RP - ERA UMA VEZ... EM LONDRES? - PARTE 34

ERA UMA VEZ... EM LONDRES?

PARTE XXXIV

E durante todo o resto do passeio, Mr. Russel não abre mais boca para falar do assunto. Mostra a Wagner vários pontos famosos da cidade e Wagner se esforça muito para se interessar, mas está mesmo querendo ouvir a continuação da estória.

Chegam à mansão na hora do jantar, mas Wagner não consegue colocar nada na boca, ao contrário do avô que come de dar inveja. Linda percebe o desapontamento do rapaz, mas não diz nada. Mais tarde, conversando com ele na biblioteca, depois que Mr. Russel se recolhe para descansar do passeio em seu quarto, ela pergunta:

- Não gostou do passeio?

- Gostei, ele diz, sem ânimo, folheando um livro a esmo.

- Não parece.

- Ele me deixa louco de raiva, quando me deixa no vácuo. Cada vez que conversa comigo, sempre deixa um ponto de interrogação na minha cabeça. Eu não aguento mais isso.

Fecha o livro com raiva e se levanta.

- O que você sabe a respeito do meu pai?

- Nada... Quase nada.

- E o que você sabe desse... quase nada?

- Wagner, eu não posso me intrometer em assuntos pessoais dele, não é essa a minha função aqui.

- Mas não é assunto pessoal dele, é meu. É sobre meu pai.

- Eu não vou poder ajudar em nada. Me desculpe.

Ele coloca o livro no lugar de onde o tirou e pergunta:

- Quem é mesmo esse homem que vem quase todo dia conversar com ele?

- Mr. Bartley, advogado dele.

- Vem tratar do testamento...

- É, entre outras coisas.

Wagner olha para um quadro no alto da lareira. É o retrato de um homem de mais ou menos trinta anos.

- Quem é?

- Seu avô. O filho de Mr. Russel.

- Ele deve ter morrido jovem, não?

- Esse quadro foi pintado um ano antes. Ele tinha trinta e oito anos.

- Morreu de quê?

- Acidente de avião. Ele vinha voltando da Escócia, depois de alguns meses de ausência. Ele e a mulher morreram no mesmo acidente.

Wagner se lembra do que o avô tinha falado sobre o filho que estava na Escócia quando a neta fugiu de casa.

- Qual era o nome dele?

- Stephen.

- STAR também?

- Não, ele não tinha o Tybald. Esse era o nome do pai de Mr. Russel. Era só Stephen Aubrey Russel.

- Muito simpático ele.

- Era sim. Mr. Russel o adorava. Sofreu muito quando ele morreu.

- Como você sabe?

- Ele me contou.

- Então você sabe que minha mãe fugiu de casa naquela época.

- Wagner... vai começar?

- Eu só quero saber o que meu pai fez de tão errado, custa?

Ela se levanta e responde taxativa:

- Custa.

Vira as costas e sai. Ele sai atrás.

- Conta em inglês então.

- No, ela diz, sem se voltar e ainda andando.

- Então eu vou arrombar todos os cofres dessa casa até descobrir!

Ela sorri e ao chegar à porta principal da casa, volta-se e diz:

- Faça isso e ele te coloca amarrado ao pé da cama de castigo a pão e água.

- Eu não tenho medo dele.

- É bom saber disso, Mr. Russel diz, do alto da escada.

Wagner se volta para ele com o coração aos pulos.

- Oi, vovô. Já descansou?

- Não preciso de muito para descansar de um passeio onde eu estava sentado dentro de um carro. Mas por que você estava declarado em altos brados que não tem medo de mim?

- Por nada... Bobagem minha, ele diz, corando até a raiz do cabelo.

- Você sabe jogar xadrez?

- Um pouquinho.

- Me acompanha numa partida?

- Claro...

Mr. Russel se dirige à biblioteca e Wagner o segue.

RETORNO AO PARAÍSO – ERA UMA VEZ... EM LONDRES?

PARTE 34

OBRIGADA E BOA TARDE!

DEUS ABENÇOE A TODOS!

Velucy
Enviado por Velucy em 21/02/2018
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