O Plano

O céu noturno se abria a sua frente, vibrante.

Sua mochila nas costas, naquele momento, nem pesava tanto. Os pés descalços experimentavam a areia macia. O barulho ritmado revelava o mar calmo que se esticava para alcança-lo.

- Ei!

Alguém havia se aproximado.

- Ah oi. - A emoção e o medo eram inquilinos, compartilhando cômodos do seu ser.

- É impossível contemplar tudo isso sem deixar os olhos umedecerem, ao menos um pouco...

- Sentindo esse vento, estando aqui, fato.

Não necessitavam saber nomes, nada. Deixaram-se ficar ali.

O que fazer? O que esperar? Não tinha a mínima ideia. O plano que insistentemente nunca o abandonara durante o período de quarentena só o levara até ali.

Sem perceber, suas mãos se uniam.

O novo mundo despertaria em poucas horas.

Gregório Borges
Enviado por Gregório Borges em 21/01/2021
Reeditado em 21/01/2021
Código do texto: T7164681
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