INSANIDADE MENTAL

Insanidade mental

Não estava certo, nem do que ele era, naquele momento só sentia vontade de ser outra pessoa, de estar em lugares diferentes, em lugares que sua imaginação que era uma das mais férteis, por mim vista, poderia imaginar.

Estava lá ele, só sentado, em seu humilde quarto cercado de sonhos e vontades; preso dentro de seu coração estava o mais puro e lindo sentimento existente no ser humano, o amor, mas tudo isso de nada servia para ele, pois seu maior opressor estava presente, a solidão.

Mas nem por isso ele se abatia, continua a viajar, ou melhor, a navegar em seu imenso oceano azul de sonhos e vontades, sem perder de vista seu opressor que o perseguia.

Mesmo com todo este transtorno, ele reserva algum tempo para pensar no coração, que nunca devolveu a consideração e o afeto que ele lhe doava, assim mesmo nosso anti-herói, durante algum tempo juntava o dito anjo em suas mãos, e lhe girava todo amor nele existente, apenas para ter mesmo que fosse apenas por algum segundo a impressionante e maravilhosa sensação que este sentimento oferece e que por castigo ou infelicidade nunca ninguém lhe ofereceu, que é o prazer de ser amado e amar algo. Após fazer isto, ele em seu momento de insanidade, começava a viajar por galáxias e mares, grutas e florestas, e por lugares muito além da imaginação, ele fazia isso para fugir, para escapar do tédio que era sua vida, dos traumas de infância, que ele dizia não ligar, mas que vinham à tona em momentos de crises emocionais, para fugir da falta de amor próprio, da falta de afeto e união familiar, da falta de algo ou alguém para amar, da falta de pessoas que realmente o ame e principalmente para não pensar, ou melhor, para esquecer todas as situações e humilhação a que ele foi submetido ou por motivos de força maiores sujeitos a participar, apesar disso tudo, a cada dia, ele se renova de algum modo, e vive sua vida medíocre sem peso na consciência, a única coisa que ele não se queixa, melhor dizendo, ele só arruma força para continuar a luta, devido ao fato de ele crer no pai superior, no sujeito do andar de cima, ou seja, em DEUS, pois ele acredita que tudo isso à que ele está sendo submetido seja válido, tenha alguma utilidade para seu amadurecimento espiritual.

Eu ou ele, ou ele ou eu, apesar dos pesares estamos, ou estou feliz e triste, triste e apaixonado por uma felicidade apaixonante inexistente no ser humano, que é o amor.

Texto do meu cunhado.

(FELIPE DA COSTA)

Bortoloti
Enviado por Bortoloti em 16/06/2006
Código do texto: T176589