RP - IVAN, O TERRÍVEL - PARTE 2

IVAN, O TERRÍVEL

PARTE II

Leonardo aparece de novo na sala, quando eles vão entrando.

- Eu vou pedir ao Lopes que vá buscar o Wagner na cidade.

- Você nem me cumprimentou, Leonardo, diz Ivan, magoado.

- Você não dá chance pra formalidades, Ivan. Como vai?

- Só isso? Isso são modos de cumprimentar o avô de suas filhas? Aposto que se eu estivesse com uma perna quebrada, você nem perceberia.

Leonardo não responde e sai aborrecido.

- Pede pra ele buscar meu carro também! Ficou no posto de gasolina! - Ivan grita.

- Vá se trocar, pai. Coloque qualquer roupa do Leonardo. Deve servir em você.

Ivan sobe com as netas. Magda pede para Matilde preparar um prato para ele e vai atrás de Leonardo, encontrando-o na frente da casa com Lopes.

- Leonardo, não precisa mandar o Lopes até a cidade. O Wagner pode vir com o Cláudio.

- O Cláudio é sempre o carteiro de lá pra cá e de cá pra lá. Às vezes, ele perde um tempo enorme só pra vir aqui dar um recado ou trazer alguém. Não tem sossego. Ele tem mais o que fazer.

- Talvez ele venha e já traga Tânia para ficarem para amanhã. Os amigos ingleses do Wagner também estão na cidade. Ele pode vir com eles. Não incomode o Lopes com isso. A Carolina pode precisar dele aqui. Deixa o coitado descansar um pouco. Hoje é sábado.

- Está certo. Deixa, Lopes.

- Seo Leonardo, eu gostaria de ir buscar o Wagner na cidade. Eu vou precisar mesmo ir até a Santa Casa pra buscar ou o doutor Miguel ou o doutor Júlio.

- Por quê?

Magda sorri e responde por ele:

- Ora, por que, Leonardo? Carolina vai ter o bebê, não é, Lopes?

- É isso mesmo, dona Magda, ele diz, timidamente.

- Poxa, que bom. Eu vou até sua casa pra ver se ela precisa de alguma coisa, Lopes. Cuide das meninas, Leonardo... e do meu pai, por favor, querido...

Magda se apressa na direção da casa de Lopes que fica a poucos metros dali.

- Meus parabéns, Lopes. Se quiser, pode ir buscar o médico agora mesmo.

- Não, senhor, não é urgente. Acho que tem tempo ainda. Eu não sei se é pra agora, mas queria que o médico estivesse aqui pra dar certeza. Ela não quer ir pro hospital, a teimosa.

- Eu acho que ela está errada, com essas coisas não se brinca, mas, como minhas duas filhas nasceram aqui, Diana, pelas minhas mãos, e Elis, pelas mãos do Cláudio, não vou teimar com mulher grávida. Vá. Ou melhor, você não prefere telefonar pra Santa Casa daqui? É mais ligeiro.

- Não, eu prefiro ir. Assim trago o doutor comigo.

- Então faça isso. Leva a caminhonete. Vai com Deus.

Na entrada de Casa Branca, a caminhonete se encontra com o carro de Cláudio indo para a fazenda. Os veículos param lado a lado.

- Aonde você está indo, Lopes? - Cláudio pergunta.

- Ia procurar o Wagner... e um médico...

- O Wagner está aqui. Já achou. E médico... Pode ser eu?

- Podia ser também, doutor, mas... eu queria um parteiro.

- Um obstetra, você quer dizer.

- É... Isso mesmo.

- A Carolina vai ter o bebê?

- Acho que sim. Ela acordou meio estranha. Só quero ter certeza.

- E por que você não trouxe ela com você?

- Ela não quis e... pra falar a verdade, nem eu, doutor.

- Você é maluco de fazer isso, Lopes.

- Você está até com cara de bobo mesmo, cara, diz Wagner, colocando a cabeça para fora da janela. – É insanidade total!

- Eu sei, mas...

- Vai com Deus e vê se encontra o Miguel ou o Júlio e traz um dos dois. E... me faz um favor? Passa em casa e pega a Tânia também.

Wagner olha para ele reprovando aquela decisão.

- Está maluco, Cláudio? Você vai estragar tudo.

- Deixa. Eu sei o que estou fazendo. Entendeu, Lopes? Se ela perguntar por que eu vim antes, você diz...

- Pode deixar comigo, doutor. Eu sei o que dizer.

- Quem está com a Carolina?

- Dona Magda, doutor.

- Então ela está em boas mãos. Tchau, Lopes. Cuidado na volta, hein?

- Até logo, doutor.

RETORNO AO PARAÍSO – IVAN, O TERRÍVEL

PARTE 2

OBRIGADA E BOM DIA!

DEUS ABENÇOE A NÓS TODOS!

Velucy
Enviado por Velucy em 05/04/2018
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