MULHERES DE VENTO

As mulheres de minha vida são vendaval. Dão com ímpeto em minha casa sem que algo mais eu faça além de deixar as portas abertas para sua passagem. Quando partem, deixam no corpo o perfume e na alma o rastro de destruição. Mau meteorologista que sou, não sei calcular quando vêm ou vão de meus braços. Resta-me ajuntar os destroços e contemplar o céu nublado de lembranças, atento a qualquer mudança no tempo. Meu Deus, que saudade daquela brisa...