prometida. Temos uma bandeira religiosa com endereço.

2. Espiritualmente estamos na Terra Prometida, como sinônimo de Reino de Deus, onde adoramos somente ao Senhor e praticamos sua vontade. Terra Prometida era mais que território, era a restauração do cantinho com Deus, para a viração do dia, como no Éden! Muitos, do Povo de Israel jamais entenderam isso.

3. A Igreja do Deserto, então, é a que não está nem no Egito e nem na Terra Prometida. É a Terra dos murmuradores! Uns contra os outros! Não decidiram ainda que Deus vai adorar, mas estão nas dependências físicas da Igreja! São membros da Igreja física. Isso exige tratamento.

Esse tratamento transformou 40 dias em 40 anos de sofrimento no deserto ao Povo de Israel. Sendo assim, podemos entender porque muitas vezes a Igreja de Cristo sofre mais do que se espera e muitas vezes nem se atenta para verdadeiro o motivo.

João Carlos da Silva
Enviado por João Carlos da Silva em 18/04/2019
Código do texto: T6626645
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