CHARUTO CUBANO

Enquanto corria pelo aeroporto, apoiou a mala no chão e com a mão esquerda acariciou sua grisalha barba em volta do queixo. Antes de entrar pela porta de embarque e seguir rumo a solo norte-americano, aproveitou para acender o ultimo charuto cubano.

Comprou o melhor dos puros para degustá-lo sem culpa e sem pressa, congelando a vida num sublime momento entre a revolução e a opressão.

Mas se Raúl estava se esforçando para aprender a orar com o Sumo Pontífice, quem sabe daqui a poucos anos, para as próximas viagens, ele poderia levar tranquilamente seu charuto na bagagem.

Millarray
Enviado por Millarray em 05/04/2012
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