POST IT - DESDE ORVIETO, PARA A TERTÚLIA

Caríssimo Grande Amigo Octávio Elísio, a cuja mensagem respondo; prezadíssimos maiorais Confrades Olavo Romano, Douto Doutor Chico Bastos, Edmundo Carvalho, Paulo Miranda e William Santiago, tão grandes quanto.

Tendo Humberto Mota, Becocanudense radical, como convidado, já combinei encontro aí: ou no dia 4 ou 5 de setembro, longe dos holofotes. Que venham tantas e quantas loas, ditirambos e encômios a ele dirigidos, pois bem os merecem. William Santiago e Paulo Miranda conhecem a excelsa “figura” e podem atestar isso.

A propósito do Humberto, encaminho foto de 1956/1957 onde "scratch" de amigos pode ser vislumbrado e dela algumas conclusões virem a ser extraídas. A mais evidente e relevante é que naqueles tempos o importante mesmo era competir talqualmente propusera o Barão de Coubertin: Vasco e Flamengo juntos e irmanados para glória dos vigorosos embates que, a partir do esporte bretão, viriam a ser encetados vida afora em outros campos da existência.

Da esquerda para a direita (ops!), quando essa indicação geográfica ainda não houvera sido conspurcada por significados que a mancharam, podemos encontrar o Adriano, massagista do time, com sua proverbial maleta onde o álcool canforado e duas ou três mechas de algodão, ainda com sementes, traziam tranquilidade para os primeiros cuidados paramédicos; meu querido e saudoso irmão Cate, escalado para o gol talvez em virtude da altura; o sorridente primo Arthurzinho, de olho no flamenguista distraído; um valoroso atleta que não identifiquei, perfilado à espera do “click”; Humberto da Dona Carmen, olhar maroto a fitar o “desgramado”, elaborando mentalmente a tática a ser aplicada no embate; Hermes do Sargento, em pose profissional bem elaborada; Bolão do Béco Chaves, sério e preocupado; e José Leonardo da Dona Lenita “passé-composé”, tranquilo e ciente de suas habilidades. Bem presente, na timidez inata da personalidade, como podem facilmente notar, por detrás das poderosas lentes da Flexaret de caixote, este locutor que vos fala, torcedor pó-de-arroz do Fluminense de Castilho, Píndaro e Pinheiro; Jair, Edson e Bigode; Telê, Didi, Ambróis, Robson e Escurinho.

Responsável e escalado para o mister, registrei o “match” para a posteridade no pueril empoeirado campo do Lavrado, onde se deu a refrega, o confronto histórico, em metade do campo, postados sete valentes atletas de cada lado. Não só fotografei o acontecimento como revelei e copiei os registros nos modernos laboratórios do Foto Camargos, cuja sede ocupava duas amplas salas do Edifício Liliza, obra-prima do farmacêutico e futuro Prefeito Antônio dos Santos.

Fico a mirar a foto e a lembrar do episódio memorável como se fosse antes-de-ontem, só não me recordo do resultado; porém, em se tratando de Pitangui, certamente um empate deve ter sido o placar alcançado antes do apito final.

É como busco manter minha presença, viva e altiva, no convívio de nossa Confraria, já que ausente ao nosso encontro desta segunda-feira, pois que na distante Orvieto, na Úmbria, de “didonde” faço deste gesto meu brinde para os registros da nossa Tertúlia.

Com abraços,

Epiphânio.

27/agosto/2018