RP - ERA UMA VEZ... EM LONDRES? - PARTE 31

ERA UMA VEZ... EM LONDRES?

PARTE XXXI

Cláudio entra e Bárbara o apresenta ao casal que veio para adotar Élcio, um garoto paraplégico de cinco anos, que está no orfanato há dois anos.

- Este é nosso médico-diretor do orfanato, doutor Cláudio Valle. Ele é um dos responsáveis pela boa saúde das nossas crianças, fora todo o cuidado que as irmãs têm com todas elas.

Cláudio aperta as mãos dos dois.

- Dona Bárbara nos falou do senhor. É um prazer.

- Eles vão levar o Élcio pra casa, Cláudio, Bárbara diz.

- Que bom. Fico feliz. Ele é um garoto especial. É muito difícil casais quererem adotar crianças como ele. Mas eu garanto que vocês não vão se arrepender. Ele não vai decepcioná-los. É um garoto maravilhoso.

- Nós já percebemos. Quando podemos vir buscá-lo?

- Amanhã mesmo. É só o tempo de fazermos os papéis e vai estar tudo pronto.

Os dois se levantam.

- Podemos nos despedir dele?

- Claro, podem falar com a irmã Ruth. Ela está com as crianças lá fora.

- Obrigado.

- Eu que agradeço. Até amanhã.

O casal deixa a sala. Bárbara os acompanha até a porta. Quando se volta, percebe que ele tem os olhos cheios de água. Aproxima-se dele e coloca a mão em seu ombro.

- O que foi? Que aconteceu, filho? Esse é um caso pra rir, não pra chorar.

- Eu estou feliz pelo Élcio, mas... eu vim aqui pra falar da Tânia.

- O que aconteceu com a minha filha?

- Ela... perdeu o bebê, Bárbara.

Bárbara coloca a mão sobre a boca, chocada, mas permanece calma e o abraça.

- Sinto muito... Como aconteceu?

- A gente... brigou ontem na casa do meu pai e a briga continuou hoje em casa... A culpa foi minha...

- Calma, calma, filho.

Ela o faz sentar-se e se senta numa cadeira ao lado dele.

- Brigaram por quê. Foi pelo que aconteceu ontem?

- Em parte sim. Eu devia ter sido mais paciente com ela...

- Não, eu tinha uma idéia de que o gênio difícil da minha filha ainda ia tirar você do sério. Isso demorou pra acontecer. Você não tem sangue de barata. É muito bom, mas não é de ferro. Tenha calma. Onde ela está? No hospital ou em casa?

- No hospital. Na Santa Casa.

- Ela está bem?

- Está... Agora está fora de perigo.

- Então não vamos chorar por isso. Vocês são jovens e podem pensar em outro bebê depois. Fique aqui. Eu vou até lá vê-la. Pode deixar que eu mesma aviso ao Jorge no jornal. Ele vai fazer mil perguntas que você não está em condições de responder. Eu mesma explico tudo.

- Ele não vai me perdoar.

- Vai sim, claro que vai. A culpa não foi só sua. Tânia também provocou isso.

- Eu devia ter sido mais paciente...

- Não se martirize mais por isso. Tânia sempre foi muito difícil. Eu a conheço muito bem. No começo do casamento de vocês, eu a avisava: “Filha, se você ama realmente seu marido, não coloque uma coleira no pescoço dele. Nenhum homem gosta disso. Você pode perdê-lo”. Sempre aconselhei que ela apoiasse você em tudo. Se não fosse a sua paciência e seu amor por ela, vocês não estariam mais casados. Mas quando o Jairo contou pra nós sobre a gravidez da Mônica, ela estava se segurando pra não contar ao seu pai. Eu não o culpo. O que aconteceu ontem me deixou muito assustada também. Eu imaginei que alguma coisa assim pudesse acontecer. Parte da culpa é dela também.

Ele beija seu rosto.

- Está melhor? - ela pergunta.

- Mais ou menos... mas vou ficar... Quando você chegar no hospital, ela vai estar dormindo. Vai ficar em repouso pelo menos por uns dois dias, lá mesmo.

- Sei... É bom. Lá ela vai estar segura e você vai estar sempre por perto. Fique um pouco por aqui e não se desespere.

- Eu vou ficar um pouco com as crianças.

- Isso. Vai te fazer bem. Eu vou passar a noite com ela.

- Faça isso. Eu vou pra lá mais tarde.

- Tchau, querido.

RETORNO AO PARAÍSO – ERA UMA VEZ... EM LONDRES?

PARTE 31

OBRIGADA E BOA TARDE!

DEUS ABENÇOE A NÓS TODOS!

Velucy
Enviado por Velucy em 20/02/2018
Código do texto: T6259358
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