As brumas cobrem o monte
A fumaça atrapalha minha visão
Mas ainda espero a luz do sol
Céus claros sobre o arrebol
Enlaçar a sua mão
Tocar o seu rosto de amigo
e beijar seus lábios de amante.

Talvez nada volte a ser como fora antes
Mas não impede que sejam dias risonhos
Onde o passarinho voe por céus de musicalidade
Bordando com fios de ouro meus sonhos
em plena folia de uma tarde...

Enquanto enlaço minha perna na tua
Encosto a cabeça no teu peito querido
Sussurre teu nome num gemido
Quase uma prece
De alma pura e nua.

Então enquanto a bruma ainda cobre o monte
Eu crio poemas de instantes
Esperando que tudo volte a ser tal qual fora antes
E se não voltar a ser alegria
valeu o verso da poesia.
Elisa Salles ( Elisa Flor)
Enviado por Elisa Salles ( Elisa Flor) em 21/01/2018
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