RP - ALBERTO - PARTE 12

ALBERTO

PARTE 12

Alberto começa a acordar e abre os olhinhos apertados de sono. Olha para Cláudio e sorri, sonolento ainda. Passa a mão saudável no rosto e tenta se levantar. Wagner o ajuda e Cláudio se aproxima dele e segura suas mãos.

- Você quer ir pra um lugar legal, agora?

- Meu pai deixou?

Cláudio olha para Wagner, respira fundo e diz:

- Alberto, nós fomos à casa do seu pai. Ele... Ele levou um tombo em casa e sofreu um acidente. Seu pai... morreu.

Mônica coloca a mão na barriga, chocada. Alberto olha para ela, para Wagner e novamente para Cláudio e inocentemente pergunta:

- Ele não vai voltar mais?

- Não.

- E eu vou ficar morando com você?

- Pelo menos, até encontrarmos sua mãe em São Paulo.

- E se não encontrar?

- Nós vamos encontrar. Não se preocupe com isso.

- Mas se não encontrar, eu fico com você pra sempre?

Cláudio olha para Wagner e Mônica e responde:

- Tem umas pessoas num lugar chamado Juizado de Menores que cuidam de crianças como você, que não têm o pai e a mãe perto, pra cuidar deles. Se eles autorizarem... você fica sim.

O menino o abraça forte e Wagner sorri e pergunta em voz baixa, erguendo dois dedos da mão para Cláudio.

- Dois? – diz sem som.

Cláudio beija a testa do menino, sem ligar para o irmão, depois olha para Mônica e pergunta:

- Você está bem mesmo?

- Estou. Eu vou trocar essa roupa dele e vocês me esperam lá embaixo. A gente já desce.

- Obrigado.

- Cláudio...

- Oi.

- Você está pensando em adotá-lo?

- Não como marido da Tânia.

Os olhos dela brilham e Wagner sorri discretamente. Os dois descem.

- Você não está pensando em adotar o garoto com a Mônica, está?

- Por que não?

- Mas vocês não podem nem se casar, imagine...

- Aqui no Brasil, não, mas no exterior sim. Eu vou me casar com ela, nos Estados Unidos ou em qualquer país da América Latina, quando ela fizer dezoito anos, assim que sairmos daqui.

- Ah, aí a coisa muda de figura. Mas o que você vai dizer pra Tânia quando chegar em casa com o menino?

- Eu não vou levá-lo pra minha casa. Ainda não fiquei totalmente maluco. Vou levá-lo pro orfanato. Tenho certeza que as irmãs e a Bárbara vão recebê-lo muito bem. Vou explicar que ele está sob minha custódia. Não se fala em adoção, por enquanto, certo? A mãe dele pode ser encontrada ainda.

Eles entram no carro e ficam esperando por Mônica e Alberto. Cláudio apoia os braços no volante e diz:

- Eu estou aqui pensando... A Tânia esteve aqui... e falou com a Mônica...

- Ela deve ter te seguido, depois que saiu de casa.

- No mínimo. Imagine o perigo que a Mônica correu, Wagner. Eu não posso mais deixá-la sozinha. Casa Branca é uma cidade muito pequena pra gente ficar separado.

- Fica tranquilo. Eu já falei com ela. Eu vou colocá-la num lugar seguro.

- Onde?

Wagner sorri.

- Acho melhor nem você saber.

- Pelo amor de Deus, meu coração não aguenta mais levar susto. Se eu não morrer assassinado pelo pai de uma das duas, vou morrer de enfarto.

Wagner ri gostoso.

RETORNO AO PARAÍSO – ALBERTO

PARTE 12

OBRIGADA E BOM DIA!

DEUS ABENÇOE A NÓS TODOS!

Velucy
Enviado por Velucy em 03/04/2018
Código do texto: T6298174
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