Aladim e eu, a Lâmpada e a Bíblia, o Gênio e Deus

Muitos preferem que Ele seja um tipo de “espirito azul”, preso dentro de uma lâmpada em forma de folhas, que só serve enquanto realiza desejos. Olham para a lâmpada e veem algo a se ganhar por meio dela. Quando a lista de desejos acaba, a lâmpada não servirá mais para muita coisa. Posso deixá-la de lado, jogá-la fora, guardar em uma estante, ou colocar embaixo do braço e levá-la a uma reunião. Com o Gênio dentro. Sempre. Ele não tem permissão para sair de dentro dela. Essas pessoas não estão dispostas a abrir mão de seus pedidos para isso.

Porém, sempre haverá alguém, que entenderá que a lâmpada não é mais importante que o Gênio que está dentro dela, inclusive, com muita vontade de sair e viver do lado de fora ao seu lado. Mas o tal Gênio é educado e sereno, nunca usará seu poder infinito para forçar alguém a desejar isso. Não poucas vezes foi usado e deixado de lado. Ele já está acostumado com isso. Porém, ainda assim continua a realizar desejos, é sua natureza, não pode fugir dela. Enfim, para que ele tenha permissão para sair lá de dentro, necessita de uma decisão exclusiva de quem está entre Ele e a lâmpada. Esse é o gênio que se apresenta diante de todos que “esfregam”, ou melhor, “abrem” a lâmpada. Aleluia que esse alguém percebeu que o Gênio é uma pessoa, possui sentimento, Ele sofre, Ele ama, e tem o desejo de viver e apresentar uma nova natureza fora dessa lâmpada. Esse homem que entendeu, está disposto a retirar de uma vez por todas o Gênio lá de dentro, afim de permitir que o Homem existente por trás desse “espirito azul”, se revele e viva de forma livre para fazer sua plena vontade ao seu lado. Esse tipo de pessoa está disposta a abrir mão de um Gênio fazedor de milagres, para ganhar um amigo que se fez homem. Mesmo tendo que abrir mão de seu próprio desejo.

Bruno Rosa
Enviado por Bruno Rosa em 26/11/2019
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