O GESTO COM QUEM O PRATICA

Todo o gesto tem a sua repercussão, que bem pode ser positiva quanto negativa:

dependendo aqui, de que tamanho é o gesto e se ele é cumprido, pela pessoa que o formulou.

Quem dá, não diz que dá. Quem faz, não diz que faz. Pois, que todo o gesto, tem

de ser espontâneo e livre, de interesses extra pessoais.

Se te prometem augúrios, de firme convicção, aguarda calado a espera, do dia anunciado,

é que não te assiste reivindicar, o que então te disseram ofertar.

Nada exigirás pois, mas também não tomes como certo, o que te prometeram:

pois que o humano é falho e contraditório, prometendo o que nem sempre consegue

alcançar.

Não peças meças a quem te disse: eis, será teu, por meu desejo!

Não tens esse direito… então cala e observa, o desenrolar dos acontecimentos.

O gesto sempre estará com quem o pratica ou olvida, por razões a ti alheias, que toda

a grandiosidade está com quem sabe esperar, sem exigir nada em troca: és maior que isso.

Diz-se que promessas são para serem cumpridas, mas se de um lado está quem quer dar,

do outro resta esperar, o melífluo da palavra dada.

Que sabes tu, das dificuldades, porque o outro possa estar a passar? Nada.

Então, aguarda, com sabedoria e tranquilidade.

E se o gesto, ficar por isso mesmo, fica pois a atenção e o agrado da outra pessoa, para contigo.

A nada mais é obrigada, e tu vais agradecer, o intuito primário, ainda que sem o objecto desejado, em tuas mãos.

Ao agires assim não cumpres omissão, tão só não interferes com o outro, que, o que a ti

prometeu, não cumpriu. É dele e não tua, a exigência.

Sê sempre nobre, nas tuas acções, nunca exigindo, do outro, o que te possa ter prometido,

que, assim, a razão, será contigo.

E tua é a liberdade!

Jorge Humberto

09/05/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 10/05/2008
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