TEACHER III - NOSSO FUTURO LONGÍNQUO FILHO - CAP. 9

NOSSO FUTURO LONGÍNQUO FILHO – Capítulo 9

Rupert olhou para Laura, surpreso pela pergunta.

- Quem?

Laura sorriu.

- Nosso filho, se um dia tivermos um!

Ele respirou, aliviado.

- Você quase me mata de susto!

- Você não quer ter filhos?

Rupert pensou por um momento e riu.

- Que foi? Que há de tão engraçado nisso, Rupert?

- Não, é que... Você vai rir quando eu disser...

- O quê?

- Eu não havia ainda pensado na possibilidade de ter... filhos com você.

- Como não? Nós somos casados!

Rupert continuou rindo quase sem querer e abraçou-se a ela. Laura ria também, mas sem entender.

- Meu Deus! – ele disse. – Eu sou um idiota mesmo.

- Não estou entendendo nada.

- Pra mim, Laura, a gente ainda... namora, sei lá. Essa coisa de vida clandestina, fugindo de todo mundo, se encontrando quando pode... Te juro que nunca passou pela minha cabeça que fosse super normal e legal termos... filhos.

- Criança! – ela falou, rindo também, agora com vontade.

- Aceito o adjetivo agora.

- Você não quer ter filhos?

- Claro que quero, mas a gente não pode nem pensar nisso, enquanto eu não sair da faculdade e tiver um bom emprego.

- Eu sei, só perguntei se o nosso futuro longínquo filho pode ter um nome com R.

- Futuro, mas espero que não tão longínquo. Um ano passa depressa.

- E meio... ela gemeu.

Rupert fez cara de choro e repetiu.

- É... e meio...

- Pode?

- Pode, claro. Mas você não acha que já tem erre demais, não? Que tal um L agora?

- Tudo bem. Se for menino...

- Laupert, ele disse, rindo em seguida.

- O quê?

- Combinação dos nossos nomes.

- Ah, meu bem, que maldade! Eu acho isso tão quadrado.

- Eu também. Estava brincando. Que tal Leslie?

- É muito ambíguo. Pode ser nome de menino e de menina. Você não sabe nenhum nome alemão bonitinho?

- Não, ele falou, fazendo uma careta gozada.

- Peça a opinião do seu pai.

- Laura, meu pai tem cinquenta e cinco anos e ideias cheias de casa de aranha. Você vai querer tirar o nome do nosso filho de dentro daquela cabecinha empoeirada?

- De repente... Tradição de vez em quando é bom, sabia? Revive as origens da família.

- Lars... ele disse, forçando o sotaque alemão.

- Você não gosta?

Ele balançou a cabeça, negando.

- Nem eu.

Riram os dois.

- Você fala alguma coisa em alemão?

- Não... Mais ou menos...

- Nunca teve vontade de aprender? Um tradutor/intérprete tem que saber várias línguas e gostar de todas elas. Você vai trabalhar com isso.

- Pode até ser, mas não sei... Acho uma língua muito... fria... dura. Serve... Ich liebe dich?

- Serve... “Eu te amo” em português... ela disse, sorrindo e beijando sua boca.

- É a única coisa doce que eu imagino um alemão falando.

- Isso é preconceito, sabia? Os alemães são um povo como nós. Você descende deles, querido.

- Eu sei... desconsidera a besteira.

- Seu pai fala.

- Fala, muito bem… quando está bêbado. Ele me xinga em alemão.

Laura ficou em silêncio e segurou a mão dele.

- Desculpe.

- Tudo bem. Vamos voltar ao nome do nosso herdeiro? E se for menina?

- Lydia… com y. Tive uma professora com esse nome. Lisa… Linda… Mas vai ser um menino.

- Por quê?

- Porque eu quero.

- Acho que isso não é você quem decide, mocinha. Aprendi em Biologia na aula de Genética.

- Vou mudar a Genética no nosso caso. Eu quero ter um menino e nosso primeiro filho vai ser um menino. Ele vai te dar muitas alegrias. Eu quero isso.

Rupert sorriu e beijou-a.

- Arrepiei todo agora...

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Welcome to my dreams...

CAPÍTULO 9

Velucy
Enviado por Velucy em 03/11/2017
Código do texto: T6160876
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