... e seguimos

Quando nossos ancestrais sentaram em um abrigo e buscaram companhia para compartilhar estava iniciado o processo da descoberta do amor.

Há várias formas de amor: amor de mãe, de filho, de esposa ou de irmão.

Amores escondidos, perdidos.

Joanna de Angelis definiu o amor como um estado de amizade exaltada.

Mas existe um amor que una todos os tipos?

Tem gente que deixa a vida levar.

Tem gente que leva a vida. Faz acontecer, toma as rédeas.

Tem gente que vive 70, 80 anos, e não aprende quase nada.

Mas a gente aprende, mais cedo ou mais tarde.

Aprende que a vida não é “assim”, como dizem alguns.

Aprende que a gente pode mudar as coisas.

Aprende que não adianta “dar bola” para o que os outros falam, porque mesmo que eles não falem, sempre vai ter alguém pensando algo negativo ou irreal de nós.

Aprende que a dor dos outros nos interessa sim.

Porque “os outros” somos nós mesmos, nas mesmas experiências e perspectivas.

Aprende que não adianta fugirmos da vida, pois estamos permeados por ela, inseridos nela.

Aprende que nossos ideais podem ser alcançados, mas temos que lutar por eles.

Então, aprendemos que nada cai do céu, que não existe “graça” de graça.

A gente vai aprendendo que a dor não é castigo, é oportunidade.

Oportunidade de aprendizagem.

E aprende que a aprendizagem pode nos livrar de males maiores.

A gente aprende que a religião é uma bengala, embora útil.

E que o que importa não é a religião que freqüentamos, mas o quê fazemos em nossas vidas.

A gente aprende, a muito custo, que não adianta nos culparmos pelas escolhas que fizemos, pois a culpa nos prejudica ainda mais. E a gente vai caindo cada vez mais.

Mas aprende, depois de muito tempo que, independente de quanto a gente caia, vamos ter que subir novamente.

Então a gente aprende, finalmente, que não adianta desistir.

Aprende que temos que seguir em frente, sempre.

E seguimos.

Para sermos cada vez mais felizes, única fatalidade da vida.

Mas e o amor? O que tem a ver ele com tudo isso?

Ele é o caminho mais curto para a felicidade.