pequena poetisa

23 de Julho de 2005

Pequena poetisa

No momento, mais crucial de minha vida.

Quando já me sentia, um quase derrotado.

Isolava-me das pessoas, sem qualquer motivo.

O silencio era o meu melhor amigo.

Pouco falava, eu tinha medo.

De ofender as pessoas, pois não sabia me expressar.

Esconder-me, era o melhor remédio.

Mas, um dia, uma menina aproximou-se de mim.

Com uma folha de caderno na mão, e me disse.

É, para você... E me deu um abraço.

Era o primeiro abraço amigo, nos últimos anos.

Na folha de caderno, uma poesia.

Então, conheci uma pequena poetisa.

Que na sua adolescência, me dava um puxão de orelhas.

Valeu a pena... Hoje estou aqui.

Só que agora... Quem diz sou eu.

Minha pequena poetisa, um dia alimentastes meus sonhos.

Então, eu pergunto a você?

Porque não alimentar, teus próprios sonhos.

De liberdade, á sua alma.

Deixe-a, mostrar ao mundo, o teu talento.

E, do que és capaz....

Se tiveres que ser poetisa, sejas uma poetisa.

Por favor, não precisa te esconder, não faças como eu.

Ou lhe darei, um puxão de orelhas também.

Sei que a nossa amizade, não é das melhores.

mas,como eu iria esquecer-me de você, neste momento.

Pois, hoje eu sou o que sou, devo a você.

E, aquele puxão de orelhas, que um dia você me deu.

Volnei R. Braga