AO DEUS DIGNO DE SER O VERDADEIRO.

Nas minhas visões de noite, olhei para o alto em profunda tristeza, confuso e em agonia; em um relance dos meus sentidos vi as várias Divindades Espirituais e guias filosóficos sentados confortavelmente em seus respectivos tronos.

Vi que eles estavam ali e ordenavam suas filosofias de vida e preceitos religiosos para nós, mortais da terra vazios e em aflições; observei novamente e vi que dentre eles estavam Maomé, Siddharta Gautama ou o Buda, Krishna, Confúcio, Amon, Anúbis, Apolo, Odin etc.,

Ao longe vi outros pequenos guias espiritualistas que perpassaram pela humanidade - cada um satisfatoriamente ditando sua verdade do seu majestoso trono evolutivo, etc.

Confuso com tantos deuses, e na incompreensão do meu ser e tristeza de minha alma gritei perguntando veementemente a todos; "Quem de vocês poderia se levantar de seu belíssimo e confortável trono para vir sentir essa dor, que estou sentindo, sentir essa tristeza, esse vazio, essa incompreensão, esse abandono, essa solidão, esse medo do desconhecido, essa dor física; Quem?"

Então todos deram suas desculpas hierárquicas, evolucionistas, karmânicas, messiânicas, etc., mais não houve ninguém que levantasse pra sentir a mesma dor que minha alma sentia, e ninguém veio ao meu socorro em minha dor física, - senti-me em desprezo [...].

Entretanto, quando estava já desistindo de mim, ouvi um estrondo, uma luz resplandecente e poderosa iluminou mais acima de todos eles, um som majestoso de trovões redundou nos quatro cantos do céu - então eu vi alguém de poder incalculável e majestade gloriosa, seu rosto resplandecia como o sol, suas roupas brancas como a branca lã.

Aquele ser era pura luz, sua presença emanava puro amor e acolhimento de alma, sua presença me acolhia como um bebê nos braços da sua mãe. Então ele disse em voz de trovão:

- "Eu desci na terra e morri por você, me fiz homem nas mesmas vulnerabilidades do seu ser, me despi dos meus poderes e da minha gloria pra compreender o homem, senti sua dor, sofri com o abandono de todos e não fui reconhecido pelo meu povo escolhido.

Ao me sentir abandonado naquela cruz eu sofri dores em meu corpo e seu medo em meu ser, terrores do inferno eu sentir por você, suguei todas as maldições de todas as gerações antes e depois, os pecados mais horríveis eu suguei pra o meu corpo e senti a imundície do pecado sem pecar, ao ponto de tornar-me maldito na cruz por você, eu estava tão maldito naquela cruz que meu pai (ou minha essência) celestial não suportou e virou seu rosto.

Então, como um homem frágil que estava e na desordem do pecado que meu corpo sugou e impregnou, cheguei ao desespero e confusão da mente, sentindo o abandono mais profundo e real, a tal ponto que perguntei a ele o porquê de tal abandono por mim.

E seguiu dizendo: naquele momento derramarei lágrimas e meu sangue inocente em agonias terríveis e reais pra te mostrar que Te Amo, não em teorias, mais na prática em me colocar em seu real lugar e sentir seu real desespero, tudo isso em amor voluntario por você, e sendo eu criador e Senhor do Universo - vim agora ao teu encontro pra te dizer: ""Eu sou a verdade eterna que se entregou pela criatura, não há outro Deus além de mim"”.

Ao terminar de ouvir estas palavras, compreendi que aquele ser Todo poderoso era o verdadeiro Deus, pois não ficou ordenando e decretando filosofias demagógicas de seu trono confortável pra mim, mais veio sentir minha dor e sentir na pele as minhas angustias para melhor me compreender, e em atitude de puro amor abriu seus braços morrendo por mim na cruz.

A esse eu confio a minha alma, a esse eu confio o meu ser, pois foi bem comprada, Jesus.

Lililson

Lililson
Enviado por Lililson em 21/04/2013
Reeditado em 12/06/2020
Código do texto: T4251519
Classificação de conteúdo: seguro