ALIMENTO

Eis que te tenho, poesia,

não como arte, mas como comida.

E é assim que te vejo, sinto e necessito,

às horas do almoça e da janta,

e como muito.

Fazes bem,

mas por curto período de tempo.

Só quando te vejo vitamina

e alimento.

Mas há momentos em que me

contaminas:

é quando te vejo palavra,

não proteínas.

Frederico Paulo
Enviado por Frederico Paulo em 16/04/2019
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