Ao dia dos namorados
Ela disse "tanto faz"... Ele bateu a porta e saiu. Ela abriu o guarda roupa e o vazio estava lá, não apenas a ausência das roupas, do sapato, do relógio e perfume, aquilo representava uma ruptura, o fim. Mas já era tarde. Era?! O orgulho falou mais alto e ninguém queria dar o braço a torcer, afinal "eu vou me rebaixar? Vou nada". A vida vai seguir assim com uma sensação de dor no início, o desconforto do recomeço e o aparente "tô seguindo em frente", como uma pitada de latejar lá bem dentro do peito, lá onde as pessoas não enxergam ou escutam. Como reconstruir se não há material? Como reiniciar de onde não se terminou? Como dizer basta ao que ainda não pôde ser descartado? Como cicatrizar algo que não sarou? Como dizer não ao que não se tem certeza? Como findar um relacionamento que você não deu tudo de si?
Às vezes, segundos são cruciais para evitar uma dor que pode durar anos...