O PROCESSO MUDANCISTA

“Faço versos com a memória do real e a impotência dos registros. E fico me atormentando com as lembranças.”. Joaquim Moncks.

– Do livro O POÇO DAS ALMAS. Pelotas: Ed. da Universidade Federal – UFPel, 2.000, p. 109.

Prezado eventual receptor de meus desígnios! Que o alter ego vivificador da inquietação dentro de mim, capaz de induzir à necessidade de expressão e desta ao formato do poema, através da inspiração / transpiração, dando-lhe ritmo, voz e vez, possa ser motivação para o teu agrado espiritual, porque é ao poeta-leitor a quem o poema pertence, por ser, em si e por si, uma singela proposta de sublimação do inteiriço caos de viver em alteridade. Vale dizer, o que há de bom no ego para o benefício da comunidade. É no Outro que se poderá instilar o amor de amar; o sentimento de justiça, o grito contra a injustiça social; a luta contra a ignorância cultural com vistas a entender do micro entorno aos territórios universais, sob o inalienável estandarte da coragem, tendo por escudo e clava a convicção para a conquista permanente da liberdade, no sentido maior de apontar possíveis mudanças a favor do humano ser. Assim o homo sapiens do terceiro milênio chegou à atual quadra de plataformas tecnológicas e de incontestáveis avanços para o seu bem-estar. Se bem que o bicho homem é o mesmo, cada um com suas concepções sobre a veracidade ou utilidade prática de tal ou qual ato individual ou ação coletiva. É urgente prestar muita atenção e zelo para os seus altos e baixos e a validade do conviver para e jungido ao semelhante necessitado de altruísmo e bem-querença. É sempre bom e salutar ter-se em conta que cada um vê o mundo segundo o concebe. Serão outros e muitos mais, no devido decorrer dos tempos, os atores do processo mudancista para o bem da humanidade como um todo.

MONCKS, Joaquim. POESIA A CÉU ABERTO. Obra inédita, 2020.

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