Possessão

Beatriz acordou naquela manhã chorou como nunca havia chorando. Ao pensar no horror que havia vivido com seu marido quando disse saber da amante. Queria o divórcio, não era mulher de ter um casamento a, três jamais viveria assim! Ele a segurou por trás puxando os seus cabelos falando coisas horríveis, se ela não ficasse quieta, não aceitasse a situação, não viveria, quis gritar de medo, horror, dor, ele tapou a sua boca de forma cruel, rude de uma maneira que a deixou assustada, soube naquela hora que jamais escaparia da redoma que ele havia construído a sua volta, tudo isso havia sido feito com seu consentimento ao pensar que ele a estava tratado de forma possessiva por amor. Mal sabia ela que era por posse, passou a ser propriedade dele.

O que fazer? Estava na mão dele! Ir para onde? Não tinha para quem pedir ajuda. Todos haviam afastados dela, estava pensando nisto quando uma vizinha chama no portão, vai atender, descobre que ele havia carregado as chaves estava trancada, falou com a visita através das grandes, mentido que havia perdido a chaves, mas seus olhos demonstram um pedido apavorante de socorro. Sua vizinha não disse nada, foi embora, passando um tempo escuta alguém mexendo na fechadura do portão, olha horrorizada. Entrou dando um murro em seu rosto atingindo em cheio seu olho dizendo,

- Você é muito pouco, não passa de um lixo que tem que ser jogado fora, hoje que acabo com sua vida, quero ser um homem livre.

Implora pedindo

- Pelo amor de Deus não faça isso comigo, sempre fiz tudo que você pedia, do jeito que queria.

Ao responder já foi dando um chute em sua perna, outro murro em seu rosto

- Traste, não serve para nada, odeio você! Tudo que merece é morrer, mais nada.

Tem que ser uma morte lenta, agonizante, dolorida. Devia ter ficado calada não falar do meu amor, ela sim, é uma mulher linda, me satisfaz em todos os sentidos.

Ao levantar a mão para dar mais um murro, escuta,

-Mãos ao alto, não se mexa,

era a polícia, ficou sem entender como eles apareceram. Foi algemado, jogado dentro do camburão, antes, tomou tapa na cara, chute na perna, ouviu,

- Chegando à delegacia, diz haver caído quando correu para não ser preso em flagrante.

Beatriz nunca pensou que viria essa cena estava pensando em como a polícia apareceu quando à vizinha a mesma que tinha ido à sua casa mais cedo, chega dizendo,

- Chamei a polícia não podia mais ouvir ele te batendo sem fazer nada. Dizem que em briga de marido e mulher não se mete a colher. Colher, não se mete mesmo, porém a polícia é um dever, obrigação meter para que não acabe em tragédia, como acabaria o seu caso, olha o seu estado, precisa ir para o pronto-socorro, meu marido esta vindo com o carro.

E assim acabou a possessão de Custodio sobre Beatriz.

Lucimar Alves

Lucimar Alves
Enviado por Lucimar Alves em 20/07/2021
Reeditado em 23/07/2021
Código do texto: T7303603
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