Quem fez isso?
Rompeu-se o momento.
A vida,precisou ruir-se a tal ponto
Desnorteando-me tanto...
Entreguei,restos.
Foram-se mobília,misturada
A dor vazia de mim.
Chorei,feito criança abusada...
Violentada,no mais íntimo dos meus
Pudores.
Coisas usadas,mobiliando a varanda
Tão enfeitada de mim...
Minhas plantas,meus vasos e flores.
Meus direitos,e meus "invasores".
Dor misturada,de passados vividos.
De "ratos" de esgoto,tão fétidos.
Tão insasiáveis do meu "álibe perfeito".
Não faço parte dessa quadrilha.
Nunca fiz,fui cúmplice ao avesso.
Nunca soube o preço...
Impagável de mim.
Não quero mais...
Basta,afasta esse cálice de mim.
Pois dores e iras,poderosas se apoderaram
Do meu "juízo", essa manhã.
Triste manhã...
Fui acusada,levaram o "meu" nome...
Desafiei...enfrentei "oficialmente" a justiça.
Coloquei uma faca no bolso da calça
E mesmo descalça...pisei o furor da brasa "maldita".
Expulsei demônios e marginais...
Fiz,o que "talvez" uma indefesa menina,não faria.
Eu fiz,por ela e por mim.
Todos se foram agora.
Sobrou o meu vaso...livre e feliz de flores
Lá fora.