SACRIFÍCIO

Pelos tantos nãos, o prostíbulo. Naquele dia, já estava exausta, mas surgiu mais um cliente. Ficou surpresa ao reconhecer nele as feições do homem da foto que achara entre papéis esquecidos na gaveta da cômoda. Imediatamente se animou, cumpriria seu ofício.

A língua em sua orelha a enojava. Sentir aquele cara sobre si era torturante, mas suportaria até o final. Simulando orgasmo, arrancou-lhe alguns pelos da nuca, das costas. Era por sua mãe falecida, era por justiça. Com o DNA, o milionário que as abandonara, quando ela ainda bebê, finalmente a reconheceria como filha.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 22/01/2018
Reeditado em 17/07/2018
Código do texto: T6232857
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