O alimento nosso de cada dia

No alvorecer, ouve-se um piado longo. Há um ninho escondido entre a madeira e o telhado. Ela dá rasante por cima das casas em busca do alimento para os filhotes que, alheios ao mundo, esperam saciar suas necessidades.
A ave voa sem encontrar um inseto sequer. Retorna ao beiral. O olhar atento é instintivo. Nova revoada e traz no bico um grilo descuidado. Alimenta os bicos escancarados em frágeis corpos sem plumas. No dia seguinte eles esperam em vão o alimento. Um gavião que rondava por ali tinha filhotes também.
Cláudia Machado
Enviado por Cláudia Machado em 20/05/2019
Reeditado em 16/08/2019
Código do texto: T6652113
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