ALIMENTO
Eis que te tenho, poesia,
não como arte, mas como comida.
E é assim que te vejo, sinto e necessito,
às horas do almoça e da janta,
e como muito.
Fazes bem,
mas por curto período de tempo.
Só quando te vejo vitamina
e alimento.
Mas há momentos em que me
contaminas:
é quando te vejo palavra,
não proteínas.