CERCO

O cerco se fechou. A polícia invadiria o galpão onde estavam o delinquente e o rico universitário, tomado como refém. Sua mãe, entre a turba de curiosos parados frente ao local, num choro ruidoso de desespero, repetia incessantemente: "Meu filho é muito sensível, ele não vai aguentar esse golpe!"

Lá dentro, dois tiros foram disparados! Gritos enlouquecidos: "Primeiro, tentou impedir meu roubo na farmácia! Depois, queria que eu me entregasse! Se morreu, foi por sua culpa!"

Quando os policiais finalmente entraram, quase tropeçaram no corpo morto no chão. Era do suposto delinquente. Em seu braço negro, uma frase tatuada: "Se Deus é por nós, quem será contra nós?"

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 19/01/2018
Reeditado em 12/09/2019
Código do texto: T6230284
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