RP - ERA UMA VEZ... EM LONDRES? - PARTE 6

ERA UMA VEZ... EM LONDRES?

PARTE VI

Cláudio desliga o telefone, depois de falar com o irmão e olha para todos que ouviram a conversa toda em suspense, olhando para ele. Ele sorri aliviado e se volta para Magda que já está ali sentada no sofá perto dele.

- Ele está bem mesmo? - ela pergunta.

- Graças a Deus. Ele foi levado daqui pelo bisavô e está em Londres nesse momento. Beto, pode passar a notícia pro pessoal lá fora.

- Nossa Senhora do Desterro ajudou.

- Não tenha dúvida. Do Desterro, do Rosário, das Dores... Todas elas.

Beto sai. Mônica sai com ele.

- Você disse que ele... estar lá não o deixa fora de perigo. Que o velho pode colocá-lo contra seu pai, Cláudio?

- É. Ele não gosta muito do papai e é capaz de colocar bobagens na cabeça do Wagner.

- Que tipo de bobagens? - Tânia pergunta.

- Não sei, mas imaginação é o que não falta pra ele. O casamento do meu pai com a primeira mulher não foi lá muito normal e ele não perdoa o papai até hoje.

- Eu espero que ele perceba que o Wagner não tem culpa nenhuma disso, Magda fala.

- Bom, de qualquer maneira, graças a Deus, nós já sabemos onde o Wagner está. O papai vai resolver o que fazer: se deixá-lo lá ou colocar a Scotland Yard atrás do Mr. Russel. Eu vou até o Santa Mônica e à Santa Casa avisar todo mundo que está tudo bem e depois ver se está tudo em ordem no orfanato.

- Eu vou com você, diz Tânia.

- Não precisa. Fique, eu vou voltar pra cá à tarde.

- Eu preciso dar uma olhada na casa e, se vamos ficar aqui, queria pegar umas roupas pra nós dois.

- Eu faço isso. Vai ser muito cansativo você ir e voltar. Eu faço uma viagem só. Fique aqui com a Magda e sua mãe.

Ela aceita não muito satisfeita. Cláudio olha para Magda.

- Eu quero conversar com o papai sobre tudo isso, mas como ele vai chegar antes de eu voltar, conta pra ele o mais importante: que o Wagner está bem, está em Londres e se Deus quiser volta logo pra gente.

Ela sorri e ele a abraça.

- Eu volto à tarde.

Cláudio beija Tânia e sai. Lá fora, a turma toda de Wagner está em volta da caminhonete de Beto comemorando a notícia do encontro do rapaz. Mônica está no meio deles.

- Eu sabia que não poderia ser sequestro, diz Guto. - Se fosse, o Wagner estava ferrado. Ninguém daria um tostão por ele.

- O cara está em Londres, cara! - diz Leo. - Isso vai dar conversa pra um mês quando ele voltar.

Quando Cláudio sai da casa e se aproxima deles, Beto pergunta:

- A gente não sabia que vocês tinham família na Inglaterra, Cláudio. É sério mesmo isso?

- É, mas eu gostaria que vocês não espalhassem isso pela cidade nem pra ninguém ainda. É um assunto de família e eu não vou querer ficar respondendo sobre isso. A cidade é pequena e eu tenho pacientes que podem fazer perguntas...

- Fique sossegado, isso não sai daqui, não é, turma? - ele pergunta a todos que concordam unanimemente.

- Mas que isso é muito legal, é! - fala Guto. – Porque será que ele nunca falou pra gente?

- Porque ele não sabia, responde Cláudio.

- Ele descobriu isso agora? - Sandra pergunta.

- Foi.

- É... Pelo menos a gente tem certeza agora que ele não fugiu daqui, diz Janete, olhando para Mônica com uma ponta de despeito.

Todos olham para ela e Beto a repreende:

- Janete... por favor!

- E por que ele fugiria? - Cláudio pergunta a ela.

- Todo mundo aqui sabe do rolo em que meteram ele. O Wagner estava apavorado com isso. A primeira impressão que eu tive foi que ele tivesse fugido de Casa Branca pra não se complicar.

É a vez de todos os olhos se voltarem para Mônica que não sabe o que fazer de tão envergonhada.

- Janete, você gosta do meu irmão? - Cláudio pergunta.

- Todo mundo aqui sabe que eu amo o Wagner, ela responde.

- Então não espalhe esse seu pensamento pra mais ninguém. O Wagner não fugiu de nada, nem deve nada pra ninguém. Cuidado com as coisas que você diz, antes de ter certeza de que são verdades.

Ela desvia o olhar e se cala.

- Bom, gente, eu vou até a cidade. Se quiserem ficar por aqui, estejam à vontade. Tenho certeza de que a Magda vai adorar receber vocês.

- Não, a gente também está indo, diz Beto. – Eu vou avisar meu pai. Ele está bem preocupado também. Se você quiser escolta até a cidade, a gente vai com você...

- Vai ser um prazer, Cláudio aceita.

- Todo mundo pra caminhonete, cambada!

Todos começam a entrar no veículo. Mônica pergunta a Cláudio:

- Posso ir com você? Meu pai levou nosso carro e... eu preciso de uma carona. Quero dar uma passada no orfanato. Me deixa lá?

- Claro.

Eles entram no carro que sai da fazenda, seguido pela caminhonete de Beto.

Na varanda da fazenda, Tânia está encostada na porta, observando tudo. Sente arder dentro dela um ciúme contido.

No carro, Cláudio diz:

- Eu tenho que te agradecer por tudo que você fez desde ontem.

- Não precisa. Eu gosto muito da sua família. Adoro suas irmãs e a Magda. Foi um prazer.

- Por mim também. Você sempre teve o dom de me acalmar.

- Você não precisa me agradecer por isso.

Ele olha para ela, respira fundo e se cala, passando a prestar atenção na estrada.

RETORNO AO PARAÍSO – ERA UMA VEZ... EM LONDRES?

PARTE 6

OBRIGADA E BOM DIA!

DEUS ABENÇOE A TODOS!

Velucy
Enviado por Velucy em 12/02/2018
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