Dois estranhos

Dois estranhos...

É o que somos, é o que nos tornamos

Todos os dias estive ao alcance de seus olhos

Todas as noites estive ao alcance de suas mãos

E tua ignorância íntima te deixa na inercia da tua preguiça celebral

E assim ficará repousando

Até a vida tomar-me de ti

Ou o destino desfazer nossos caminhos

Pois cada segundo se desfaz um sentimento.

A pobreza de espírito habita

Onde a descrença enterrou a atitude

E o presente torna-se um passado

Onde só há lembrança e dor.