Declaro-me

 
Vejo-te em tudo o que meus olhos podem ver
Se for para viver
Tem que ser com você
Se for para morrer
Também
Não foi à toa, meu amor!
Que quando te vi, pela primeira vez, andei em sua direção como hipnotizada.
E beijei tua boca
Mesmo sem permissão para fazê-lo
Você consentiu

Sinto através de você
Uma saudade de não sei o que
Um desejo louco de viver
Parar no tempo
Aquietar-me no teu porto
Não planejar, mas arriscar
Amar por amar
Fazer amor só de amor
Ser desnecessária
E infinitamente indispensável
Misturar-me aos seus pelos
Seu sangue, suas células
Ser possuída, desejada
Amada como nunca fui
Dar-te o que nunca dei
E tanto desejei poder
 
(para Keko, meu amor)