Prisão | Em meio ao Desespero encontrei o Amor | Waldryano pt1

Prisão ; Em meio ao desespero encontrei o amor ; Waldryano

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Capítulo 1

Planejando minha saída a noite

Mais um sábado à noite, hoje irei para a igreja, pois o meu pai insistiu bastante, sabe, na realidade gostaria de sair com o carro dele, com o meu amigo Nilmar, andar à toa, encontrar garotas, enfim, é isto que eu queria o meu hoje.

– Filho já esta pronto?

– Sim mãe, já estou pronto... – Minha mãe, a dona Madalena cuida bem da nossa casa, no entanto, como o meu Pai, ela vem sempre com essa de ir para a igreja... Af...

Dentro do carro, estávamos indo para a igreja eu o Pai e a mãe. A mãe dando os últimos retoques na maquiagem, o carro passava pelas ruas da cidade.

Na igreja, ouvi um louvor que dizia do valor que somente Deus tem para conosco.

A mensagem? Não prestei atenção, estava idealizando a saída, naquela noite, só isto que dominava meus pensamentos. Matutava nas minhas ações futuras:

– Como, farei o pai liberar o carro? Meu pai estava regulando o carro, sabe? tipo não gostava do meu amigo Nilmar e as suas companhias, sempre dizia a ele que era implicância, somos jovens, logo, somos diferente da geração chata do coroa.

Cheguei em casa, troquei rapidamente de roupa, iria sair com algo mais descolado. Meu pai e minha mãe sempre implicavam com minhas roupas, af...

Então depois de me trocar, falei para o pai. 

– Pai empresta o carro. 

– Vai sair com o Nilmar?

– Sim pai... Meu pai olhou com um olhar de canto que nós bem sabíamos o que era: Preocupação, não disse nada, ele bem sabia que tinha me comportado, feito tudo direitinho, logo poderia sair. Tinha lá os meus dezoito anos e carteira de motorista...

Ele me olhou por uns trinta segundos que pareciam intermináveis, e logo veio a resposta.

– Sim, Robson emprestarei. Volte ao máximo as onze (é claro que voltaria as meia noite) cuide bem do carro, e vamos fazer uma oração.

– Oração? Pensei...

– Tudo bem pai, vamos orar...

A oração consistiu em proteção. – Agora esta aqui as chaves cuide bem do gol preto, pois você sabe muito bem que eu sempre cuido-o com carinho Robson. – E veja lá ein? em cuidado ao estacionar...

– Sim pai, estou ligado não cometerei mais aquele deslize... Relembrando que tempos atrás tinha esbarrado o para choque... Saí... Só alegria daria um rolé na praça da cidade...

– Madalena.

– Fale Amor.

– Vamos orar, estou com um sentimento de angústia cujo qual eu não sei explicar, vamos orar pelo nosso filho Robson.

– Vamos sim, vamos ao quarto e orar uns quinze minutos e também ler um Salmo, também sinto que devemos orar por ele e pelo Nilmar...

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Capítulo 2

Roubada

Sabe, no dia a dia sinto me aprisionado, porém agora estou livre posso acelerar, sentir o vento, ter auto controle deste carro, agora posso extravasar...

Hoje a noite será boa...

Ops...

Passou uma irmãzinha da igreja na rua fiquei observando ela, coragem dela sair com a Bíblia, embaixo do braço, por que não baixa um App como eu fiz... Nossa que vestido longo, e por que ela esta essas horas da noite aqui na rua... Parei, e perguntei...

– Paz, estas sozinha?(falei, pois sabia que ela nunca sai sozinha e ainda mais já era quase dez da noite)

– Paz, sim votei para a igreja convidar o pastor, ir na minha casa, orar pelo meu pai que não esta bem...

– Melhoras para ele, (olhei pra o celular, tinha combinado com o Nilmar não poderia prolongar a conversa)

Continuou ela, seu caminho de volta... e Eu para a minha noitada, – Como era o nome dela mesmo?... A sim, Nelma. A toda encoberta Nelma, a tímida e frágil Nelma.

Cheguei na casa do Nilmar ele entrou no carro, cumprimentamos e ele logo disse:

– E aí mano, estou com uma super novidade, você não disse outro dia que queria extravasar, sentir a sensação de dominar, de poder....

– Sim (não achei que isto importava muito a ele...). 

– Então vamos lá naquele campo de plantação de eucalipto...

Se eu não confiasse no Nilmar, iria estranhar tal pedido, mas sabia que ele tinha algo novo irresistível para me mostrar... Logo engatei a marcha e fomos. Este local era bem afastado, da cidade, mas fui, sem questionar...

No caminho ele ligou uma musica funk, confesso que não gostava, claro que nunca diria isso a ele, pois isto sim seria bem careta da minha parte...

Ao chegarmos naquele local, observei um breu, muito escuro, liguei o farol do carro, e fomos na frente dele.

Logo, Nilmar começou a falar...

– Sabe, Robson, um dia meu pai disse a mim (O pai do Nilmar, vivia bêbado, e aprontava muito...) que para ser homem tem que fazer um ato, de passagem....

– Eu logo pensei, (será que ele me mostrará um droga, coisa assim, claro que não quero mostrar que sou careta, mas droga não entro mesmo).

Ele me olhou e disse deste modo

– Calma bebezão. Não vou te dar uma droga para você experimentar, (parece que adivinhava meus pensamentos) é uma sensação que quero que sintas, que vai mudar a sua vida, daí então serás outra pessoa.

Fiquei apreensivo e super curioso, sabia que estava dentro da mochila, esse algo novo...

Leitor, neste momento os pais de Robson clamavam e oravam, por ele. Isto ele não sabia, e nosso protagonista, sim estava prestes a adentrar numa roubada...

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Capítulo 3

Senti de orar por Ele

Sempre gostei do Robson, ele nunca se importou muito comigo, mas hoje, tive um encontro bem inusitado com ele.

Estava voltando a igreja, fui convidar o pastor a ungir meu pai que não estava se sentindo bem.

Sabe, mora eu e ele aqui em casa, minha mãe me abandonou quando era criança, nunca à conheci, eu e o meu pai sempre fomos da igreja.

Eu gosto muito do meio religioso, participo dos grupos de louvor. Não vejo muito o Robson por isto a minha surpresa, seus pais sempre os vejo por lá.

Busquei o pastor, quando chegamos em casa...

– Oi querida Nelma, estou melhor.

– Que bom pai, que esta melhor, trouxe lhe o Pastor.

– Paz do Senhor... Depois de uma conversa sobre o cotidiano o pastor disse: –Então vou ir embora.

Naquele instante, senti no meu coração de orar pelo Robson, não sei explicar, só sei que num impulso, (sabe sou muito tímida) disse:

– Vamos orar, por um amigo que vi hoje pai, neste momento eu senti de orar por ele, foi eu o pai e o pastor, orar não disse o nome, mas o Robson estava nos meus pensamentos.

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Capítulo 4 

Um reluzir na escuridão

Olhei para Nilmar, e confesso que estava tenso...

– O que será que vai fazer eu passar a ser um homem por completo? 

– Que ato seria esse?

Sei que o pai do Nilmar já andou lidando com drogas, mas no passado.

E pelo que sabia, o Nilmar mesmo sendo um tanto 'corajoso' nunca tinha usado drogas... Sabe, somos amigos de longa data.

E Sabia que, o que quer que fosse, estaria naquela mochila.

O que será?

Naquele instante que ele estava deszipando, me veio parte de um versículo na minha mente, foi mais forte que eu e não conseguia parar de pensar nele.

"Não assenta na roda dos escarnecedores" Salmos 1

Fiquei relutando com o pensamento e o versículo vinha cada vez mais forte não parava de pensar nele.. –Calma bebezão, disse Nilmar. É só uma coisinha que quero lhe mostrar, e então você vai fazer... Aí então vai sentir–se um homem por completo, irá sentir que pode tudo...

Voltei a pensar no versículo, mudava as palavras do versículo para tentar adequá–lo ao que estava acontecendo comigo ali...

O que seria? O que o meu amigo iria me mostrar e eu teria de fazer e porque isto tinha que ser em lugar tão afastado?

Já era noite e estava sim preocupado, mas não queria que ele percebesse que no fundo estava mesmo com medo.

Logo disse para o Nilmar:

– Rápido Nilmar com o que quer que seja... Devo voltar cedo, e nem saímos... 

Quero ver aquela garota da semana passada e isso esta atrasando o meu lado.

E veio então a surpresa.

Nilmar colocou a mão dentro da mochila e retirou... A luz do farol reluziu no metal |UMA ARMA | que me deu um calafrio, olhei bem para os olhos do Nilmar, a principio senti algo estranho, ele ficou sério, sei lá ... Depois ele retirou–a e colocou na minha mão, assustado peguei com as duas mãos.

– Calma bobo, esta sem bala, segure um pouco. 

Ele deixou nas minhas mãos e senti um gelado inexplicável, do metal em minhas mãos.

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Capítulo 5

Um tiro e nada Mais

Nilmar, olhou pra mim, senti que uma arma para ele era algo natural, eu não estava habituado, e senti o peso do perigo naquilo. Ele disse me assim:

– É simples... Tá vendo aquela lata.

Nem tinha reparado que tinha uma lata lá longe...

– Vou arrumar ela e você vai dar um tiro nela.

– Um tiro? Indaguei–o, Eu tá é louco?

– Só um tiro ao alvo bebezão, só isso.

Sabe, já estava tenso queria sair daquela situação rápido, e o meu amigo queria que eu desse um tiro. E não queria que ele pensasse que sou um medroso.

Ele estava voltando em uns cinco metros de distancia estava aquela lata, era grande não pensei que seria difícil, o que seria difícil era disfarçar. Comecei a tremer igual a uma vara verde.

E veio o Nilmar.

– Nossa você esta tremendo Robson, é só para você dar um tirinho de nada.

– Só um tiro? (nem sei porque disse isso soou meio bobo)

– É só um tiro, daí ele retirou de dentro do bolso, balas deste revolver.

Sabe a tremedeira foi passando e o Nilmar foi explicando como carregar, eu nem prestei atenção que dar o tal tiro logo, para não mostrar que era covarde, e ir ver a garota que já tinha combinado.

– Vamos logo Nilmar, marquei um encontro, só um tiro né...

– Sim, só um tiro.

Pronto, carreguei ele com uma bala.

A partir daquele momento ele colocou na minha mão me posicionou para o modo de atirar.

– Nossa Nilmar nunca imaginava que você tinha uma arma, onde conseguiu?

– Encontrei naquele terreno baldio próximo da minha casa

– Sei...

– Então... Achei lá, vim aqui e treinei uns tiros gostaria que atirasse também depois vou jogar lá de novo.

– E as balas?

– Meu pai tinha guardado...

– Pronto esta na posição, quando você puxa aqui, esta engatilhado e é só atirar, capriche acertando a lata pois só quero gastar uma bala, vai que alguém escuta...

Estiquei o braço e fiz a posição de tiro, Nilmar disse que aprendeu vendo filmes...

Ele me disse assim: 

– Olha, depois do tiro vai sentir um baque para traz e a arma aquecerá mire na lata e boa...

Ao mirar senti uma sensação estranha atirei, realmente o baque me fez dar um passo para traz.

– Pronto bebezão, ops... Pronto Robson, o que achou?

Agora sabe a sensação de dar um tiro, agora você sabe o que é ter o domínio da situação.

– Olhe Nilmar, atirei, agora prometa que vai se livrar disso, vai que é de bandido.

– Sim, vou me livrar.

– Bora nóis.

– Bora, foi esse bora meio triste, pois não gosto de ser desafiado, mas se era esse o preço para o Nilmar não me chamar de bebezão, paguei, agora ele não chama mais.

– Robson queria te pedir um favor é simples.

– Fale Nilmar.

– Bom, quando você chegar onde combinou com a  Renata me empresta o carro rapidinho para eu dar uma impressionada para a minha garota, prometo que é rapidinho.

Sabe, pensei bastante em dizer não, mas confesso que fiquei com medo do Nilmar dizer para o meu pai que eu andei atirando, imaginei a cena, e num reflexo disse:

– Seja rápido.

No carro, quando estávamos bem próximo do local que combinei com a Renata, pedi para ele deixar uma esquina antes queria ir caminhando, por conta de um motivo. Na hora pouco antes de dar aquele tiro, tinha mijado nas calças, parece cômico, mas não me contive e não sabia o que fazer, contar ao Nilmar acabaria com a minha reputação...

No encontro estava bem adiantado e tinha combinado com a Renata, numa pracinha. É claro que ia dar o bolo nela, não queria que ela me visse mijado.

Nessas horas o Nilmar já estava virando a esquina tinha combinado se encontrar com ele ali mesmo, ia dar umas voltas para disfarçar e depois daria um toque.

Coloquei a mão no bolso e vi que estava sem o celular...

– Quem é aquela pessoa lá na frente?

– A Renata. E, estava com um garoto.

Fiquei irado, disfarcei e virei e dei a volta, lembrei que a casa da Nelma era ali próximo, pensei.

Vou na casa dela e peço para ela dar um toque no meu celular que deve estar no carro, e o Nilmar atenderá, foi o que fiz. fui a casa dela.

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Capítulo 6

Uma folhinha de eucalipto

Meu pai foi dormir cedo, fiquei meditando no Salmo 1, agora são dez e quarenta da noite, hoje estou sem sono, sou acostumada a dormir cedo.

No entanto, aquele momento que senti de orar pelo Robson fez eu pensar o que se passava com ele.

O Robson, lembro bem dos seus olhos quando me olhou, amendoados, seu sorriso, acanhado. Mas não entendo porque ele não vai muitas vezes na Igreja.

"– Senhor tu conheces meu coração, traga para minha vida a pessoa certa, que seja dos teus propósitos Pai". orei em voz alta após meditar na leituras bíblica.

De repente um toque na campainha. Que estranho essas horas e um toque só? Olho na janela quem vejo?

Aí, é o Robson. Mas o que ele esta fazendo aqui a essas horas? Será que atendo? Mas é o Robson...

Desci, abri a porta.

– Paz irmã Nelma, disse o Robson. Que voz linda a dele...

– Paz do Senhor, Robson o que esta fazendo essas horas, e eu vi você sair de carro agora a pé?

– Pois é ... Emprestei para o Nilmar, queria emprestar o seu celular para dar um toque para Ele.

Neste instante olhei para o Robson, fiquei meio constrangida e disse: –Claro, vou la buscar, voltei e dei o celular para ele, e num impeto inexplicável retirei uma folhinha que estava nos seus cabelos, uma folha seca. Ele tem os cabelos lisos...

Sempre pensava nele, orava para um dia ter a oportunidade de estar perto dele, e agora ele ali na minha frente,e nem acredito, mas veio a vontade de dizer o que falei. Sabe aquelas coisas que vem na mente da gente e falamos no impulso? enfim falei.

– Sabe Robson, depois daquele encontro com você senti de orar por você, orei eu o Pai e o Pastor.

– Por  acaso passou por algum livramento, pois eu me angustiei e tive que orar, logo após li o Salmo 1.

– Salmo 1? disse o Robson, meio atônito.

– Sim irmã Nelma acabei de passar por uma dificuldade, outro dia te conto com calma. Agora preciso ligar para o Nilmar já esta tarde.

– Assim é claro? Disse ao Robson, lembrando qual era o real motivo dele estar ali.

Então foi o Robson um pouco adiante fazer a ligação trouxe o celular e agradeceu. E eu? com aquela folhinha... Será de eucalipto? Mais tarde guardei dentro da minha Bíblia.

– Sabe Nelma, muito obrigado pela oração voltarei conversar com você, confesso que estou meio fraco na Igreja mas estou sentindo de voltar...

– Irmão Robson, a porta da igreja esta aberta. Nós da juventude somos receptivos e a sua família já é de casa. 

Meu coração bateu mais forte. Que alegria ouvir da boca do Robson aquilo. Ele foi embora eu fiquei observando da janela, logo após fui dormir, sentindo o cheiro daquela folhinha nas minhas mãos, ah, sem dúvidas é uma folha seca de eucalipto.

Meu pai? Dormia nem percebeu que fui atender a porta. Antes de dormir agradeci a Deus pela vida do Robson e pela cura do meu pai. 

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Capítulo 7

Inveja, um sentimento que destrói

Sempre tive inveja do Robson, ele tem um pai que dá de tudo para ele, o meu pai vive me colocando em confusão.

Ele tem sorte com as garotas, lógico, tem carro, tem roupas de marcas e eu? –Nada!

Agora estou dirigindo o carro dele, e tenho que resolver aquele problemão que me enfiei, aí o que fazer?

E aquela hora que retirei a arma da mochila, sim naquele momento me subiu o sangue, poderia acabar com a vida dele, sim, disse a ele que não tinha bala, mas tinha uma...

– Por que será que formigou meu braço?

– E ele, atirou. Parecia um frangote, aquele bebezão mimado do papai, mas ele atirou né?

Neste momento Nilmar fazia uma curva fechada e esbarrou nuns lixos que estavam na esquina, dando uma pequena arranhada no para choque.

Ao dirigir, Nilmar com uma destreza estranha, vestiu uma luva na mão e retirou a arma da Mochila.

Um elemento, o esperava numa esquina escura, ele abriu o vidro e falou assim.

– Isso é para você.

– Dando um tiro. 

O elemento caiu.

Nilmar acelerou o carro, nisto o celular tocou, ele observou pelo toque que não era o dele, e estava no canto da poltrona, ele atende:

– Oi Robson, já passo aí. A mina me deu o cano isso.

Isso já era umas 23:15, ele sabia que o Robson estava atrasado pois as saídas deles só poderiam ser até as 23:00 horas.

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Capítulo 8

Não paro de pensar nela

Levei de carro o Nilmar, ao chegar na sua casa observei que tinha gente acordada, logo a luz se acendeu, deixei o Nilmar, antes disse:

– Se livre daquilo.

– Sim me livrarei, não esquenta. Até Robson.

– Até. Olhei para o Nilmar e senti que ele estava meio nervoso, será que ele estava pensando que eu iria contar para o meu pai o ocorrido, do tiro coisa e tal?

Ao dirigir pensei no que fiz e refletindo fiquei observando que caminho estava trilhando.

Um amigo que leva para atirar na calada da noite.

Uma garota que pensava ser minha futura namorada estava com outro garoto...

Tenho que dar um basta nisto, devo corrigir meus erros.

Cheguei em casa e meu pai fez um sinal mostrando com o dedo no relógio já era 23:30 horas.

– Pai, são só trinta minutos de atraso.

– Trinta minutos... Sei... Entre para dentro.

Minha mãe tinha deixado janta, comi e fui ao banheiro tomar um banho.

Neste momento meu pai foi vistoriar o carro e viu o arranhão, era discreto, parecia que tinha sido arranhado em algo verde... Pensou em ir falar comigo mas deixou para o outro dia.

Enfim na minha cama comecei a pensar na Nelma. Sim nela.

– Como  pode isto? 

– Eu estar pensando naquele versículo e ela orando para minha vida?

Relutava em não pensar nela, mas quanto mais relutava, mais pensava. –O que é isso?

Decidi orar, sim orar agradecendo a Deus e pensei.

– Vou me acertar, vou parar com essa vida louca e se firmar na Igreja, começa amanha cedo, vou voltar para a escola bíblica dominical.

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Capítulo 10

Uma manhã de domingo

Acordei cedo, arrumei meu quarto, o pai sempre acorda antes. Já estamos prontos para ir a escola bíblica dominical.

Meu pai esta relendo a lição, ele será o professor hoje.

A lição será sobre os últimos momentos de Jesus no Getsemani , eu li, gostei, acho que será bem legal, o que não é muito legal é o fato da minha igreja não ter muitos jovens :(

– Esta pronta Nelma, Vamos?

– Sim pai, me deixe só pegar a minha Bíblia... Quando fui pegar a Bíblia no criado mudo, esbarrei e caiu em cima da cama, e a folha de eucalipto que estava no meio da Bíblia (coloquei dentro no Salmo 1 ) caiu.

Olhei para a folha, e sabe de quem lembrei? Aí, aí, aí, o Robson... Não paro de pensar nele, seu cabelo negro e liso, seu cheirinho, que perfume gostoso! E os seus olhos. Para Nelma! Concentra na EBD.

– Vamos Nelma, o pai me olhou e disse assim: – Parece que esta meia distraída?

Meu pai lia o jornal lá na mesa antes de irmos a igreja.

– Você viu filha o que fizeram com aquele garoto. Eu olhei o jornal e me assustei, era o Zecão na foto, caído ensanguentado, tinha levado um tiro de raspão, no entanto, ao cair, bateu a cabeça no meio fio, e estava no hospital em estado grave. Sua vida estava sendo mantida por aparelhos. Estava assim escrito na reportagem.

– Nossa pai, a cidade esta cada vez mais violenta.

Fomos a pé a Igreja, pois era bem próxima da nossa casa.

Quando chegamos, fui lá ao meu cantinho habitual, não foi nenhum jovem na EBD e isto me deixou um pouco triste. Meu pai? Foi sentar com os homens, depois de orar estava conversando com os irmãos, antes do inicio da EBD.

Eu? Orei abri a lição e comecei a ler;

De repente olho para trás quem eu vejo entrar na Igreja?

– O Robson...

Fiquei vermelha, estiquei–me no banco (o que é isso Nelma controla) minha mão ficou fria, mesmo com aquele solzinho que entrava pela janela da igreja, sol de uma manhã de domingo.

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Capítulo 11

Aqueça as minhas mãos

Minha mão não esquentava. Senti que estava nervosa. Sabe, tinha sonhado com ele, sua imagem era real nos meus pensamentos.

Mas ele é Real e agora esta entrando na Igreja.

Pensei: 'Se ele me cumprimentar eu morro!'

O pai dele fez um sinal e foi sentar com os homens e ele olhou para mim e veio.

'Senhor, ele esta vindo aqui... '

– Oi Nelma, olhei para ele e em seguida olhei para o chão e disse:

– A paz do Senhor Robson, quanto tempo... (calma que eu estava nervosa)

– Ops... A paz do Senhor Nelma (ele se corrigiu estávamos na igreja) e só naquele momento que percebi que ele estava com a mão estendida...

Cumprimentei–o, sua mão era quente, e a minha?

– Nossa Nelma sua mão esta gelada, ele tirou um casaquinho (tipo blazer sabe) que estava usando e me deu.

Nisto a Igreja inteira (tinha poucas pessoas só pessoas de idade, umas trinta) nos observavam.

Era estranho um menino sentar com uma menina, o Robson sabia disso, quando mais jovem ele vinha na EBD, no entanto era só eu e ele de jovem ali...

Vesti o casaco (que perfume gostoso...) e disse: – Agora vamos prestar atenção na Escola Bíblica Dominical.

Alguns momentos eu tive que ler em voz alta, e ele ficava me observando, e eu sem graça (pra variar) até gaguejei, acredita?

Ele também leu.

– Nelma licença; preciso ir ao banheiro, e foi o Robson ao banheiro. Neste momento meu pai olhou para mim lá na frente, e deu uma risadinha de lado.

E eu? Tirei o casaco do Robson, já estava suando. Comecei me concentrar, era meu pai passando a lição e ele falava assim:

– Jesus estava no Getsemani, foi orar, algo terrível aconteceria com ele, e os seus companheiros dormiam (neste momento o Robson já tinha voltado e estava no meu lado e ele encostou sua mão, olhou para mim e pegou na minha mão!). Fiquei super sem graça disfarcei e continuei a ouvir meu pai que falava:

– De repente surge Judas e dá um beijo em Jesus, e acontecia assim a prisão do Mestre. (Neste momento Robson diz pra mim bem baixinho...)

– Posso te levar para casa?

Eu falei assim para ele:

– Tenho que falar com meu pai, se ele deixar podemos sim ir conversando até a minha casa (não sei, sentia que o Robson estava apreensível) Ele olhou para mim novamente e eu perguntei:

– Quer falar sobre ontem?

– Sim. Ele ficou calado e logo disse novamente: –E outras coisinhas também, Voltei a ficar vermelha.

Meu pai dizia naquele momento:

– Vamos ficar de pé e fazer uma oração e nesta oração gostaria que os irmãos intercedessem pela vida de um adolescente, o Zecão.

Ao levantar, Robson soltou a minha mão, à passei na jardineira jeans que vestia, estava suando minha mão, no impulso coloquei–a próximo ao nariz e senti o perfume do Robson. E orei.

Na oração agradecia a Deus por aquele momento. Nos pensamentos agradecia a Deus por aquele sonho, o menino que gostava estava ali junto comigo, tudo estava perfeito.

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Capítulo 12

Quero tanto te proteger...

De repente vibrou o meu celular, sorte que coloquei para vibrar se tocasse chamaria todas as atenções para nós dois.

Estou ao lado da Nelma, toquei suas mãos estavam frias. Num impulso tirei o blazer e coloquei nos seus ombros, agora estou indo ao banheiro atender o celular.

Ops... Olho, é uma mensagem do Nilmar, queria conversar, que estranho? Pelo que eu sei ele acorda tarde e agora são 10h40min, na mensagem disse que encontraria na pracinha para conversar. O que será, fiquei pensando...

Agora estou no banheiro, olhando para o espelho, meu coração esta em disparado, será que é por conta do tiro, ou será por estar com a Nelma? Nossa que perfume gostoso ela tem, um cheirinho bom de amêndoas.

E a sua mão fria... Queria protege–la...

Voltei ao banco e decidi convidar ela para leva–la para sua casa.

– Sabe ela me transmite confiança, entende?

Mas ei não sei, meu coração dispara, fico numa adrenalina ao lado dela, parece que é a primeira vez que acontece comigo.

Ela esta com uma jardineira jeans, bem coberta, ela vai até os joelhos, mas sabe que eu gostei, valoriza seu corpo e a deixa tão linda!

Como eu era um bobo, atrás das Renatinhas da vida. Essa moça é tudo que eu preciso, quero confiar nela... Vou convidar: D

– Posso te levar para casa?

Neste momento peguei com todo o cuidado nas mãos dela, queria aquecer, proteger ela. E ela num primeiro momento se assustou, senti que essa menina tinha valor, mas fui ousado e fiquei segurando nas suas mãos sentia o seu friozinho que ia passando. Naquele momento estávamos na mesma temperatura.

O Pai dela convidou–nos a orar, ele com toda a cidade já sabiam do Zecão, pediu para orar para o menino que estava no hospital, eu orei, confesso que voltei a pensar no tiro, pensei no menino, agradecia a Deus pela chance de melhorar e sair daquela vida de tiro, de namoricos com meninas que não se davam ao respeito. No meio da oração pensava. –Senhor obrigado, estou ao lado de uma garota, com preceitos cristãos, terminei a oração e falei assim para a Nelma:

– Vamos?

Ela disse:

– Espera só um pouco vou lá falar com o meu pai.

– A tudo bem eu vou avisar o meu também, te espero no portão da Igreja....

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Capítulo 13

E ele veio, e beijou–me

Saímos eu e o Robson, andado numa linda manhã de domingo, ele me contava de coisas do seu cotidiano, e eu falava da escola e também contava para ele o quanto gostava da minha pequena Igreja, do Ministério do louvor.

– Sabe Robson, aos olhos de Deus você é especial, e você é um discípulo de Cristo para estar evangelizando onde estiveres.

Ele olhou no fundo dos meus olhos e disse assim:

– Nelma; estou cada vez mais gostando de estar com você, e de saber que você é uma menina que dá testemunho.

Entendi o que ele quis dizer com dar Testemunho. Logo disse a ele assim.

– Sabe Robson, nosso corpo e vida é templo do Espírito Santo.

– Sim entendo, e é isso que faz a diferença.

Neste momento passamos em frente a uma sorveteria, então entramos, ele e eu, Pedimos um sorvete e continuamos a nossa conversa, saímos caminhando e ele me disse assim:

– Sua mão estava mais gelada do que este sorvete!

E neste momento voltou a pegar na minha mão.

– Agora esta quente, mas eu gostaria de estar sempre de mãos dadas com você!

– E eu toda envergonhada disse: – Sério?

Nem percebi já estávamos próximo, uma esquina da minha casa.

– Sim Nelma; sinto que você é diferente, me completa, e quero cada vez estar mais próximo de você.

E ele veio próximo a mim, bem pertinho sabe? Senti deste modo seu perfume, o sol refletia no meu rosto, me fez involuntariamente fechar os olhos, ao fechá–los senti que o Robson chegou mais perto de mim, já segurava as minhas duas mãos, estava de frente a ele. E veio o Beijo...

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Capítulo 14

Quero Ama–la...

Eu acheguei–se bem próximo dela, meu sorvete? Já havia saboreado, estávamos bem próxima da casa dela.

Era o momento.

Suas mãos aqueciam as minhas.

Tudo estava perfeito ♥

E sentia o seu perfume de amêndoas que vinha daquela terna e linda garota...

Queria estar junto a ela, e estava, observava cada gesto, cada palavra que ela falava:

– Nosso corpo é templo do espírito Santo, comecei a entender melhor, e sentia o desejo de estar com aquela pequena na Igreja, Sabe? Reconciliar–me.

Necessitava desta entrega. Reconciliar pedir perdão pelos meus pecados e ser um membro daquela 'Igrejinha aconchegante'.

E naquele momento, com a Nelma, estava muito feliz, queria conversar sobre o tiro coisa e tal, queria conselho opinião dela sobre o que me ocorreu ontem,mas não encontrei jeito. Também tinha o Nilmar que queria falar comigo, o que será?

Pensei:

– Esquece tudo Robson e concentra nesta linda menina a sua frente, e foi assim que eu fiz.

Com as duas mãos de frente para ela na esquina de sua casa, disse assim a Ela:

– Sim Nelma, sinto que você é diferente e me completa...

E acheguei–se bem pertinho, neste instante o Sol encobriu o olhar dela que os fechou.

– A Sua boca? Era linda, um brilho lindo, e estava ali na minha frente, uma excelente menina, de família, da mesma Igreja que costumeiramente frequentava, que meus pais frequentavam, que dês de criança, ia com minha família.

Frágil, com os olhos fechados, o beijo era inevitável, e eu beijei–a na testa.

Ela abriu os olhos e sorriu, e eu a abracei bem forte e disse:

– Hoje logo após o culto, vou ir à sua casa e pedi–la em namoro, ela ficou vermelha, e eu a abracei mais um pouco. Ficamos em silêncio neste momento, sentia o pulsar do seu coração, o calor do seu corpo.

– Agora vou te entregar, sã e salva em casa, e dei uma risadinha com o rosto acanhado.

– Assim, ela me respondeu.

– Tenho que fazer o almoço.

– Até a noite então (e aquele olhar com um sorriso de canto que me deixou todo dengoso) Sim neste momento senti, estava completamente apaixonado...

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Capítulo 15

Uma Chocante Notícia

Cheguei a casa almocei, minha Mãe Madalena, fez uma refeição deliciosa!

E eu e a Nelma? Agora estamos na fase das mensagens no celular, eu envio, ela envia, estou apaixonado, confesso.

Mas também estou apreensível.

O que será que o Nilmar quer comigo?

Vou aproveitar o encontro com ele e o convidar para ir à Igreja, se ele for meu amigo de verdade entenderá a minha decisão e me apoiará.

Pronto, já estou arrumado, vou com o carro do Pai, ele autorizou, me deixe reler a mensagem: – Sim, na pracinha, e ele quer conversar.

– Vou falar para ele que não achei certo aquela história de tiro, e que se ele estiver alimentando isso ele esta indo para um caminho sem volta.

Ao entrar no carro reparei a esbarrada, tipo um arranhado que deixou uma tinta verde na pintura. Bem de leve. Aí entendi os olhares do Pai, nada que uma polida não resolva, amanhã verei isso.

Chegando à praça vi o Nilmar sentado num banquinho logo sai do carro e disse a ele:

– E aí Nilmar, tudo bem?

Ele olhou para mim ficou uns segundos calado e disse assim:

– Fiz burrada.

E eu perguntei a ele:

– Como assim burrada?

– Pois é Robson, eu estava com aquela arma, ia jogar fora daí vi o Zeca de bobeira, lembrei–me da surra que ele me deu, e quis dar um susto nele.

– Um susto?

– Sim um tirinho pra assustar...

– Tá é doido moleque? Não sai por aí atirando nas pessoas!

– Robson, não queria acertar ele eu queria só assustar.

Mas foi involuntário quando vi, ele já estava caído, sai em retirada, e depois fiquei sabendo o que ocorreu pelos jornais.

– E você foi na polícia? Perguntei, já tremia de nervoso.

–Não. Você sabe que já andei aprontando antes (lembrei–me que ele andou roubando um supermercado, quase foi preso).

– Por quê você esta me contando tudo isso Nilmar? Perguntei, já não estava entendendo mais nada. Não estava junto com você quando você fez isso!

– Sabe por que Robson? Porque estou escutando radio o dia todo e ouvi que teve testemunha, uns mendigos que dormiam próximo a um lixo, disseram lá na policia que viram um gol preto...

– Te viram? Perguntei.

– Não, mas podem chegar à você, pois o gol preto é do seu pai.

– Se chegarem a mim, simples, conto toda a história e você vai responder pelo seu delito Nilmar.

Ao terminar essa frase, surge detrás de uma arvore o Pai do Nilmar...

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Capítulo 16

A chantagem

Envolto atrás daquela arvore aparece o pai do Nilmar. E fala deste modo comigo:

– Robson, Robson, o amigo do Nilmar, você bem sabe que se pegarem o Nilmar ele vai preso, pois não é réu primário, já você nunca passeou pela delegacia não é mesmo? Você sabe que meu filho já andou aprontando antes, continuou:

– Se a polícia chegar a você, você vai dizer que foi uma brincadeira que fugiu do teu controle e você estava sozinho.

– Por que eu faria isto? (aquela situação era real para mim ter que assumir um crime que não foi eu que cometi!)

E disse o pai do Nilmar com uma voz irônica e assustadora:

– Pois a sua mãe e aquela sua namoradinha podem sofrer as consequências. Alias, ligue para a sua casa.

Neste momento me gelou dos pés a cabeça. No ato peguei o celular e liguei lá em casa:

– Robson, estamos te procurando, volte para a casa agora dizia meu pai.

O pai do Nilmar segurou meu ombro.

– Robson, Robson, com certeza a policia não vai descobrir, o pequenino delito do meu filho, mas se descobrirem diga que foi você. No máximo você irá pagar algumas cestas básicas e nem ficará preso porque nunca passou por lá antes.

– Já o meu Nilmar, fez burrada? Fez. Nem eu nem você queremos o pior para ele.

Fiquei mudo logo após disse:

– Me solta quero voltar para minha casa!

– Volte... Neste momento ele abraçava o Nilmar. Nilmar estava com o semblante baixo.

E continuou:

– Foi só um susto, se você abrir a sua boca sobre a nossa conversa não será um susto, se abrir a sua boquinha será real, eu não tenho nada a perder, voltar pra prisão para mim não é nenhuma novidade.

Pense também no bem estar da sua namoradinha, como é mesmo o nome dela? Ah sim, Pense bem na sua namoradinha Nelma.

Tremia de nervo, o que ocorreu com minha mãe? entrei no carro e em disparada fui a minha casa, ao chegar para receber a notícia... (continua)

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Capítulo 17

Calma mãe já estou chegando

As dificuldades Robson podem te fazer desistir.

Mas lembre–se que Ele pode abrir esse mar.

Creia, Ele esta te guiando para vencer.

O Deus do impossível.

Esse Deus que te guia.

Senti esse tocar no meu coração, sim Ele Me ajudará a vencer essa dificuldade

Já estou chegando em casa mãe...

Antes, parei o carro ajoelhei ali mesmo no asfalto e orei em meio a lágrimas:

"Senhor perdão pela minha transgressão, não deixe quem eu tanto ama sofra e pague pela minha transgressão".

Retornei o carro, estava nervoso, chorando:

– CALMA MÃE JÁ ESTOU CHEGANDO.

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Capítulo 19

Um livramento

Cheguei em casa, estacionei o carro e corri lá para dentro, minha mãe estava no sofá, e meu pai trazia a ela um copo de água. E disse:

– Mãe o que houve, observei que ela estava com o joelho esfolado.

Ela me abraçou e chorou meu pai, abraçou a ambos e disse.

– Robson, fique aqui em casa, caso algum parente ligue preocupado, irei ao hospital com sua mãe, tirar um raio x deste machucado e fazer um curativo.

Minha mãe estava em estado de choque.

Meu pai me chamou de lado e disse em voz baixa.

– Algum maluco tentou atropelar sua mãe, um corcel velho todo isofilmado e sem placa, vi aqui da janela de casa, vi também que parecia ser intencional. Provavelmente quem fez isto estava em efeito de alguma droga, pois não era normal.

– Sorte que ela se jogou na calçada, evitando o pior.

Neste instante o pai chorou.

– E eu chorei também.

– Sim pai, leve ela no hospital. Graças a Deus não foi grave.

– Sabe Robson, você e a Madalena são tudo para mim. Não sei como seria viver sem vocês, quando vi aquele carro desgovernado vindo em direção da sua mãe, senti o quanto necessito de vocês dois. Vocês são a minha família.

Cuide da casa já volto, e minha mãe me abraçou estava mais calma e disse assim para mim.

Hoje a noite vamos à Igreja Robson, agradecer a Deus, pois dês de ontem a noite quando você saiu com seu amigo Nilmar, já sentia uma angustia no peito.

Quando ela falou isto pra mim, desceu um suor gelado, que paralisou a minha espinha, a cena, do tiro, voltava na minha mente, senti vontade de contar tudo para ela para o pai.

Mas observei que realmente o pai do Nilmar era perigoso, não queria perder minha mãe por conta de uma pessoa que parecia ser um doente sem sentimentos. E ele também ameaçou a minha querida Nelma.

Sim mãe, vou ir a igreja, desculpa por não te obedecer, e sair a noite, sendo que não foi a educação que você me deu.

Filho você pode tudo, mas nem tudo lhe convém, pense sempre assim que tudo que você fizer será o certo.

Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm

1 Coríntios 6:12

– Isto foi como se fosse um tapa na minha cara, como eu tive esse desprendimento de sair atirando em um descampado? E um amigo que é capaz de atirar nas pessoas, mas vi que minha mãe estava emocionada e com dor, não era o momento de conversar, veio meu pai amparou ela e levou ela para o carro.

– Filho deixe tudo arrumado, depois de voltar do hospital, irei descansar um pouco e vamos para a igreja quero testemunhar esse livramento.

– Sim mãe, vamos para a Igreja.

Quando ela saiu com o pai, fui ao meu quarto e liguei para a Nelma.

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Capítulo 20

Calma Robson já estou chegando

De repente, toca o meu celular, quem será?

A sim é Ele, o Robson, aí, será que atendo, ou deixo tocar mais um pouco?

Não paro de pensar nele, no nosso encontro, naquele momento que ele com carinho colocou suas mãos nas minhas, e os nossos corpos se aqueceram, e eu? Com as mãos frias, ele com aquela mão quente, aqueceu meu corpo.

E aquele momento?

Nunca irei esquecer o Sol, brilhou, meus olhos se fecharam, e ele delicadamente me beijou.

– Você deve estar se perguntando: – Mas foi só um beijo na testa.

Sim foi um beijo na testa, mas aquele beijo foi tudo pra mim, senti a energia de um menino que a tempos gostava e não parava de pensar nele.

E ele? Sempre distante, sempre me evitava, de repente isto, um encontro casual num sábado a noite, ele conversa comigo, e outro encontro.

Entendo agora, Deus quis que fosse deste modo, é o tempo de Deus para o meu amor entende? Não adianta tentar dar um jeitinho e querer mudar o tempo, se fizesse isto penso eu só iria me atrapalhar.

E o momento mais gostoso do nosso encontro sem duvidas, foi aquele abraço,

– Me deixa ver, à vou deixar tocar mais um pouquinho. Aí, o que eu falo?

– E aquele beijo na minha testa, que coisa mais fofa, ele querendo vir aqui em casa pedir para o pai, para namorarmos! Às vezes me belisco, penso que estou sonhando.

– Oi Robson, desculpe demorar a atender...

– O que sua mãe? Acidente? Pera que eu já vou aí!

Você esta no hospital? Em casa, A sim, e tem parentes esperando na sua casa sua mãe voltar?

– Sim, Robson, se você puder mandar sua tia me buscar, se você acha melhor assim, não vou questionar, Mas eu quero estar com você neste momento.

– Não foi muito grave?

– Me conte tudo, vou para sua casa, e ajudo você aí com os parentes.

Pedi para o meu pai, ele escutou assustado o quase acidente grave da irmã Madalena, e me deixou ir sem problemas, a tia do Robson veio com seu carro me buscar. No telefone o Robson me disse que queria conversar sobre o Sábado à noite, aquele assunto que nós acabamos não conversando, o que será? Já descubro, e vou ver esse menino, aí, esse meu Robson que não paro de pensar nele, Calma Robson já estou chegando.

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Capítulo 21

Preciso te contar o que ocorreu sábado a noite

De repente chegou tias aqui em casa todas preocupadas com o ocorrido, também chegaram os vizinhos, e a casa estava repleta.

A Nelma, pedi para uma das minhas tias buscar ela de carro, precisava ver ela desabafar, conversar, simplesmente isto, precisava dela.

– Minha mãe, como pude deixar ela em perigo?

– O que fazer, se aquele homem fizer alguma coisa com ela, e com a Nelma?

Sabe minha cabeça é um turbilhão de pensamentos.

– O que foi, Robson, foi tão grave assim o acidente da tua mãe, conte nós

Disse uma tia que mora no outro bairro, e eu disse assim.

– Na verdade eu não estava em casa... E neste momento chega a minha querida Nelma.

Sem pudor, eu a abracei bem forte, coisa que fez com que os vizinhos e minhas tias olhassem de canto. Não importava nada mais importava, o que realmente importava era aquele abraço que dei nela.

Ela ficou envergonhada, pudera né? Mas eu realmente necessitava de estar com ela.

– Passou sim na minha mente o perigo que ela estava passando de estar ali comigo.

Mas eu em meio a esse desespero que é a culpa, que é essa chantagem, que é esse perigo que minha mãe acabou de passar. Sim em meio a tudo isto encontrei a Nelma.

– Oi Robson, disse ela com aquela voz terna e linda.

– O que houve?

Não hesitei, sei lá era precipitado o que falei, nada mais me importava, estava diante daquele anjo, àquela menina que aqueceu meu coração disse assim.

– Oi amor, (claro que falei bem baixinho) mas foi o suficiente para deixar ela toda sem jeito, repeti.

– Oi amor, vamos ali embaixo daquele pé de manga, sim tinha um lindo pé de manga na frente da minha casa, com um banquinho parecido com esses de praça, e ela disse.

– Vamos sim, quer falar algo para mim Robson.

– Sim, querida Nelma preciso te contar tudo que me ocorreu ontem, sábado à noite.

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Capítulo 22

Companheirismo

Agora estou em casa, vou tomar um banho e começar a organizar a janta que farei para o Robson, sim ele hoje virá aqui em casa pedir minha mão para namorar!

Que felicidade, sabe eu amo ele, e ele me ama, e tudo será perfeito.

Farei uma bela macarronada, com tomates frescos, e com almôndegas, ao sugo.

Antes devo relembrar a conversa que tivemos embaixo daquele pé de manga...

O Robson estava aflito, e me chamou para conversar...

A principio pensei, que era por conta do ocorrido com sua mãe, que quase foi atropelada, por um corcel desgovernado.

Mas não era...

E agora sei que devo ser companheira dele.

– Sabe, eu confio nele, sinto que conheço ele há tanto tempo, parece, que sempre o conheci. Entende?

E todas as palavras que ele ia me dizendo, eu olhava para os olhos bem dentro dos olhos dele e sim, existia e verdade.

O que ele me contou?

Ele disse que depois de me encontrar ontem ele saiu com o seu amigo Nilmar, sabe, eu nunca gostei muito nos modos daquele garoto.

E ele me disse que o menino o levou a um descampado e mostrou–lhe uma arma.

E o pior o meu Robson atirou.

Ele me disse que não queria ser covarde, ou passar essa imagem de covarde.

E eu disse a ele:

– Como assim, Robson? É uma tremenda bobagem, fazer algo errado, só pra agradar, amigos, aliás eu disse que esse tipo de amizade, não edifica ninguém.

Quando disse isso, ele pediu pra deitar no meu colo.

– Que fofo....

E eu? Claro que deixei, e os seus olhos lacrimejavam, e eu ali, com meu Robson, precisando de um colinho, e eu podendo proporcionar isso a ele...

Eu passei a mão nos seus cabelos, e ele olhava para mim e chorou...

Eu pensei?

Como assim não é tão grave, isto!

Ele disse me assim:

– Sabe Nelma. Eu te amo, senti isso forte dentro de mim, no nosso encontro lá na escola dominical, suas mãos são necessitadas das minhas, seu corpo se entrelaça ao meu...

E ele dizia essas palavras, e eu suava frio, escutando, tinha pequenos choques, nunca aconteceu isso comigo, estava super nervosa com aquelas palavras,

E acabei por dizer essas palavras a ele:

– Eu também te amo, sempre gostei de você Robson, mas você nunca olhou para mim né?

E ele me disse:

– Desculpa, eu era um bobo, mas saibas que não quero que quem eu ama sofra.

E eu senti que algo a mais existia nessa declaração.

– Robson se vamos namorar, você tem que confiar em mim, e contar me suas coisas certas suas coisas erradas, suas alegrias e tristezas.

Neste momento ele levantou.

Vi que era algo sério:

– Fale me o que você fez sábado a noite, fora esse tiro?

E ele me disse:

– Eu não fiz, sabe quando eu estava na sua casa ontem?

– Sim, você foi emprestar o telefone para ligar no seu celular.

– Então naquele momento, o Nilmar atirou no Zecão, e estava com o meu carro.

Eu fiquei gelada, e vi as tias de longe olhando para nós, elas olhavam sem entender estavam um pouco constrangidas, e pensavam que estávamos brigando...

– E você sabe disso por que não vai à policia e conte pois tem uma família aflita, no hospital, pense na mãe e no pai do Zecão...

– Então Nelma, eu quero ser sincero contigo, quero que você seja minha companheira, estou com essa 'confusão' na minha vida. Eu tenho que te contar, pois quero que entenda, porque do meu nervosismo, das minhas atitudes, eu a amo, e sei que não é uma boa situação para começar um namoro, mas também sei que preciso de estar junto a ti.

Neste momento, ele me abraçou, e eu o abracei também.

Confesso que era uma situação complicada, mas logo disse isso a ele.

– Então, sei que não é fácil, mas eu vou contigo na policia, digo que você estava comigo.

–Nelma, o pai do Nilmar, me ameaçou, e disse que se eu contar alguma coisa, fará eu pagar as consequências, ameaçou minha mãe e ameaçou você!

Na hora que ele me disse isso entendi tudo, o suposto atropelamento da mãe do Robson.

Eu disse assim a ele:

– Então haja naturalmente, vá ao culto hoje, e não conte mesmo, vamos pensar o que fazer, e obrigado por confiar em mim, vamos sair desta juntos Robson!

Ele pegou a minha mão, e me deu um beijo quase na boca, e disse assim:

– Obrigado por ser companheira, eu necessitava te contar isto, e preciso de ajuda para saber o que fazer.

– Sim, vamos pensar mesmo, sei que aquele pai do Nilmar não é flor que se cheira.

– A única, culpa que você tem Robson é ter atirado neste descampado, não é? Uma coisa bobinha, te colocou numa Roubada.

– E não foi só isso Nelma, o Nilmar e o pai dele, disseram que se a policia descobrisse que eu assumisse esse crime de atirar no Zecão.

Olhei para o fundo dos olhos dele.

– Bom, a policia não sabe quem atirou, não foi você, hoje vamos na igreja, e a noite você vai lá em casa, apresentar–se para o meu pai, depois pensamos junto o que fazer.

Terminando de falar isso chegou os pais do Robson, e todos foram até eles, eu e o Robson também, passado um tempo, a tia dele me trouxe aqui. Agora estou me preparando para ir ao culto.

– E com que vestido eu vou?

– Sim com esse azul quero estar linda, pois depois do culto, estarei com o Robson ele me pedirá em namoro!

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Capítulo 23

Alguns acertos antes de ir ao culto

Meus pais chegaram em casa, demoraram um pouco, pois o raio x demorou, Graças a Deus foi só escoriações, e nada grave ocorreu. Poderia ter sido algo pior.Eu e agora a Nelma sabemos disto.

Mas como a Nelma me tranquilizou, não fui eu que dei aquele tiro, então não tenho culpa, pensando bem posso ser culpado de emprestar o carro para ele, mas não sou responsável pelos atos do Nilmar.

– O que houve, Robson, minha mãe perguntou: –Estas mais leve, até parece que viu um passarinho verde. E uma tia falou lá do fundo:

– É o amor, cara Madalena, é o amor...

Meu pai e a mãe deram uma risadinha, e disseram.

– Que benção você começar a se entender com aquela moça a Nelma, sabe que eu simpatizo com ela, tem a minha benção, filho, e meu pai disse assim indo para o quarto:

– A minha também.

Já era umas seis horas, e eu aproveitei para dizer.

– Pai e Mãe, depois do culto, irei pedir a mão dela em namoro!

Eles sorriram e me abraçaram.

Minha mãe disse:

– Coloque sempre Deus na frente, ore e peça pra ele abençoar sua vida

Não fui eu que ordenei a você? Seja forte e corajoso! Não se apavore nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar". Josué 1:9

Eu estava vivendo dois mundos distintos, um sonho e um pesadelo, o Sonho era encontrar a Nelma, e me firmar de vez nos caminhos do Senhor, e o pesadelo, sim foi desobedecer, e fazer algo sem pensar nas consequências, e somente Deus para me livrar daquele mal, daquela amizade que quis me colocar num abismo, como fui bobo, bem disse a Nelma.

– Sabe mãe, hoje será um dia importante na minha vida, vou começar a namorar e vou reconciliar, pois sinto que é hoje o culto mais especial da minha vida.

– Minha mãe chorou....

– Meu pai sorriu...

– Minha mãe disse: –Sabe querido, você foi entregue dês do ventre, ela colocou a mãozinha dela na barriga, e continuou: sim querido Robson, você é Escolhido, pode até mesmo o mundo querer te tragar, mas te digo, sua vida esta guardada, nos meus joelhos, e eu não posso te obrigar a nada, mas posso te aconselhar, e essa escolha me deixa muito feliz, até me veio um desejo enorme de escutar um louvor.

– Foi à mãe e ligou o aparelho de som e colocou aquele hino do Thalles, eu escolho Deus.

♫

Senhor, eu nasci pra te chamar de Deus

Eu nasci pra te chamar de Pai e andar do Teu Lado

Senhor, desde o ventre da minha mãe

Eu sou povo exclusivo Teu

Eu sou abençoado, se vivo obediente

Mas todo dia o pecado vem, me chama

Todo dia as propostas vêm, me chamam

Todo dia vêm as tentações, me chamam

Todo dia o pecado vem

Mas eu escolho Deus

Eu escolho ser amigo de Deus

Eu escolho Cristo todo dia

Já morri pra minha vida e agora eu vivo a vida de Deus

Mas eu escolho Deus

Eu escolho ser amigo de Deus

Eu escolho Cristo todo dia

Já morri pra minha vida e agora eu vivo a vida de Deus

Senhor, eu nasci pra te chamar de amor

Eu nasci pra te chamar de Pai e andar do Teu lado

Senhor, desde o ventre da minha mãe

Eu sou povo exclusivo Teu

Eu sou abençoado, se vivo obediente

Mas todo dia o pecado vem, me chama

Todo dia vêm as tentações, me chamam

Todo dia as propostas vêm, me chamam

Todo dia o pecado vem

Mas eu escolho Deus

Eu escolho ser amigo de Deus

Eu escolho Cristo todo dia

Já morri pra minha vida e agora eu vivo a vida de Deus

Mas eu escolho Deus

Eu escolho ser amigo de Deus

Eu escolho Cristo todo dia

Já morri pra minha vida e agora eu vivo a vida de Deus

♫

Fiquei super feliz ao ouvir esse hino, ele adentrava na minha alma, e entrei no meu quarto, iria arrumar–me e ler a Bíblia, sim aquele dia seria o dia de colocar, minha vida no eixo, a segunda chance estava ali, e tinha pais maravilhosos, uma menina que ia me ajudar, e cuidar de mim, sim estava feliz.

De repente, escuto pedrinhas baterem na minha janela

– O que será isso?

Fui e  olhei, quem estava atacando?

– Sim era o Nilmar, olhei, ele me chamou, e fez um gesto de silencio...

Antes de ir ao culto, parece que devia colocar alguns pontos nos is, e aquele era o momento, falei assim para o pai.

Pai, vou dar uma volta já volto.

– Volte logo filho, hoje vamos ir a igreja.

– No máximo dez minutinhos não preciso mais que isso só quero pensar um pouco.

– Sim filho, pedido de namoro é coisa séria, vai e pense.

– Claro, que não era esse o motivo deste meu passeio, iria ver o Nilmar e convidar ele para ir a Igreja, e aconselhar ele a se entregar... Alguns acertos antes de ir para o culto.

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Capítulo 24

Proposta indecente

Eu vi meu até então amigo de longe me chamando para conversar.

Já estava mais que na cara que coisa boa não era.

Aquela caminhada relembrei dos versículos do Salmos 1.

Cada um.

Ia se aproximando do Nilmar, e pensei deste modo.

– Já que ele me chamou, vou convida lo para ir a Igreja hoje de noite.

Estas confusões que ele se colocou, essa de me influenciar a dar tiros em um lugar afastado, e as ultimas consequências, e seu ato de devaneio de dar tiro no Zecão. Eram coisas de quem precisava urgentemente de Deus.

E eu ia se aproximando do até então melhor amigo.

Observei que ele estava um pouco eufórico, sem graça, e abatido.

Neste momento senti que ele era fortemente manipulado pelo pai.

E eu como seu amigo, só poderia oferecer lhe uma coisa.

– Jesus!

Eu poderia falar do amor de Cristo e convencer ele de ir na Igreja.

O erro ele já tinha cometido, mas se ele tivesse essa esperança né?

De Jesus Cristo que liberta, da marginalidade, e ia chegando mais perto

– Meu amigo, meu melhor amigo um marginal...

– E ai, Robson?

– E aí, Nilmar, que confusão não é?

– É amigo fiz burrada, desculpe pelo pai, pegou pesado com você.

– Mas Robson, vim te propor uma parada irrecusável pra você.

Escutei parada, soou com um ar marginal, um ar de quem nem esta mais raciocinando direito, e eu me paralisei a escutar ele pense? Eu pensei deste modo: – Vamos ver até onde esse rapaz quer ir comigo, e escutei.

– Pois é Robson esqueça o que o pai falou, vamos ser parceiro. Hoje vamos assaltar um caixa eletrônico, já esta tudo combinado, e você entra como motorista, coisa fácil, e depois deste assalto você vai ter muito dinheiro.

– Escutei cada palavra, e confesso que tive dó dele, ele vibrava com cada palavra. Como se aquilo fosse a coisa mais natural possível.

E então eu disse:

– Nilmar, não vou te entregar, sobre o que falou, sobre o tiro, essas coisas erradas que fez, você bem sabe que é você que tem que assumir seus erros. Mas vou te fazer um convite, vamos para o culto hoje, lá você orará a Deus, confessará seus pecados, e pedirá a Ele uma solução para os seus problemas.

Não entre nesta amigo, pois é sem volta, parece tudo fácil, mas é um erro.

Vamos a igreja?

Terminei de falar, e surge o pai do Nilmar, com um carro velho não me recordei bem que marca era, claro que gelei todo, o pai do Nilmar me causava arrepios...

– E aí Nilmar ele aceitou?

– Não pai ele não aceitou...

– Já sabia, vamos filho, ah antes, quero te mostrar esse brinquedinho...

E eu vim olhar assustado, mas fui, e vi no banco de carona enrolado numa coberta velha, era uma outra arma... E vi que tipo de pessoa era o pai do Nilmar.

O pai do Nilmar desenrolou da coberta velha e me mostrou...

– Sabe esse botãozinho?

E apertou um botão na arma que ligou uma luzinha que parecia um lazer vermelho.

– Sim o que tem isso? Perguntei.

– Se você abrir seu bico, e entregar meu filho, posso atirar e matar seus amores. Essa arma tem uma mira que alcança quinhentos metros de distancia. De repente, pum, caiu morreu e nem preciso estar perto.

– Tá bem explicadinho, moleque.

– Não brinque comigo, você já sentiu um pouco do que eu sou capaz.

– E quanto a você, deu um tapa por detrás do Nilmar, e disse lhe assim.

– Não quero ver você conversando com esse Robson, e nada de Igreja, papinho careta esse, vamos embora meu filho, vamos planejar nosso roubo, pensei que pudesse contar com esse cagão, mas vi que ele é um bebezão...

– Odiava ouvir essa palavra Bebezão, mas vi que era uma situação tão complexa que nem ligava mais, neste momento meu pai apareceu na esquina e disse.

– Vamos pra casa Robson, se aprontar para ir à Igreja.

– Claro que o pai do Nilmar já tinha escondido, seu 'brinquedinho' e o Nilmar já estava dentro do carro ambos foram embora.

E voltei a pensar no Salmos primeiro. O dia estava escurecendo, seis e meia da tarde, olhei para o céu e disse:

– Obrigado Senhor.

Meu pai nem prestou atenção no que tinha ocorrido.

E entendeu que o 'Obrigado Senhor' era um agradecimento pela namorada, que iríamos iniciar uma cumplicidade.

– Sabe Robson, depois do culto, vamos conversar sobre namoro, sobre a vida, e sobre esse pai do Nilmar. Mas deixe essa conversa para Depois do Culto...

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Capítulo 25

Um Culto para recordar

[Final – parte 1]

Hoje estou no culto e estou de joelhos orando, sim, hoje vim mais cedo para a igreja orar, e já fazia um tempão que eu não fazia isso.

E a minha oração foi longa, orei sim, agradeci a Deus por tudo, pela vida, por ter encontrado pessoas boas no meu caminho pela minha família maravilhosa, Meu pai minha mãe, pessoas que eu amo. E orei agradecendo a Deus por em meio a tudo isso ter encontrado o Amor.

A minha oração, foi longa, e só pedia perdão e misericórdia.

Perdão por ter emprestado o carro do meu pai, para fazer algo errado, num sábado a noite, e o pior por ter que não poder contar aos meus pais o que o meu amigo Nilmar fez, um crime, um tiro, e quase tirou uma vida, nesta ora, a minha oração estava em lágrimas, sentia com forte emoção as dores da mãe e do pai do Zecão que com certeza estavam naquele exato momento no hospital, esperando um milagre, a recuperação do seu filho.

Estava isolado em um banco meio longe, meu pai e minha mãe estranharam, mas pedi para estar longe precisava orar.

– Sabe aquele momento, que você tem que estar longe, e somente orar a Deus? Era esse momento e estava lá prostrado, pedindo misericórdia, perdão e pedia para Deus sondar aquele hospital e cuidar daquele jovem que de uma maneira ou outra tinha sim um pinguinho de culpa, afinal atirou utilizando o carro do meu pai.

E a minha oração também foi pautada, em proteção.

Em alguns momentos clamava com fervor:

– Deus tenha misericórdia! Não deixem pessoas inocentes pagarem por um erro que não são Delas! Protege senhor, minha mãe que eu amo tanto e o meu amor Nelma, não deixe que nada de Mal aconteça com elas.

E por final, orei pedindo para Deus abençoar o meu futuro com a Nelma, naquele momento orava, amados, orava, e nesta oração sincera, sentia um calor inexplicável no meu ser, não sei explicar, só sei que senti a felicidade de uma oração sincera.

O trintrin de um sino de mesa, tocou era hora de terminar a oração.

Levantei, enxugando o choro, e logo vi ela, linda simplesmente linda a Nelma estava linda, não conseguia pensar em outra coisa era só isso, nela, tudo apagou–se dos meus pensamentos, e focalizei nela, claro que com muita compostura estava na casa de Deus. Mas era tanto sofrimento que um reluzir de felicidade podia sorrir para mim. Fiz um sinal, e ela entendeu e veio e sentou ao meu lado. E ela disse assim.

– Amor, (soou como cantos de rouxinol) você esta lindo, com essa roupa.

Nem percebi que estava digamos alinhado, eu que não gostava muito de social, naquele momento sentia–me como outra pessoa, e assim estava perfumado, todo de preto e uma elegante gravata marrom que meu pai emprestara. E ela? Simples e linda com seu cabelo escovado,um perfume de amêndoas que amava e um magnífico, sim magnífico vestido de cetim azul, sapatos escarpam, combinavam perfeitamente com o cinto dourado do seu vestido, uma elegância que nunca tinha visto em uma menina, e estava ela ali ao meu lado, pegou na minha mão, e neste momento, um ou dois olhavam para nosso banco davam risadinhas e voltavam se a compostura, afinal era um lugar de extrema reverencia, estávamos ali para prestar o culto perfeito a Deus.

Estávamos naquele momento de testes de som antes do efetivo inicio do culto, e começou por si só, o culto, uma leitura bíblica com a igreja, cada um lia um versículo, todos de pé, e para a minha surpresa, que leitura foi feita ??? O Salmos 1 que tanto me sondou nestes momentos.

E minha Nelma disse assim.

– Vou louvar os hinos da harpa, fique aqui, e louve ao Senhor! Ele é bom, me trouxe Você.

E foi ela e mais duas irmãs, até a frente e foi sorrindo.

O Primeiro verso do louvor era assim:

– Foi na cruz foi na cruz, onde um dia eu vi, meus pecados castigados em Jesus.

Ao escutar entendi, que ali era o meu lugar, aos pés de Jesus, prostrado, e decididamente sim, hoje iria me reconciliar e nunca mais se distanciar dEle, que tanto me ama e me dava uma segunda chance, e sim estava trazendo o amor para a minha vida!

***

Em algum lugar da cidade, o Pai do Nilmar, parava com seu carro roubado, e o Nilmar ficara no banco de carona esperando:

– Fique aqui, vou fazer aquela ligação,

– Tudo bem pai, vai lá...

E foi o Pai do Nilmar, num telefone publico, colocou um lenço no telefone, afim de abafar sua voz, ligou a policia e disse assim:

– Tenho uma denuncia a fazer. O rapaz que atirou no moço que esta no hospital, aquele crime de ontem a noite, seu nome é Robson, e agora ele esta na Igreja, sim eu vi, o crime, estava com o carro que esta lá com ele na igreja. Como? A sim um gol preto. Como? Não quero me identificar, pois tenho medo de sua família se vingar, estou ligando, pois estou indignado com esse crime, e a tempos esse baderneiro esta fazendo pequenos delitos, Como? Sim ele mora no mesmo bairro que eu. Como? Não, não vou me identificar fica a denuncia. O jovem esta agora na igreja no endereço (...) e com o carro do crime.

***

Na igreja A Nelma terminara os louvores da harpa, e vinha sentar novamente no banco comigo, eu feliz com meu amor na Igreja. E meus pais me observando de longe e sorriam felizes da vida.

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Capítulo 26

Um culto para recordar

[Final – parte dois]

Hoje é o dia mais feliz da minha vida, sem dúvidas a sorte sorriu para mim de um modo inexplicável, eu orava, eu pedia, e esperava em Deus, sim necessitava de um amor, era tímida sem coragem de me expor, sim sou recatada, é um erro ser assim? Enquanto as meninas a minha volta se entregavam a qualquer menino eu resolvi andar na contramão deste mundo.Amava? Sim amava um menino, e coloquei ele nos meus momentos de meditação e oração, ontem tocou meu coração forte, tinha que orar por ele, e era verdade ele estava em perigo.

Agora ele esta ao meu lado aqui na Igreja, Sim, é real, e é ele o menino que eu tanto pedi a Deus, neste instante olhei para ele e ele sorriu e pegou nas minhas mãos, agora tinha proteção, e ele me aquecia, problemas? Sim ele esta envolto a uma dificuldade, mas vou ser companheira, e é Ele que pedi a Deus. Hoje vou louvar um louvor solo em agradecimento pois será o dia mais feliz da minha vida –O Dia que o menino que eu sempre amei, irá me pedir em namoro.–

– Amor (falei baixinho) logo após esse louvor irei louvar também estou na escala. E ele olhou para mim, arrumou uns fios de cabelo que caiam no meu rosto,e disse docilmente.

– Sim amada Nelma louve, a Deus, Ele é merecedor de toda a Glória.

E era eu, me convidaram e o Robson me disse.

– Além de linda, é uma levita, Deus foi muito generoso comigo.

– Olhei para aqueles olhos castanhos, aquele cabelo lisinho e pensei naquele momento (pense que pensei nisto) como seria nossos filhos, (isto era hora?) e levantei e fui, a frente, confesso que todas as vezes que vou louvar meu coração estremece, e hoje não estava sendo diferente, fiz um rãnrãn para aquecer a garganta e fui, por mais que tivesse ensaiado em casa estava nervosa, pois sentia sensações que só Deus mesmo poderia descrever.

Mas fechei os olhos, estava lá na frente, o culto tinha umas oitenta pessoas, todos irmãos louvando e engrandecendo a Deus, eu era somente mais uma naquele culto maravilhoso, senti um calor inexplicável, e começou a tocar o play back.

♪

Minha trajetória

É marcada por conquistas

Minha arma foi a fé

Minha esperança

É regada por lembranças

Que o tempo não levou

Mas parece que um furacão

Me alcançou...

Deus!

Eu não podia imaginar

Perdi meu chão

Olha como chora o meu coração

Dessa vez não consigo Te tocar

Não tenho forças pra clamar

Confesso, já tentei

Dessa vez eu entrei no quarto

E tranquei a porta

Só Tu podes me encontrar

Pois Tu és o Deus que me vê no oculto

Tu és o Deus que me vê no secreto

Tu és o Deus que me vê

Quando o homem não me vê

Eu não estou só, eu não estou só

♪ 

Chorei, no meio do hino mas foi um choro de vitória, só Deus sabe quanto meu coração necessitava ser amado, e hoje estaria lá depois do culto com meu amado Robson Começando uma história linda de amor, Sim seria amada, sim teria um servo de Deus na minha vida, sim seriamos felizes, o Deus do secreto, me escuto me ouviu nos momentos de desespero, a igreja estava em frenesi, o louvor impactou os céus, voltei ao banco e sentei.

– Robson você esta bem? Ele pegou forte na minha mão e disse.

– Sabe amor hoje de tarde parei o carro e orei com emoção numa estrada, antes de ir em casa ver minha mãe, e senti novamente essa emoção no meu coração.

E naquele momento foi outro irmão cantar um louvor desta vez o louvor era das antigas o irmão tocava maravilhosamente bem o seu violão em um modo acústico.

♪

Você é filho de Crente

Mas não é filho da luz

Você conhece a verdade

Mas não aceitou Jesus

Mas não pense que o Senhor

Te terá por inocente

Você conhece a verdade

Você é filho de Crente.

♪ 

– Olhei para o Robson, e ele me disse assim:

– Sabe Nelma este louvor é somente a confirmação que eu tanto pedi a Deus, hoje irei lá à frente e vou aceitar a Jesus.

Olhei para ele e disse: – Aceitar?

– Sim amada, hoje é o dia mais importante da minha vida, hoje irei iniciar uma história linda, aceitar, reconciliar o que seja amada, só sei que na hora do apelo irei lá e quebrantarei meu coração no altar.

E naquele instante foi mais um irmão louvar desta vez o louvor era Raridade, que falava deste modo: – Você é um espelho que reflete a imagem do Senhor, cada louvor tocara e meu coração tocava mais forte era perfeito era o culto da minha vida...

***

Neste instante os carros da policia se deslocavam para a igreja, um carro foi antes fazer uma pré denuncia, já haviam aberto o carro do pai do Robson, que por conta de não ter encontrado lugar perto da igreja estacionara uma quadra antes, e para surpresa, encontram embaixo do banco traseiro uma arma, e já colocavam dentro de um plástico para preservar as impressões digitais, e tiravam fotos do arranhado, constatando que era uma esbarrada em uma pintura verde que coincidira com o lixo do crime do Sábado.

– É tudo leva a crer que realmente este foi o carro do Crime, e a denuncia estava certa, só esperando reforço e o fórum expedir o mandato de prisão, falava um policial ao seu parceiro.

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Capítulo 27

Prisão, em meio ao desespero encontrei o amor

Final

O culto prosseguia, neste instante, o pastor pediu para todos levantarmos, era o momento da oração para a mensagem, senti um calor dentro de mim que não sei explicar, senti que a mensagem seria algo para a minha alma, e olhei para o lado estava a Nelma no meu lado, ela sorriu e abaixamos o semblante e começamos a orar.

A oração, foi um agradecimento, e nesta oração o pastor pedia para que a igreja abrisse o coração para receber a mensagem que Deus havia, tocado o coração para estar recebendo, e assim foi, cada palavra cada gesto, eu sentia aquele calor inexplicável no meu ser.

A igreja fervorosa estava naquele momento, afinal, a igreja cujo qual minha mãe e meu pai, e a minha infância inteira me vi envolvido era assim fervorosa. Sempre foi, eu que me esqueci o quanto era importante aquele momento, sim, naquele momento da oração tive o real encontro que eu tanto precisara e nesta oração fiz as seguintes perguntas para mim mesmo.

O que eu quero da minha vida?

Qual é o sentido para tudo isto?

E as respostas me vinham uma a uma, Sim queria da minha vida ser feliz com alguém que gostasse ao meu lado, com a minha família, e sim queria naquele momento estar prostrado aos pés de Jesus. E ali estava só Ele sabia que eu esta sendo sincero na minha oração.

O sentido para tudo que estava ocorrendo comigo era pra eu achegar–me mais pertinho dEle, isto era tão nítido para mim como água cristalina, a oração foi rápida, mas essas reflexões que fiz comigo mesmo me fizeram chorar, enxuguei o choro e comecei a ouvir a pregação.

O pastor sim, ele era um usado por Deus, cada palavra que ele falava, vinham para mim como confirmação de tudo que esperava ouvir naquela mensagem.

Sabe? No momento que estava me arrumando eu pedi assim a Deus.

– Pai, fale comigo hoje...

E ele falava, Como? Através da mensagem, ele contará a mensagem de José do Egito, ele era mimado, e os seus irmãos o odiavam por isto, ele tinha tudo do bom e do melhor, pense amados Ele até ganhou uma túnica estilosa, Como deveria ser difícil fazer uma túnica, legal naquele tempo? Colorida, como dizia os versículos que folheava naquele momento.

O pastor contava a história, e eu viajava junto cada evento cada situação, eu não entendia porque de José passar por tudo aquilo.

– Inveja, porque os seus irmãos tinham inveja dele? Será que o Nilmar tem inveja da minha vida? Porque ele fez isto comigo, usou o carro do meu pai para fazer aquela barbaridade?

– Inveja, porque o pai do Nilmar me tratava com tanto ódio? Eu nunca fiz nada para ele, qual era o real motivo de tudo aquilo.

– Atos, porque os irmãos de José fraudaram a morte dele e não foram sincero com o pai Jacó dizendo tudo que acontecera? Porque Nilmar e o seu pai não iriam para policia contar do ocorrido com o Zecão e assumindo o erro começariam descobrir um modo de corrigir tudo.

O Pastor em momentos de emoção da mensagem disse assim:

– Amado, é para você essa mensagem essa mensagem, tem endereço, saibas que se te jogarem numa cisterna (perguntei pra Nelma o que era cisterna, ela me disse um poço sem água) Deus estará contigo.

– Se te enviarem na prisão, Deus será o teu mantenedor. Prisão, voltou tudo nos meus pensamentos aquela conversa com o Pai do Nilmar e a Nelma me olhava assustada, e ao mesmo tempo emocionada, ela disse me assim.

– Não se preocupe Robson, Deus te conhece, e sabe que você não tem culpa daquilo que conversamos ontem.

– Sim Nelma, essa mensagem esta falando no profundo do meu coração.

– Você, dizia o pastor.

– Que sentiu e sabe que esta mensagem é de Deus para a tua vida, venha aqui na frente e faça um concerto com Ele.

Era pra mim, o Espirito Santo de Deus estava guiando a boca daquele homem tudo falava comigo, olhei para o lado olhei para o outro, pessoas orando, muito Glória e Aleluia.

Eu olhava esperando um ir primeiro, e ninguém ia....

O pastor falou, assim pode ser a tua ultima oportunidade, venha e se entregue a Cristo, com todo o seu coração é Ele que cuidará de você nos momentos mais difíceis é ele que agirá na sua causa, mas isto depende deste passo.

Olhei para a Nelma, olhei para os lados, e fui a frente.

O calor tocará todo o meu corpo, eu orava e clamava a Deus, e dizia nos meus clamores que não seria mais o mesmo. E o aceitei de verdade naquele momento naquela oração foi a oração mais sincera de toda a minha vida.

Na oração veio aquele hino do irmãozinho da viola.

♫

Mas não pense que o Senhor, te terá por inocente, você conhece a verdade você é filho de Crente.

♫

Entendi, que entregar–me era pessoal, não era por que meu pai e mãe eram crentes que eu era crente, e pedi perdão por minhas transgressões e amizades com pessoas que estavam me prejudicando, entendi que aquela igreja era a minha grande família, e agora com a Nelma ao meu lado tudo seria mais fácil, em meio a tudo isto sim encontrei o amor.

Voltava ao banco, só naquele momento percebi que muitos foram depois de mim, o primeiro passo era o meu, veio um irmão, acho que era secretário conversou discretamente, e convidou–me para me batizar, e aceitei daqui a um mês, senti, sim vou me batizar vou membrar e vou ser feliz.

O culto acabou, e todos começavam a se cumprimentar e sair da igreja.

De repente uma movimentação de carros da policia na frente da igreja o que seria aquilo?

E veio um policial em minha direção.

– Você e o Robson, Neste momento todos pararam e aglomeravam em minha volta, a minha mãe olhou–me e disse o que foi meu filho o que houve, a Nelma ao lado dela olhava pra mim, ela desconfiava do que se tratava, e abraçou minha mãe e disse.

– Calma Madalena, é a policia, deixe eles dizerem o que querem.

Meu pai me olhava, e ficou quieto só olhando.

Aqueles segundos pareciam intermináveis aquela frase tocou meu ser como uma navalha. É você o Robson.... Eu disse sim eu sou o Robson policial.

Você esta preso por tentativa de homicídio, tudo que você falar será utilizado como prova em uma investigação, o carro do seu pai e a arma do crime, já se encontram nas mãos da policia.

– Eu nem sei o que pensar, eu disse assim:

– Como assim, e as luzes da sirene brilhavam no meu rosto, e olhei para a minha mãe, e vi, uma luz que parecia um lazer, chegar bem perto do seu coração, me estremeci todo, essa luz passeara nela, tremula, e mudou o alvo para a Nelma. Naquele instante de desespero entendi do que tratava.

Era o pai do Nilmar mirando nas duas alternando a mira, fiquei apavorado, o policial, colocará algema nas minhas mãos meu mundo estava caindo desmoronando.

– Eu disse, sim policial eu sou culpado.

– Não..... Gritou a minha amada Nelma.

***

Olhei para o Robson, não acreditara no que estava ocorrendo, vi meu amado sendo preso na frente da igreja, a mãe dele me abraçou eu disse, Calma, e era tarde demais ela já estava passando mal, e veio o pai do Robson, abraçou ela estava caindo a pressão dela, pronta a desmaiar.

– E eu? Não sei o que deu na minha cabeça, quando o Robson confessara um crime que não cometera, eu Gritei, Gritei bem alto era o meu amor que estava indo para a prisão.

Neste instante a minha amiga, sim aquela que louvará os louvores da harpa comigo, a Sônia, me abraçou e disse:

– Calma, Nelma, tenha fé é tudo um mal entendido, deixem lá na delegacia, se resolve, me dê um abraço.

Ela me abraçou eu chorara, minha maquiagem já estava toda borrada, e ela me confortava de um modo inexplicável. Ela terminou aquele abraço e a policia já tinha levado meu amado, a multidão da frente da igreja já dispersará. E a Sônia me levou para casa. Meu pai olhava para mim e eu para ele.

Pai, o Robson é inocente!

– Você tem certeza disto Nelma?

– Com minha alma, pai, tenho Certeza, e eu o Amo.

Então vamos a delegacia.

***

Na delegacia, já haviam feito dois exames no Robson, um exame de corpo e delito para averiguar, se ele tinha alguma lesão, antes do ato de entrar na delegacia. E o outro por conta do crime, ter havido tiro. Um exame de balística, para saber se ele tinha atirado com arma de fogo no período de cinco dias.

O policial levará ele a uma cela, só.

– Tua sorte muleque é que o delegado foi com a tua cara e você é réu primário, vai ficar nesta cela.

E colocou ele na cela onde estava vazia.

– Mas você esta bem encrencado, pois o carro do crime, do tiro do Zecão foi realmente o seu, teve a burrada de esbarrar numas lixeiras e tirar tinta delas isto colocou no local do crime, mas o pior mesmo é ter deixado a arma dentro do carro.

– Bem amador você né muleque, os projéteis que foram coletado coincidem com a tua arma.Isto só facilita nosso trabalho.

Posso, ver e falar com ela, Disse o Robson.

O policial olhou para mim, e disse:

– Pode, tá ferrado mesmo, dois minutos, visitas só na terça.

E o policial buscou a Nelma toda cabisbaixa, com a maquiagem borrada de tanto chorar, Não entendia porque meu pai e a mãe não estava ali,

Eu? Atrás daquela grade, nem entendia bem o que ocorrerá.

– Amor. Disse a Nelma.

– Meu amor, e ela veio e me abraçou. No entanto tinha aquelas grades que nos separavam, o frio, a sensação, a emoção, não entendi mais nada, naquele instante lembrei.

– Sim nunca beijei a Nelma, e ela pensou do mesmo modo, nossos lábios se entrelaçaram, e beijei minha amada Nelma, senti o calor do seu corpo, sua mão tocara minhas costas, sentia o frio da grade entre os nossos rostos e estava em meio ao desespero da Prisão, e naquele beijo entendi, que em meio ao desespero encontrei o Amor.

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Capítulo 28

Pesadelo

Estou neste momento olhando o teto, desta prisão, a Nelma já se foi, e até agora não entendi o porque do meu pai e a minha mãe não apareceram quando fui preso.O policial explicou me que até averiguarem o ocorrido, enquanto estiverem apurando o inquérito ficarei nesta cela sozinho, depois logo após o inquérito ser concluído me colocarão junto aos demais presos, aqui fico de frente com quatro outras celas. não sei ao certo quantos presos tem, só sei que todos ficam amontoados nestas celas, e é visível que são mais presos do que espaço, beira o caos.Houve uma movimentação quando cheguei parece que encontraram uma arma branca (faca artesanal) em uma das celas,retiraram todos os presos para uma revista, neste momento veio a Nelma, e pude me despedir dela com um beijo.No momento da prisão, confesso que não sei muito bem que ocorreu comigo vi, aquela luz ameaçando a minha mãe, vi novamente aquela mesma luz ameaçando a Nelma e tive aquela reação, confessei um crime que não cometi. Tinha absoluta certeza que era o pai do Nilmar e sabia que ele poderia sim atirar, e matar minha mãe ou a Nelma. fiquei encurralado e confessei.Gritos, palavras de baixo calão, e muita baderna escutei, agora aquietaram, a noite me traz o sono no entanto o frio me incomoda, estou olhando o teto, cinza e logo o sono virá, dormirei e acordarei, sim isto é só um pesadelo Robson. Só um pesadelo...

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Capítulo 29

Remorso  

– Pai, ele não merecia estar lá, era eu que cometi aquele crime, falava Nilmar para seu pai.

– Filho, dizia o Pai do Nilmar em meio a mais um copo de Whisky: –O mundo é dos espertos, os fracos ficam para trás, os fracos são manipulados pelos forte, E filho hoje na escola da vida você aprendeu uma grande lição, sobressaia, se puder trapacear trapaceie, se errou coloque o erro no outro.

Olhava para o meu pai, e sentia nojo, como pude fazer isto com meu amigo, nós crescemos junto, confesso que sempre quis ter o pai do Robson como o meu, a mãe do Robson, eu nunca tive mãe, só eu e o pai, mas nunca entendi o ódio que o pai sempre teve do Robson.

Pensei comigo mesmo, Ele esta meio bêbado, vou perguntar...

– Pai porque você tem tanto ódio do Robson, eu sei que sempre tive um pouco de inveja dele por ele ter tudo do bom e do melhor, mas você pai porque este ódio dele?

Meu pai olhou para mim, assustei–me com seu olhar era sinistro, pensei que ele era capaz de Qualquer coisa mesmo.

– Nilmar, você não tinha raiva deste Robson por ter tudo que você sempre quis ter?

– Sim pai, mas não entendo este teu ódio do muleque....

Olhava para ele e tentava entender, já estava bastante embriagado.

– Não é dele mas do pai dele que tenho ódio ele acabou com a minha vida. Não quero falar disto agora, hoje é dia de comemorar, falava o pai do Nilmar em meio a mais um copo de Whisky.

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Capítulo 30

Recordação

Cheguei em casa, meu pai me chamou para conversar:

– Filha você envolvida com o Robson, e ele envolvido com um crime!

– Pai, você confia em mim, olhava para o fundo dos olhos do meu pai, já tinha lavado o rosto no banheiro, (quando lavará, observei que estava com a maquiagem toda borrada) e meu pai me abraçou.

– Sim Nelma, sempre confiei em você nas suas escolha, nas suas decisões, mas porque Ele filha?

– Pai, eu amo o Robson sempre amei, sei que ele é inocente pai, confie em mim pai, eu conheço o Robson...

Meu pai me olhava, e passava a mão nos meus cabelos.

Senti a angustia que meu pai sentira ao levar–me a delegacia, senti que realmente para ele era um choque tudo aquilo, eu quando o Robson me contou a chantagem imaginará poder ocorrer o que ocorreu, estava preparada, mas não assim tão de repente, não assim logo hoje...

– Como foi lá filha, na delegacia.

– Foi bem, confesso pai, que pensava ser pior aquele lugar, mas penso que o Robson irá ficar por pouco tempo é tudo um mal entendido isto.

– Você soube o que ocorreu com a Madalena, mãe do Robson?

– Não... Vi que meu pai falou sério, e eu fiquei preocupada.

– Não, pai, lembro que ela passara mal e o pai do Robson, apoiou nela, parecia que estava desmaiando.

– Meu pai disse assim: –Principio de AVC

– AVC?

– Derrame

– Sim filha, o stress foi tão grande que a coitada da irmã Madalena quase morreu, agora esta no hospital, eu liguei lá para ter noticias, fiquei sabendo que após essa ameaça ela não poderá passar nenhum tipo de nervosismo, difícil né? Com o seu filho na prisão. Esses jovens fazem seus erros e não pensam nas consequências. Houve um silêncio, nestes momentos que pareciam intermináveis meu pai me olhava, eu olhava ele, era uma comunicação inexplicável, mas meu pai me conhecia, só com um olhar ele conseguia, observar sentimentos, e desejos, os meus anseios, meu pai me conheci...

Após este momento, meu pai novamente me abraçou, senti uma proteção, e uma preocupação que somente ele poderia me proporcionar. Então ele disse assim:

– Eu confio em você filha, se você diz que o Robson é inocente, ele é inocente, posso até tentar tirar ele da cadeia, mas olhe o que isto já esta trazendo para aquela família.

– Sim pai, o Robson pode ter errado mas isto de atirar em uma pessoa, ele não fez, eu confio Nele, ele não atirou no Zecão! Nelma tentava se controlar sentiu naquelas afirmações uma desconfiança, aquele elo que sentia plenamente com seu pai a exatos segundos atrás se rompeu e as emoções foram mais fortes que a razão, ela foi correndo e trancou–se no seu quarto, nestes instantes de descontrole ela pegou o seu celular e viu uma foto que tirou com o Robson, beijou o celular e disse:

– Amor, sei que vamos vencer essa prova, eu sei que isto é só uma tempestade que já passa.

O pai da Nelma surgiu na porta bateu duas vezes, a Nelma num instinto infantil ficou em silêncio, o silêncio foi rompido quando o seu pai lhe disse assim:

– Tudo bem querida, eu também acredito que isto é um mal entendido, durma e descanse amanhã será um dia agitado, já que esta disposta a ajudar o Robson amanhã ajudaremos ele...

– Ok, pai vou dormir estou muito cansada...

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Capítulo 31

Tempestade

Na madrugada, começou a chover, mas não foi uma simples chuva foi uma tempestade, gotas caiam em infiltrações nesta cela, o frio veio, a coberta é muito fina, e não cobre meu pé. 

– Que saudade da minha cama! do meu quarto!

– Porquê?

– Por que eu dei aquele tiro?

–Porque não dei ouvido aos conselhos dos meus pais?

– E eles porque não vieram aqui?

– Será que eles estão revoltados por eu ter me entregado?

Afinal eu confessei um crime que não cometi! Mas foi mais forte que eu, porém só eu e Deus sabe que aquele pai do Nilmar tem ódio nos olhos, e sim seria capaz de atirar. Eu fiz o certo, sei que fiz o certo.

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Capítulo 32

Segunda Feira

Acordei cedo, confesso que dormir não foi fácil, mas lembrava que o Robson necessitaria de mim, ele não tinha mais ninguém com quem contar naquele momento. Seus pais estavam no hospital, e ele nem sabia deste detalhe. Arrumei a minha cama, e vi minha bíblia, estava na cabeceira, abri ela ao acaso e li o Salmos 91. coloquei a folhinha que encontrará nos cabelos do Robson marcando aquela página.

Ao ir tomar café, que eu mesma preparará, veio meu pai, como de costume me beijou na testa e começou a conversar.

– Então filha, esta melhor, se quer mesmo ajudar o Robson você terá que ser forte, filha.

– Sim pai, ontem combinei de buscar as chaves para separar algumas roupas e objetos de limpeza, para ele, o pai do Robson estava bastante apreensível com a situação dele e muito preocupado com a Madalena, e me dispus a ajudar nesta parte.

– E eu filha também vou ajudar ele.

Perguntei como e ele veio com uma boa noticia.

– Você se lembra daquela sua prima? Senão me falha a memória, é, ela é advogada, vai lá buscar esses objetos pessoais, que eu me encarrego de ligar para ela... Como é mesmo o nome dela, dizia o pai da Nelma olhando uma caderneta de telefones, enquanto a Nelma saia, para buscar os objetos pessoais, a sim lembrei. O Nome dela é Lara.

Nelma pegou um ônibus, e chegou no hospital, conversou com o pai do Robson, contou sobre ele, e o pai do Robson assim falou: –Nelma estou sofrendo muito com a Madalena, nunca pensei que poderia perde–lá pois ela é jovem, e até agora não consigo entender porque o Robson atirou naquele rapaz.

Ajude–me faça isto que combinamos, leve alguns objetos pessoais dele, por enquanto não posso sair daqui, pois o estado da minha esposa é apreensível.

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Capítulo 33

Um alívio  

Ao chegar em casa, avistei no meu sofá, tomando café com meu pai, minha prima Lara, fazia muito tempo que eu não via ela,ela devia de ter uns vinte e cinco anos,toda elegante, com seu cabelo escovado preso em um rabo de cavalo, de óculos,sim ela estava diferente, e aquela roupa? Um terninho alfaiataria, totalmente irreconhecível.

– Oi Nelma,quanto tempo querida, veio a Lara deixando a xícara de café na mesinha de centro e me dando um forte abraço.

– Oi Lara você esta irreconhecível com essa roupa,mas esta linda super estilosa.

– Ossos do oficio minha cara, ossos do oficio.

Daí lembrei que meu pai tinha dito que iria ligar para uma advogada,nem tinha prestado atenção, só pensava em cuidar dos pertences do Robson.

– Bom, Nelma, seu pai ligou e contou toda a historia que ocorreu para mim. Já fui no fórum, e vou atender seu: – Posso falar assim? Seu namorado?

– Pode sim Lara,olhei para o pai, e ele deu uma risadinha, e disse:

– Bem filha converse com ela,e instrua ela no que for necessário,preciso sair já volto.

E a Nelma começou a contar todo o ocorrido para a Lara,e disse:

– É isto, ele foi preso por conta desta declaração que fez ontem.

– Sabe Nelma,vou conversar com ele, vou ser a defensora dele,já li o inquérito, encontraram uma arma dentro do carro dele, os projéteis são desta arma, os projéteis que foram encontrados na cena da tentativa de homicídio.

E o exame de balística que fizeram acusaram que realmente o seu namorado Robson atirou mesmo nestes dias. Infelizmente muitas coisas levam a crer que ele atirou.

– Mas no mesmo tempo Nelma, não consigo entender a motivação deste crime, investiguei, e vou te dar uma ótima noticia. Por ele ser réu primário, nunca ter se envolvido em crime, foi levantado uma fiança de 3 mil reais para libertar ele da prisão, e ele estará respondendo em liberdade até o inquérito se concluir.

Recorri,e pedi para abaixarem esse valor,conversei e demonstrei a renda familiar, e por conta do pai deste moço estar gastando com remédios e internamento da esposa,e o valor foi atribuído por mil reais.

Meus honorários o Estado pagará. E este valor da fiança já conversei com o pai do Robson, ele se dispôs a pagar. Só esperando o juizado liberar a averbação, autorizando ou não. Mas pelo meu histórico de casos semelhantes é bem provável que o Robson seja solto amanhã no final da tarde.

– Olhei para ela atônica, era muita informação. Só consegui formular essa frase.

– Você vai tirar meu Robson da prisão?

– Sim Nelma se tudo correr direitinho retirarei sim ele da prisão.

Mas Nelma, muitas coisas não casam nesta história e ele vai ter que conversar comigo e você também terão de confiar em mim agora em diante serei a sua advogada. Sua e do Robson.

Eu olhei para ela, a emoção era tanta que comecei a chorar, a abracei bem forte e disse com toda a minha alma a seguinte palavra.

– Obrigado.

Sim Nelma,sabe que estou morando na Capital, vim passar uns dias e o seu pai ofereceu passar aqui algum problema?

– Nenhum Lara, 'pérai' que já arrumo uma outra cama no meu quarto.

Neste instante,senti um alivio na alma,era como se aquela moça, minha prima, fosse enviada por Deus para ajudar me naquele momento tão difícil,estava muito feliz...

Vamos pra cozinha tomar mais café com uns sequilhos que fiz, pegou nas mãos da Lara e foram para a cozinha , um alivio tocou o coração da Nelma neste momento...

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Capítulo 34

Um sabonete

O policial trouxe meus pertences, tinha três pacotes de sabonetes, uma pasta de dente escova,e vários objetos pessoais, toalhas roupas intimas e para a minha surpresa a Bíblia da Nelma, olhei para a Bíblia e lembrei de sábado a noite que vi ela com aquela Bíblia, embaixo do Braço...

– Sua namoradinha disse para você ler Jó. Agora tome aqui esta uma correria, dizia o policial, uns malucos assaltaram um caixa eletrônico, e o pior o nossos superiores querem que resolvamos este caso.

Escutei o que ele disse, e gelei–me todo.

– Será que foi o pai do Nilmar e o Nilmar,que assaltaram um caixa eletrônico? O policial sem eu perguntar foi me dizendo:

– Você acredita muleque que roubaram seiscentos mil reais do banco? E olhe que aqui sempre foi tranquilo. É Você atirando no amigo,e agora esses assaltantes de caixa eletrônico!

A propósito esta no jornal,vou deixar pra você ver daqui a pouco eu busco. Neste jornal estava uma foto minha escrita, Jovem meliante é preso após sair do culto, por atirar no melhor amigo. (Melhor amigo? noticia sensacionalista, nem conhecia bem o Zecão!) e abaixo assalto ao caixa eletrônico no centro da cidade, e ao ler as noticias vi que poderia mesmo o Nilmar e o seu pai os feitores daquele crime...

– Fiquei quieto, fui ao canto arrumar meus pertences, e observei que os sabonetes estavam abertos,e vi que tinha um palito de dentes em cada um deles. Em um estava escrito: Amor eu te amo muito muito muito. Nelma. Escrito rusticamente no sabonete. Eu dei uma risada,alegre. Um preso da outra cela, logo gritou:

– Ih... ficou louco. 

Dei outra risada, passava os dedos na escrita naquele sabonete, como se tocasse o Rosto da Nelma com as mãos.

No outro estava escrito: escreva os dias que ficará aqui, confesso que caiu a ficha, que iria ficar preso, e não sabia quantos dias, um mês, um ano, uma semana?

Mais tarde alimentei–me de marmita gelada, enrolei e joguei no lixo, estava me acostumando com a nova rotina. Fui ao banho, o banheiro era uma especie de coxia, (lugar onde deixam cavalos) todo feito de cimento,com um vaso sanitário. Liguei a água, estava gelada,fui na frente da cela pedir para virem o que ocorria. Veio o policial que cuida das celas e disse:

– Aqui a água é gelada, outro preso,que  já havia gritado disse: –É bebezão vai se acostumando... Lembrei do Nilmar, que falava do mesmo modo...

– O policial também disse: –Vai se acostumando, aproveite e leia aquela Bíblia, que fará o tempo passar depressa, pois aqui o tempo parece passar devagar...

– Fui ao banho, gelado, a água descia pelo meu corpo, foi rapidíssimo não estava acostumado com aquela situação aberto exposto... 

Enrolei meus pés na fina coberta que tinha e comecei a ler a Bíblia, orei, e antes do sono vir, senti o perfume do sabonete que a Nelma me trouxe–la. Amanhã é o dia das visitas, me animei pensando:

– Sim, meu pai e a minha mão virão me ver, o sono vinha forte, e naquela noite dormi com mais tranquilidade.

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Capítulo 35

Nova vida

Estava com meu pai dentro do carro, viajando ele feliz da vida pois conseguiu concretizar o assalto, e com uma raiva pois na hora eu amarelei e ele teve que fazer o plano B como ele dizia.

– Sabe Nilmar, já estava tudo certo que seria você e o seu amigo Robson que iriam me ajudar a assaltar aquele caixa eletrônico, mas estou em volto de covardes não é?

Meu pai assaltara o Banco do centro da cidade,com mais dois comparsas e isto que deixou ele bastante nervoso pois teve que dividir o valor do crime. Mas muitas coisas me ocorreu fora isto, depois que o meu amigo foi preso, recebi uma ligação, era um advogado, que me informou que eu estava num testamento de uma tia que acabara de morrer, e para isto que estava viajando e meu pai veio junto.

– Agora com essa merreca que deve ter herdado eu vou poder sumir no mundo, nunca mais olhar para você seu covarde! Falava meu pai, estava meio bêbado. Eu sabia que estava levando ele para essa cidade e que com certeza seria a ultima vez que eu veria ele.

– Pai, agora você tem dinheiro, você pode sim sumir no mundo. Tomei coragem e disse assim a ele.

– Mas eu não quero viver essa vida.

– E eu não sei? Eu dês do inicio já observei que você e seu amiguinho eram uns frangotes, e não podia contar com vocês, ainda Bem que eu tinha meu plano B.

– Aquele Robson, um frangote igual ao pai dele...

Dirigia o carro que eu aluguei em uma locadora de carro. Dizia o meu pai que era a melhor maneira de fugir. Estava nervoso e aflito sabia que meu pai estava com uma quantia considerável de dinheiro no porta malas e se a policia nos parasse seria bem difícil se explicar, e meu pai no meu lado me chamando de covarde.

De repente vejo a policia fazendo blitz na frente e me gelo todo, não sei explicar mas parecia que iria morrer naquele momento, meu pai falou baixinho pra mim.

– Não olhe, e não demonstre nervosismo, meu pai dava risada, parecia estar acima daquilo. E o policial fez sinal para eu continuar. Meu pai deu um gritinho de alegria. Eu me senti aliviado, e infelizmente pensei. Chegando lá vou ter que viver sozinho, assim realmente não dá mais!

Pensando deste modo fiquei curioso, queria saber o que o pai do Robson fez ao meu pai que o fizera ele dizer em outro momento que acabou com a vida dele.

– É pai, se livrou da policia, que sorte a sua né!

– É filho o mundo é dos espertos, e deu uma gargalhada de alivio.

– Aproveitando que o caminho é longo, conte o que o pai do Robson te fez que fez você ficar com tanto ódio dele, e fazer toda aquele plano para  colocar meu amigo naquela roubada?

E ele contou toda a história. Confesso que não sabia o que pensar, não sabia se concordava com ele ou se o odiava mais e mais, só sei que eu me senti usado, fui uma vitima do meu próprio pai. Já estava chegando na cidade já havia reservado um hotel e meu pai disse pra mim que iria abrir uma conta para mim e colocar 2 mil reais nela. Foi o que fez, e eu fui ao encontro do tal advogado.

Meu pai? Sumiu, deu graças de ter ocorrido aquilo comigo.

– E Eu?Não parava em pensar no meu amigo Robson, fui um monstro com ele. E era eu para estar preso naquela prisão.

De herança recebi uma casa, e mais duas casas de aluguel.

Agora estava só meu pai sumira do mapa e eu não ouvira mais falar nele. Estava morando na capital e todas as tardes ia num café tomar um café preto, neste café tinha um retrato de um jovem que parecia muito com o Robson, via e lembrara sempre do meu amigo.

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Capítulo 36

Qual será o meu louvor?

Acordei cedo mais feliz, pois agora tinha uma amiga e uma advogada? Estava radiante, até me esquecera o quão sofrível estava sendo meus dias.

Lara,vou ir na minha igreja conversar com o meu pastor.

– Vai sim estou terminando de ler o inquérito, confiante que hoje as cinco teremos noticias ótimas.

– Sim, já volto,e vamos conhecer o Robson, hoje é dia de visitas, aliás, se Deus quiser, será o ultimo dia dele naquela prisão.

Meu pai já tinha saído, a vida continua, e ele tinha muito serviço pra fazer, ele estava mais aliviado, pois confiou a minha prima Lara cuidar de mim nestes dias, e ajudar nesta situação que eu estava envolvida.

Ao chegar na casa do pastor logo disse a ele.

– Pastor vim aqui pois queria marcar uma campanha de oração para o Zecão, e pelo Robson, sabe pastor, essas coisas que estão ocorrendo com os dois acabam que mexendo comigo, eu quero interceder pelo Zecão, ao falar isto já lacrimejava meus olhos.

– Sabe pastor,é uma vida que quase foi interrompida, ele tão jovem naquela cama de hospital...

– Venha aqui minha querida Nelma, estava o pastor a me chamar ele estava com sua esposa na sua casa, e eu fui já estava em prantos, ele me abraçou.

Eu sei que não foi o Robson que atirou no Zecão.

– Fiquei espantada.

– Sabe?

E olhei a reação dele.

– Sim em sonho me veio essa certeza, que não foi ele. E hoje é dia de visitas não é?

– Sim pastor, já sorria, alegre parecia que ganhara mais um amigo na situação que estava envolvida.

– Então vamos visitar ele e fazer um culto na prisão.

– Um culto, dei uma risada de não entender nada.

E a esposa do pastor neste momento disse.

– Ele é capelão, ele pode exercer a religião dele em presídios e em hospitais, nesta prisão meu marido sempre que pode exerce o capelania.

– Sim amada Nelma sou um pastor capelão e nunca deixaria abandonado uma ovelhinha do meu aprisco. Quando o Robson aceitou Jesus, sim ele aceitou, eu vi que era sincero seu aceitar no culto de Domingo, ele se arrependeu dos seus pecados.

– Pastor, eu amo ele, e sei que ele é inocente, e preciso de ajuda.

– Sim, vamos fazer um culto, você louvará Nelma, lá naquela prisão. E vamos iniciar uma campanha de oração pelo Zecão!

Não sabia o que pensar, estava tão feliz que irradiava de alegria, iria louvar em meio aquela prisão. Amo louvar a Deus! Iria estar com o meu amado Robson. Aquelas situações me deixou mais apaixonada por ele. E iria dar um testemunho num local tão inusitado. Só pensava que louvor poderia louvar.

– Sim sei. Acabei que falando sozinha e o pastor me interrompeu.

– Você já sabe?

– Sim sei que louvor irei louvar.

Ele me abraçou novamente, e falou.

– Então vai lá na sua casa e prepare esse louvor, as visitas começam as três horas da tarde. Voltei para minha casa já cantarolando o louvor que iria louvar naquela prisão. Parecia que o Sol brilhava mais radiante, parecia que tudo estava se desenhando a um final feliz.

Capítulo 37

Uma oração

Estou ansioso, certamente hoje verei meu pai, minha mãe, sim e estarei com a Nelma.

– Como eu amo essa menina! Ela surgiu em meio a uma situação complicada da minha vida. Sua bíblia,vou ler ela antes do almoço, Alias certamente será uma marmita, fria com sempre esta sendo.Não me importo,não vou me importar. –Senhor ensina–me a ser um adorador. Sim lerei o livro de Jó como a Nelma pediu mas hoje quero ler uma passagem em forma de oração.

Neste momento Robson Ajoelha–se e começa a folhar a Bíblia que a Nelma lhe enviará.

– O Senhor é o meu pastor e nada me faltará. Sim Senhor tu es o meu pastor, Pai te amo te servirei por todos os meus dias, e sei que suportarei a qualquer coisa pois tu estas comigo, eu sei que o Senhor é o meu Pastor.

Neste momento uma lagrima corria fria no rosto do Robson, Pai do Céu, quebranta o coração do meu pai e da minha mãe, para me perdoarem pelas minhas transgressões.

O preso engraçadinho da cela ao lado, logo disse:

– Ih o garoto é crente, não vou mexer com ele não.

E o Robson chegava a outra parte das escrituras sagradas que falava.

– Ainda que eu passe pelo vale da sombra da morte, sei que o Senhor esta comigo.

Ele orava, baixo, no entanto, o silencio da Prisão era Rompido, pois qualquer ruído tocava todas as celas, naquela hora da manhã.

As lagrimas foram rompendo, Robson estava recordando que hoje as duas da tarde poderia ver amigos. E sua oração terminara dizendo.

– Certamente que a Bondade e a Misericórdia me cercarão por todos os dias da minha vida. Ele pensou no Nilmar neste momento. E disse.

– Pai, eu perdoo este meu amigo, quero que tenha misericórdia dele e o guarde, e Senhor amado, ensina–me ser uma pessoa Boa,em cada ato cada momento.

O policial olhava o Robson finalizar sua oração em silêncio quando o Robson terminara, ele esperou o prisioneiro se levantar e disse.

– Aqui esta a sua marmita, hoje tem até suco. (Na verdade o policial ficou comovido com a maneira que estava este prisioneiro orando, e não quis daquela vez, ficar com o suco para ele , o suco era um copinho industrializado bastante apreciado pelos policiais daquele distrito) Animo,rapaz hoje é dia de visitas e você poderá ver sua namoradinha.

O Robson esboçou um sorriso, era verdade hoje ele veria a Nelma, provavelmente seu pai, teria de se explicar ao seu pai, nem sabia o que iria falar a ele, e veria a sua mãe Madalena, tão frágil,não merecia o desgosto que estava dando a ela. Pensando deste modo Robson se alimentava da sua marmita, gelada, a comida descia rasgando na garganta, ao pensar que decepcionará a sua família, e o suco aliviava a tristeza, realmente era um suco delicioso.

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Capítulo 38

Um culto para Recordar

O policial que cuidava da carceragem chegou à cela do Robson, e disse assim,

– Garoto, estou gostando de você, sempre prestativo sempre silencioso, não arruma encrenca, tá certo que esta aqui só por dois dias, mas sabe que simpatizo com você.

– Obrigado, não sei muito bem o que é ser preso, nunca fui preso antes.

– É garoto, já observei na sua cara, parece diferente, seu linguajar também é diferente.

– Você é crente? Pois não vejo você falar palavrões e não respondeu as provocações, os presos conversavam de outras coisas nas celas ao lado, muitas besteira se ouvia...

– Meus pais sempre foram da igreja, policial, dizia o Robson a aquele policial que lhe interrogavam.

O policial continuou com aquela conversa que parecia interrogatório.

E você?

– Aceitei a Jesus, no domingo antes de ser preso.

– Você sabe que atirar nos outros, não sendo como eu um policial, que deve manter a ordem, e sem um motivo justo é crime. O rapaz que atirou fez algo com você? Mexeu com a tua garota?

– Não quero falar nisto, já estou pagando né? Disse o Robson, ao policial. E o policial replicou dizendo.

– Sim já esta pagando... E abria a cela...

– Quero que me ajude garoto, a organizar, vai ter um culto aqui hoje.

Quando o policial abria a jaula que estava (sim me sentia um canário em uma gaiola, um animal preso, era uma sensação estranha, só quem vive isto sabe explicar) quando ele abrira senti uma sensação de sair correndo daquele lugar pairou por alguns segundos essa sensação e a razão dizia: – Faça o que o policial ordena. Se fugisse certamente levaria um tiro nas costas e acabaria minha história ali, com e estaria fazendo algo errado transgredindo uma lei terrena.

– Um culto? Perguntei não acreditando.

– Sim um culto, há um projeto, e todas as terças feiras vem uma personalidade religiosa, fazer uma reunião das três às quatro horas da tarde no pátio onde os presos tomam seu banho de sol.

– É, perguntei novamente, já fora da cela.

– Você vai me ajudar, se aprontar qualquer coisa, vai pro quartinho.

Nem perguntei o que era o quartinho, mas imaginei ser algum lugar que não se deveria ir.

– Sim te ajudarei no que for necessário, assim o tempo passa mais rápido.

Meu semblante mudara, estava feliz, poderia participar de um culto na prisão.

E fui com o policial, tivemos que arrumar umas cadeiras, empurrar umas mesas, e distribuir umas bíblias nos bancos.

– Você sabia que nas escolas as Bíblias são proibidas de ler e aqui são incentivadas, dizia o policial, ao colocar as Bíblias nos bancos...

Começamos a lavar o chão, saia aos poucos um cheiro de urina que impregnava o salão, e no lugar ficava aquele cheiro forte de essência de eucalipto.

E o policial continuava.

– Um pouco de civilização a esses animais.

E eu com o meu esfregão quieto ajudava e cantarolava um hino na minha mente, feliz da vida, era dia de visitas.

Pronto, pode voltar para sua cela se troque e vai me ajudar hoje. Pois estamos com menos policiais, pois nosso superior colocou os policiais atrás daqueles meliantes que roubaram o caixa eletrônico.

Voltei pra cela, ele a fechou, e fui para o Banho, já era tarde, e pensei: – Vou tomar um banho.

Liguei o chuveiro me acostumara com a água fria caindo no corpo.

– Hoje será um culto que nunca mais me esquecerei...

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Capítulo 39

Um culto pra recordar [2]

Ao entrar na prisão agora estava ajudando o pastor, antes passamos por uma revista, eu seria responsável pelo louvor, o Pastor pela mensagem, tivemos que deixar nossas identidades na recepção, mais dois obreiros nos acompanhavam e mais dois músicos, o policial dizia.

– Ela é nova?

– Sim, mas é de total confiança era será a adoradora.

– O policial, olhou para a Nelma com a impressão de já a conhecer.

Olhou de novo, e lembrou de onde a conhecia, ele pensou:

– Sim é a namoradinha do rapazinho. Ficou quieto, pois não apresentava problema, e o rapaz, tinha 'adiantado o lado dele'.

O Pastor logo disse:

– Nossa,esta perfumado esse lugar.

– Sim pastor demos uma geral aqui.

O policial chamou os integrantes do culto e passou todo o procedimento de segurança. A Nelma ficou ansiosa e tremula, pois era uma situação nova a ela.

– Não se preocupe Nelma eles respeitam os crentes, sabe Nelma esses presos tem muito temor. Eles tem umas leis que eles levam bastante a sério. E autoridade religiosa, é bem respeitada nesta lei deles.

– O policial,complementou: –E isto é verdade, nunca tivemos problemas com pastores por aqui.

Entramos e já estava tudo organizado.

– Nossa amigo hoje esta tudo organizado.

– É pastor hoje o culto vai ser bom! Dizia o policial,enfim terminem ai de arrumar que vou organizar a vinda do seu publico.

– Das minhas ovelhinhas, policial, das minhas ovelhinhas...

E os músicos instalavam o som arrumavam a mesa que seria o púlpito, tudo com uma agilidade que a Nelma se impressionava, a Nelma por sua vez, conversava com a outra Irma combinando os louvores da harpa, e o Pastor explicava como era a liturgia deste culto.

– Aqui devemos louvar no momento da palavra será uma ministração,devemos ser sorridentes, e ser água fresca em meio a esse deserto, darmos nosso testemunho de Cristão.

A Nelma conversou com o musico com seu violão acústico,já estava tudo arranjado.

Neste instante, chegava o pai do Robson e esperava na sala de espera, conversava com a Lara que também estava lá, os parentes do Robson todos sumiram ninguém apareceu. Era somente o Pai e a advogada. O pai da Nelma não pode vir por conta do serviço não permitir.

Antes do culto, todos os obreiros e músicos o pastor e a Nelma se ajoelharam e oraram, a Nelma folheou uma Bíblia que estava no banco, feliz iria ver o Robson a instantes, seu coração estava disparado de emoção.

E veio os prisioneiros sentavam todos de modo organizado.

A Nelma se assustará com tanta organização.

O Pastor disse: –Eles andaram aprontando tempos atrás e perderam a visita, agora estão uma seda, se comportam muito bem.

– Que benção pastor!

Começou foi assim uma leitura bíblica onde os presos acompanhavam e liam os versículos, com uma dificuldade ortográfica, a leitura parecia um pouco truncada, mas como crianças todos quiseram ler, no banco ao lado era os visitantes enchiam cinco bancos, mulheres crianças idosos, o pai do Robson e a Lara.

O Robson ficou de pé próximo a porta, o policial da revista ficou junto com ele.

O pastor falou:

– Todas as terças feiras eles escolhem um preso de confiança pra ficar junto ao policial carcereiro.

O obreiro que iniciou a leitura continuada finalizou, lendo novamente o texto bíblico.

A Nelma olhava tímida ao seu amor, mas era um momento de ministrar um culto.

E começou os louvores da harpa, e na Bíblia tinha harpa e os presos e seus familiares cantavam e sabiam o ritmo,estava sendo lindo aquele louvor.

A leitura Bíblica foi outro obreiro.

Iniciou o período de louvor, e um preso pediu a oportunidade e louvou.

– Tem um irmão que aceitou a Jesus, outra ovelhinha,pagando pelo seu pecado aqui, mas lá no céu Deus já perdoou.

– Das garras da morte Jesus me tirou, era parte da canção daquele preso,A Nelma nervosa pois era ela a próxima, no mesmo momento, louvava com verdade junto aquele preso, e os presos começavam a cantar junto, era uma sintonia inexplicável algo surreal para quem escutava, até os policiais deixavam suas atividades e vinham ver os louvores que ocorria naquele lugar, e o Pastor falava.

– Eu sinto o Espirito Santo neste lugar Nelma.

E vai amada Nelma é com você.

E Foi a Nelma louvar o seu louvor:

Começou meio rouca, era o Nervosismo,olhou para o Robson que esboçara um sorriso lá da porta o Nervosismo passara, o irmão do violão já tinha passado a introdução uma vez, olhou para a Nelma ela fez sinal para ele repetir e começou a louvar:

♪

As cores do arco–íris

A brisa a murmurar

O olhar apaixonado de alguém que esta aprendendo a amar

As palavras de uma historia

As estrelas a brilhar

Deus criou o mundo todo pra testemunhar

Pois enquanto eu viver

Vou testemunhar do amor

Que minha vida seja prova da existência do Senhor

Cada passo que eu der seja oferta de louvor

Pois enquanto eu viver vou cantar do Seu amor

As montanhas e os vales

Os rios e os mares

Alguém que estende a mão pra ajudar a levantar o seu irmão

Um sorriso de criança

O perfume de uma flor

Testemunham em silencio o amor do Criador

Pois enquanto eu viver

Vou testemunhar do amor

Que minha vida seja prova da existência do Senhor

Cada passo que eu der seja oferta de louvor,

Pois enquanto eu viver vou cantar

Vou falar do seu amor

Pois enquanto eu viver

Vou testemunhar do amor

Que minha vida seja prova da existência do Senhor

Cada passo que eu der seja oferta de louvor

Pois enquanto eu viver vou cantar do Seu amor

Pois enquanto eu viver

Vou testemunhar do amor

Que minha vida seja prova da existência do Senhor

Cada passo que eu der seja oferta de louvor

Pois enquanto eu viver vou cantar do Seu amor.

♪

Os presos olhavam aquela levita perplexos um preso que era meio brincalhão disse:

– Nossa parece um rouxinol cantando essa moça.

E a Nelma começou a louvar novamente desta vez, os presos acompanhavam o louvor já aprenderá a letra com palmas, e os policiais também cantavam, era algo inexplicável, o pastor olhava ao alto e glorificava ao Senhor, um vento impetuoso passeava naquele lugar, e o louvor tocava o coração daqueles presos,naquele instante não parecia uma prisão, um pátio de sol,naquele instante parecia um templo de adoração.

O pastor pregou um ensinamento que fez os presos ficarem vibrados olhando baseado em Mateus 6 o sermão da montanha. Coisa linda de se ver.

Ele lia que os pássaros que estão solto Deus trazia o sustento e os presos diziam, nós somos passarinhos presos.

E o pastor replicava. – Tudo tem o seu tempo determinado,né? Vocês estão em um momento que podem buscar a Deus leiam a palavra dEle, que o tempo passara depressa e ele trará o sustento.

O culto foi finalizado, e os presos tinham uma hora para ficar com seus familiares, o pai do Robson explicou a ele a ausência da Madalena os presos ficaram todos felizes com seus familiares,mas o que movimentou as visitas do Robson foi a saída da Lara.

– Quem é ela? Disse o Robson para a Nelma que olhava de longe aquela visita com seu pai que não entendia. É a sua advogada já volto vou ver o que ela foi fazer, Neste instante veio o pai do Robson em silencio abraçou o filho e disse:

– Filho a moça foi buscar um envelope que veio do fórum agora.

E retornou a Moça com o tal envelope.

– Oi Robson, nem nos apresentamos, sou a sua advogada, tá vendo esse envelope.

– Via sim um envelope branco na mão daquela moça bem vestida de óculos que realmente parecia com uma advogada.Neste momento a Nelma pegou na minha mão, eu olhei para ela, estava curioso o que será que seria aquele envelope?

– Estou vendo sim, olhava novamente para a Nelma ela sorria pra mim,eu? Queria abraçar ela beijar ela, ser grato, lembrei no momento do sabonete e da declaração de amor dela.

– Fale moça o que tem dentro deste envelope.

– Dentro deste envelope tem a decisão da promotora, de você ficar preso, ou responder o inquérito em liberdade.

– Olhei para ela, minha visão ficou um pouco turva, liberto!

Meu pai me apoiou, a Nelma também, estava com as pernas fraquejadas.

– Calma Robson,Busquem um copo de água para o rapaz!

O Policial que se tornara um amigo, foi buscar o copo de água. Eu olhava para aquela elegante moça e ela colocava suas delicadas mãos dentro daquele envelope e retirou a folha, vi que tinha um timbre na folha.

Ela leu ajeitou o óculos, e me olhou novamente...

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Capítulo 40

Um tapa

Aquela moça, bem vestida, pele clara na minha frente, alta, aparentava ser bem jovem, estava ali com o meu futuro nas mãos, ela retirou o envelope e olhou–me fixamente fiquei atônito, não sabia o que pensar, minhas pernas estavam fraquejando estava emocionado, dois dias nesta prisão para mim foram dias intermináveis, e ela a me olhar e não fala logo...

Ela me olhava com um ar de inspeção, inspecionava meus atos, meu modo de agir, ela dês do momento que eu vi ficava a me observar, e agora ela estava com o envelope que diria o meu futuro.

– Então Senhor Robson, disse ela com uma voz bem autoritária.

– Fale logo, disse a Nelma, o que for será da vontade de Deus, e assim pensei e acalmei–me, sim o que for será da vontade de Deus.

– Então Senhor Robson, voltou a falar ela arrumando novamente aquele óculos.

– Fale querida, disse o meu pai que estava ofegante...

– Você está.

– Está?

– LIVRE.

– Livre, olhei para o céu azul, e minha visão começou a embaçar, veio à água, mas já era tarde, já cairá meu pai apoiou–me e disse:

– Coitado do meu filho, certamente não esta se alimentando direito nesta prisão olhando para o policial que trouxera o copo de água.

– O rapaz, esta se alimentado sim amigo, é emoção isso aí, sorte dele que teve uma boa advogada assistindo ele, senão ia ficar alguns meses quem sabe anos aqui até ser julgado pelo crime que cometeu. Meu pai neste instante ficou cabisbaixo pude observar bem, já estava voltando desta vertigem passageira.

– E pra demonstrar que nós cuidamos bem dos nossos presos, pode deixar que eu arrumo as coisas dele.

– Fui eu o pai a Nelma e a Lara numa sala de espera, A Lara super prestativa ia de um lado para o outro, conversava com os policiais, e já ia facilitando nossa saída.

Ela veio e disse:

– Ok, Robson agora você poderá responder esse inquérito em liberdade, vamos elaborar a sua defesa, agradeça ao seu pai que pagou a fiança de mil reais estipulada pelo juiz.

– Vamos e já vou logo te avisando, que ao sairmos tem a imprensa, parece que o jornal da cidade e uma radio local estão esperando querendo ouvir você e te entrevistar, fique calado não diga nada eles tem o mal habito de sensacionalizar tudo! E isto pode implicar na sua defesa.

Entendi bem o que ela estava falando.

O repórter veio com uma pergunta que fiquei sem chão.

– Estamos aqui com o Robson, o rapaz que de modo frio, atirou no seu melhor amigo de modo vil e traiçoeiro.

– Olhei para ele assustado, pois nem conseguia imaginar a cena de atirar numa pessoa, e ele já acusara de modo cruel.

– Ouvintes vocês não podem ver mas eu posso e falarei para vocês, esse perigoso meliante tem um rosto ameaçador.

– Meu cliente, não quer se pronunciar....

E o repórter completou. E uma bela advogada.

E o repórter do jornal veio querendo uma entrevista. Do mesmo modo a Lara me resgatou da situação constrangedora, ela tinha me dado uma blusa com capuz que evitou meu rosto estampado na primeira página. E o fotógrafo gritava uma foto Robson, a Nelma e o pai saíram pelo fundo entrei no carro da policia, e eles me levaram para a casa.

Chegando lá, só disse essa palavra.

– Quero ver minha mãe.

– Meu pai disse assim:

– Não sei se é uma boa ideia Robson descanse, ela esta no hospital, a Nelma que estava junto falava. Ouça seu pai Robson.

– Não pai, quero ver minha mãe, estou com remorso deste desgosto que dei a ela.

E veio a Nelma e disse:

– Seja como seu pai quiser:

Meu pai parou pensou um pouco e disse:

– Tudo bem, mas veja lá filho, viu como está a imprensa querendo fazer matéria com você, cuidado filho.

– Saímos e logo estava na frente do hospital. A Lara foi descansar com a Nelma na sua casa, estava eu e meu pai.

– Como ela esta? Perguntei preocupado ao meu pai.

– Ela teve um principio de AVC, não fale de prisão nada do tipo, seja amoroso, e rápido, pois ela precisa de descanso para se recuperar.

Estávamos andando no corredor de repente vi um casal vindo em minha direção e ao do pai. Olhei aquela mulher com a impressão de tê–la já visto.

Ela olhava com um olhar de fúria e tristeza para mim, e veio e me deu um tapa no meu rosto.

– Um tapa.

Não consegui me esquivar, levei aquele tapa assustado com a reação daquela mulher.

– Seu monstro, por causa de você meu filho esta na cama deste hospital desacordado, sem esperanças de se levantar em coma.

– Devolva meu filho, gritava ela em prantos...

– Devolva meu filho!

Fiquei sem Chão na minha frente a Mãe do Zecão meu pai me protegendo, o pai do Zecão segurando aquela mulher descontrolada, e vários enfermeiros vindo ao nosso encontro e vieram e levaram a mulher.

– Calma falava um enfermeiro, aqui é um hospital.

– Meu pai dizia: –Desculpa, desculpa, e eu limpava meu rosto vermelho, e sem saber o que pensar.

– Confesso que fiquei com dó daquela mulher, a dor do tapa na minha cara não se comparava com a situação que aquela mulher passara.

Veio um doutor nos levou a uma sala e conversou.

– Você é o Robson, o moço do jornal. E mostrava o jornal que estampava meu rosto, com uma foto com o Zecão, nem tinha tirado a foto com o Zecão, fizeram uma montagem com a seguinte manchete.

– Robson, atira no seu melhor amigo na noite de sábado.

Pois é moço você esta famoso, e para evitar esse tipo de constrangimento,você esta proibido de passar pelo bloco C.E se quiser visitar sua mãe que esta no bloco D. Avise na portaria para ser guiado até o quarto da sua mãe.

Fiquei me sentindo um monstro, como ela disse. Estava livre, agora poderia ir para onde quisesse, mas sentia na pele a marca que aquela prisão já fizera comigo.

Vamos visitar sua mãe rapidamente, pois ela acabou de tomar uma medicação forte e ficará em repouso.

Chegamos ao quarto da minha mãe.

– Ela levantou tentando sentar na cama, e meu pai apoiou ela, o médico disse baixo para mim.

Seja rápido, pois o medicamento esta começando surtir efeito.

E ainda passava a mão no meu rosto que estava vermelho. Minha mãe disse.

– Robson é você?

– Sim mãe, sou eu.Não aguentei era emoção demais pra mim olhar minha mãe naquela cama de hospital, chorei, chorei forte como nunca havia chorado na minha vida, todas as emoções afloraram em mim.

– Sim mãe sou eu seu querido filho.

– Robson, tive um pesadelo, vi a policia te prender na frente da igre...

E o remédio surtia efeito.

Peguei bem forte nas mãos da minha mãe e disse.

– Descanse mãe, estou livre, estou contigo e te amo.

Meu pai puxou–me e disse, com um ar de retirar me daquela situação.

– Vamos tomar um café e comer algum salgado, um assado delicioso que tem numa lanchonete na esquina do hospital. A Madalena precisa descansar, já viu ela filho, agora vamos.

O médico ficou observando ela, e a minha mãe apagará naquela cama de hospital em meio a soro. Fomos acompanhados por um enfermeiro.

Saímos eu e o pai.

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Capítulo 41

A hora de contar toda a verdade

Lara chegou com a Nelma no quarto. Retirou o casaco colocou em uma cadeira próximo ao criado mudo, retirou o óculos, e disse.

– Isto me incomoda um pouco, uso só para vender mais confiança Nelma,ele é de descanso, não tem grau. E desabotoava um botão da camisa branca de uma seda que parecia ser cara. E disse.

– Nelma, posso tomar um banho?

– Pode sim, aqui a toalha, uma toalha perfumada com um amaciante muito perfumado alias todo o quarto estava bem arrumado e a Nelma já havia disponibilizado um espaço do guarda roupas para guardar os quatro conjuntos sociais da Lara.

– E Lara, deixei suas roupas todas arrumadas nesta parte do guarda roupa. E seus pijamas aqui. A Lara tinha só roupas sociais. E algumas peças para usar na casa.

– Sim Nelma vou tomar um banho relaxar. E a Lara me olhava daquele modo estranho dela, parecia querer me dizer algo parecia estar me observando.pensava Nelma.

– Vai lá Lara,vou preparar algo para lancharmos, a noite aqui em casa as vezes lanchamos, você não se importa? E de noite faço uma deliciosa sopa.

– Não, vou lá tomar meu banho, que estou exausta li demais, mas graças a Deus deu tudo certo, o seu amado Robson esta livre. Alias, daqui a pouco conversamos.

– Sim conversamos. E foi a Lara soltando seus cabelos indo ao banho.

– Fui à cozinha preparar o lanche. Pensando o que será que ela quer falar sobre o Robson?

Tomamos nosso lanche, e foi a Lara, para o quarto, recebi algumas mensagens do Robson estava com seu pai. Disse que o amava, que tudo estava sendo solucionado. Tomava um delicioso copo de suco de laranja. Terminei o lanche e começava guardar a louça e a Lara olhou bem fixo para os meus olhos,e eu tentei desviar, ela olhou para mim novamente e disse.

– É hora de contar toda a verdade, olhei novamente a ela, e escorregou o copo da minha mão, ao cair quebrou–se o vidro, e ela desceu ao chão me ajudando a coletar os cacos.

– Sério, Nelma conte–me tudo quero ajudar mas necessito saber toda a verdade.

– A ver... da.. de, não sei o que ocorreu comecei a tremer toda ela queria saber toda a verdade. Qual seria a verdade que ela esperava de mim. Fiquei toda sem graça, e fui ao quarto, entrei, ela não foi de imediato atrás de mim,sei que ela viria,ajoelhei e orei,ela ficou observando, abri a Bíblia, e li o que apareceu nesta abertura:

"Pois não há nada de escondido que não venha a ser revelado, e não existe nada de oculto que não venha a ser conhecido ". Mt10,26

Pensei neste momento em tudo que o Robson me disse e nestes instantes ponderei muitas coisas, o Robson confiava em mim,mas a Lara era advogada poderia nos ajudar sentei na minha cama e chamei ela. Sim amada Lara, já lacrimejava meus olhos. Antes de ser advogada,você é minha prima, você conhece me com os olhos, e sabe que algo esta errado. Bem não é errado, sim o Robson me contou o que ocorreu com ele. Eu amo aquele garoto, e confio nele Ele é inocente. E contei tudo a ela.

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Capítulo 42

A hora de contar toda a verdade [2]

Sai com o meu pai ele olhava para mim, ele sabia que com certeza tinha passado uma barra naquela prisão, não perguntou como era e dizia.

– Filho sempre te amei, e te amarei não importa o que aconteça, se eu te aconselhava não sair a noite e com o Nilmar é porque nós pais olhamos lá na frente.Não sei o que ocorreu no sábado a noite. Mas meu coração diz que você não atirou no Zecão, estou preferindo ficar com o meu coração. Dizia meu pai, já estávamos chegando na lanchonete.

Olhei ela, e lembrei que vinha nela com o Nilmar. Nos gostávamos de tomar sorvete nela. E sentamos, fiquei quieto, precisava ouvir meu pai. Perguntei da mãe, das tias.

– Elas todas sumiram, ninguém quis me ajudar só a Nelma me ajudou nestes momentos, essa menina é de ouro, eu esbocei um sorriso. É filho em meio essa tempestade você encontrou um amor.

– É pai, estou amando essa menina cada vez mais.

– Mas voltando filho, não sei o que ocorreu. Chegava o suco de laranja que pedimos, o lanche um assado demorou um pouquinho mais. Nunca gostei dessa sua amizade com o Nilmar. Eu lembrei de um fato que não poderia deixar de perguntar era o momento e muita coisa que estava ocorrendo comigo dependia de saber disto.

– Pai,você disse algo sobre o pai do Nilmar.

E meu pai olhou me e disse.

– Sim filho, vou te contar a minha história com o pai do Nilmar.

E ouvi atentamente cada palavra que meu pai dizia e tudo começava se desenhar na minha mente o porque daquele ódio do pai do Nilmar, comigo sem eu ter feito nada a Ele, e observei que o meu amigo. –Sim eu considerava o Nilmar meu amigo, não conseguia pensar de outro modo. Meu amigo Nilmar estava sendo usado,manipulado sei lá, pelo seu pai.

– A história é essa Robson, não gosto de contar ela pois como o Nilmar era com você eu era com o pai dele.

– Vocês eram amigos?

– Sim, alias melhores amigos, eu e o pai do Nilmar andávamos saiamos, éramos muito unidos, um dia ele se engraçou por uma garota. Essa garota era de igreja.

– E?

– Sim, e nos começamos a ir nesta igreja, só que o pai do Nilmar bagunçava demais e ele tinha mas intenções com a moça, ele tinha um desejo carnal pela menina.

– Não gosto de falar desta história.

Eu indaguei até tinha perdido a fome:

– Pai quero saber desta história, queria saber pois é o pai do Nilmar.

– Foi ele que atirou né? Disse meu pai me olhando.

– Olhei meu pai e disse:

– Pai quero saber desta história primeiro daí conto essa história de sábado a noite.

– Você sabia que os dois sumiram do mapa?

– Sumiram?

– Sim pelo que fiquei sabendo seu amigo Nilmar ganhou um herança e foi embora desta cidade e o pai dele foi junto.

Olhei para o meu pai novamente, pensei em perguntar onde como quando, mas voltei a perguntar.

– Pai quero saber da história do pai do Nilmar.

E o meu pai começou a contar.

– E isto meu filho eu e o pai do Nilmar éramos melhores amigos fomos para uma igreja, pois o pai do Nilmar se engraçou com uma garota. Nesta igreja, aceitei a Jesus, e comecei a frequentar e até hoje estou firme nela.

– E o pai do Nilmar?

– Ele nunca, e olhe que sempre insistia com ele. Nunca aceitou a Jesus realmente, vivia uma vida dupla, aprontava horrores, começou a se envolver com drogas filho, e bebia.

– E a garota?

– Ele tentou de diversos modos com a moça, mas ela nunca cedeu ao pai do Nilmar, uma por que ela nunca o amou nem gostava dele, e outra porque o pai do Nilmar nunca a respeitou, não respeitava a fé dela.

– A fé dela?

– Sim filho uma garota evangélica tem preceitos cristãos, nós homens devemos respeitar isto, e sermos do mesmo modo respeitadores.E respeitar nosso corpo pois ele é templo do Espírito Santo.

– Você sabe disto Robson, sempre te levei na escola bíblica dominical.

– Mas pai, você falava isto para o pai do Nilmar?

– Filho sempre falei, sempre conversava, mas cada vez que falava ele me chamava de careta, coisas do tipo, e eu ficava magoado com aquilo não revidava. Até hoje eu amo ele como irmão e sei que um dia ele poderá entender a respeitar os preceitos cristãos.

– Filho aproveitando essa conversa, te digo:

– Respeite a Nelma, tenha um namoro santo, que Deus honrara seu compromisso.

– E ele pai?

– Ele tentou, se insinuou, até tentou agarrar a moça a força. Cansou desistiu, a moça nunca cedeu, ele foi para o mundão. Foi embora da cidade e nunca soube mais dele.

– E você pai?

– Eu continuei na igreja...

– Pai porque nunca contou essa historia pra mim antes. E essa moça quem é?

– Essa moça filho é a sua mãe, depois de um tempo se apaixonei por ela a Madalena é mulher da minha vida. O pai do Nilmar voltou para a cidade e nunca mais me cumprimentou, penso que ele nunca esqueceu dela, mas entenda filho que eu não tive culpa.

– Sim pai você não teve culpa.

– Meu pai olhava para mim. – Filho amo a Madalena, e vou cuidar dela, aquele dia do atropelamento tive uma sensação estranha, aquele dia que você saiu com o Nilmar também tive uma sensação estranha, até oremos.

Agora eu contei toda a minha verdade para você. E sei que você esta me escondendo alguma coisa. Você não acha que é hora de me contar toda a verdade?

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Capítulo 43

Cobertor Azul

Agora estou rico! Nunca mais terei de trabalhar! Terei a mulher que eu quiser, na hora que bem entender... Falava o pai do Nilmar lançando em cima da cama de um hotel duas bolsas pretas cheias de notas do roubo ao caixa eletrônico.

– Aquela Madalena não me quis? Não aceitou viver a vida que eu queria lhe proporcionar? Ficou com o careta do pai do Robson não é?

– Agora ela tem o que merece! Falava sozinho o pai do Nilmar neste momento fechando as venezianas do quarto, queria estar só, com o fruto do seu roubo.

Constatado que estava só, abriu a bolsa.

Reluziava maços com notas azuis tirou um maço.

– Estou rico! E passava pelos dedos aquelas notas. Em um impulso foi retirando maço por maço era muito dinheiro. E colocava todas as notas na cama.

– E o meu filho covarde! Nunca puxou o Pai, livrei–me dele! Mas serviu para o meu propósito, o que eu tanto queria a anos. Continuava a falar num frenesi espalhando as notas de modo desordenado na cama.

– Vingança, dizia ele agora deitado na cama.

–Vingança é um prato que se come cru.

– Ela não me quis? Ele roubou a minha garota!

– Agora tem seu filho na prisão... E veio o sono, o cobertor daquele bandido foi notas azuis, acordou tarde estava cansado, a viagem foi longa. O sono teve sonhos felizes regados de bebedeira e mulheres. Acordou sentindo frio, olhou para o lado e viu um radio, a televisão e um frigobar, mas o que lhe chamou a atenção foi o radio logo pensou:

– Vou ligar para saber como estão aqueles pobres naquela cidade. Ele não estava tão longe da cidade do assalto possivelmente escutaria sem problemas a radio local, observou que era quase meio dia o horário do programa de radio que por conta da sua vida bandida aprendera a escutar.

– Na rota do crime começa agora com noticias da criminalidade da nossa cidade, ♪ (já havia se servido de um copo de Whisky iria degustar da desgraça alheia dos que ficaram, queria ouvir sobre o assalto como estava as investigações) e arrumava a sintonia pegava com um pouco de chiado mas era possível escutar...

♪ – No fim da tarde de ontem o meliante Robson, é aquele que atirou no melhor amigo, sim ele mesmo, foi solto responderá em liberdade.... Onde nossa cidade vai parar? ♪

♪ – O Bandido é solto e nós cidadãos de bem devemos ficar escondidos em nossas casas! Cuidado você jovem ao sair sábado a noite, o bandido esta solto. ♪

Ao escutar essa noticia o pai do Nilmar pega o copo de Whisky que estava tomando da um grito: – Maldição! E ataca na parede quebrando o copo.

Amontoa todas as notas de modo desorganizado, coloca dentro das bolsas pretas e guarda dentro do guarda roupas, deste modo sai do quarto cadeando bem sempre olhando para os lados.

Chega em um orelhão, olha para os dois lados e liga:

– Eu quero fazer uma denuncia (ligando para o numero local da policia, com um cartão telefônico, ele tinha escrito o numero local da policia neste cartão) colocando um pano no telefone para disfarçar a voz.

No outro lado da linha o policial responde:

– Ok, você não deseja vir aqui e fazer essa denuncia? Fala o policial finalizando o telefonema.

– Não, gostaria de deixar essa denuncia em anonimato, tenho medo deste maníaco, eu vi diversas vezes ele fazendo isto...

–Ok. Disse novamente o policial.

– Vamos averiguar.

E o pai do Nilmar desliga o telefone dizendo:

– Plano B em ação! Aquele garoto vai mofar atrás das grades.

***

Os policiais que são dois conversam entre si:

– A primeira denuncia foi dois quarteirões da casa do Robson, e esta a 300 kilometros de distância.

– É amigo tudo leva a crer que foi o amigo do Robson, deixa eu ler o nome dele, e desdobra algumas folha até encontrar o nome.

– A sim, é o Nilmar.

– Aqui diz que ele esta morando nesta cidade e esta sendo monitorado pela policia, não coincide o numero, é outra localidade.

– Vamos averiguar a Denuncia.

– Denuncia é Denuncia, vamos até o local... Diziam os policiais responsáveis pela investigação do caso Zecão.

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Três acontecimentos

Capítulo 44

Acordei novamente com aqueles pesadelos...

– Por que estão piores?

– Por que eu deixei o Robson ir preso no meu lugar?

– Por que eu dei ouvido ao meu pai, e perdi meu melhor amigo?

– Por que eu ia naquele campo vazio atirar, porque eu fazia aquilo?

– Porquê?

Nilmar veste a roupa e mais uma vez vai na lanchonete já é tarde mas mesmo assim ele toma seu habitual café. Olha para a foto na parede, vê dois amigos, lembra se dele e do Robson e mais uma vez questiona o ato.

– Por que eu fiz aquilo com o Robson? Inveja?

– Mas do que? Sendo que o Robson sempre quis meu bem...

Termina de tomar o café e volta para a casa com a impressão de estar sendo vigiado.

Chat on:

– Amor não consegui conter–me e acabei contando tudo para a Lara.

– Tudo?

– Sim Robson contei tudo que você me contou as ameaças tudo, ela é a sua advogada, ou melhor a nossa advogada, e também é minha prima, tenho total confiança nela.

– Também contei tudo para o meu pai. Tudo Nelma, com detalhes, confesso que estou aliviado, mas assustado pois não sei do que o pai do Nilmar é capaz, realmente Nelma ele é perigoso.

– Robson.

– Diga

– Estou enviando essas mensagens pois a Lara quer conversar comigo, com teu pai, com você aqui em casa o mais depressa possível, ela quer nos orientar o que fazer. Agora ela sabe tudo, orientação de advogada.

– Ok, vou ver o melhor horário.

– Nelma.

– Oi

– Sua voz fica linda nestas mensagens.

– A sua que é muito fofa, mas é sério Amor vamos resolver isto logo.

– Beijos.

– Beijos.

Chat of:

Aqui é o local?

– Sim é aqui o local da denuncia, dizia o policial, e a policia criminal veio?

– Sim veio um buscar as evidencias se for realmente verdade a denuncia.

– Sabe que este caso chocou a população né?

– Sim tomara que encontremos o que viemos procurar pois será ótimo dar uma resposta a esses sumiços a população que sofreu muito com este maníaco....

– Mas será o menino mesmo?

– Não sei provavelmente deve de ser neste local.

O policial olha ao redor varias latas, sim aqui tem projéteis de bala,recolha é evidencia. Provavelmente é ali, esta terra foi mexida recentemente.

– É provavelmente é aqui.

– Abra, falava o policial ao outro policial da policia forense...

– Vistam a mascara pois o cheiro não é nada agradável.

– E a pá começava a revirar a terra.

– O céus, é realmente verdade...

– Oh ... que cheiro!

– Coitado, são vários, recolha um sim. Já é observável que foram almejado por tiro, façamos a pericia para saber se a arma é a mesma do caso Zecão.

E a policia levava dentro de uma cuba branca a prova do crime para a pericia técnica.

– Eu quero urgência nesta pericia. Quero saber se a bala é a mesma do caso Zecão.

– Sim dois dias é o que precisamos.

– Sejam rápidos, vamos dar uma resposta plausível a população que tanto sofreu com este monstro.

E deixavam o campo de eucalipto afastado da cidade onde encontrará o que a denuncia anônima acusara estar naquele local.

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Capítulo 45

Moralidade

Estávamos todos em casa quando a Lara começou a falar, eu e o Robson, o meu pai o pai do Robson,todos ouvindo o que a minha prima que começara a falar num tom bem sério, como a ocasião exigia, enfim, todos ali acomodados no sofá.

Eu já providenciará chá com meus sequilhos que adoro fazer...

– Reuni todos vocês juntos aqui, pois estou defendendo o Robson da acusação de tentativa de homicídio e estou com o resultado preliminar do inquérito, e folhava folhas e mais folhas de um modo rápido, queria chegar na folha que lhe interessava nos falar.

– O julgamento já foi marcado daqui a trinta dias ele ocorrerá e devemos correr com a sua defesa.

Mas o que haverá de agora em diante serão depoimentos e como todos sabem não pode haver mentira, deve–se falar a verdade.Mesmo porque ao ato de depor, há confrontamentos, averiguações , ou seja, a mentira cai, pois dificilmente consegue–se sustentar uma coisa que realmente não ocorreu.

E arrumava seu óculo, que eu sabia que a incomodava, mas como disse ela anteriormente, dá um ar de autoridade, importante para o oficio de advogada.

– Repassamos os fatos.

– Robson sai com seu amigo Nilmar, que não mora mais nesta cidade, Nilmar deixa o Robson para encontrar uma garota, Robson por sua vez também irá encontrar uma garota. O encontro do Robson não dá certo.

Neste momento Robson, olha envergonhado abaixa a cabeça, Nelma o olha, fica constrangida, mas continua de mãos dadas com Robson.

– Então o nosso acusado Robson vai à casa da Nelma, fazer uma ligação. O pai da Nelma olha para ela: – É, eu lembro estava deitado, meio adoentado neste dia lembro de ter ouvido a voz do Robson, sim dele ter vindo na minha casa.

E aproveitando a intromissão do pai da Nelma, Robson esclarece:

– Antes destes acontecimentos Lara, eu fui com o Nilmar num descampado de eucalipto e efetuei um tiro.

"Surge um silencio"

O pai do Robson fica estarrecido.

– Sim antes de ter ido à casa da Nelma fomos a um campo afastado onde tinha uma grande plantação de eucalipto. O Nilmar disse que queria me mostrar algo que me tornaria um homem de verdade.

– Um tiro? Interrompeu a advogada Lara. – Esse tiro que te colocou nesta situação, a partir daí, sua mão ficou com resquícios de pólvora. (ela falava demonstrando papeis do inquérito para Robson) que propuseram que você atirou naquela noite e essa arma? (perguntava mostrando as fotos do inquérito)

– A arma era do Nilmar.

– Uma arma provavelmente roubada, com o registro riscado. Falava veemente Lara, os demais da sala só observavam.

– Olha Robson, devo te alertar uma coisa para a sua vida e espero que seu pai concorde com o que vou te falar neste momento.

– Pode falar advogada Lara. Confirmou o pai do Robson com olhares de repreensão.

– Caro Robson, atirar, com uma arma clandestina, em um local afastado é algo um tanto quanto criminoso não é?

– Provar que é homem, fazendo um ato destes?

– Provaria se negasse e não desse aquele tiro,caro Robson.

– Há certos limites na nossa vida que devemos respeitar, falava seriamente Lara, Robson escutava com um semblante cabisbaixo, Nelma apoiando seu namorado, segurando em suas mãos neste momento. – E gosto de chamar esses limites de Moralidade.

Experimentar drogas prostituir–se, beber, roubar e matar são limites que não devem ser ultrapassados.

– Se você tinha tanto desejo de atirar, inscreve–se em um curós de tiro ao alvo, legalmente e não usando uma arma ilegal em um lugar ilegal. – O que você fez foi ilegal!

– Que me colocou numa roubada....

– É amigo, te colocaram numa roubada pois parece até algo premeditado para te incriminar, mas eu quero que você entenda que um erro leva a outro erro.

O pai da Nelma até então quieto se manifestou: – Um abismo leva a outro abismo está lá em Salmos 42:7

E o pai do Robson complementou: – Também esta na Bíblia querido filho não se assentar na roda dos escarnecedores, sempre te falei desta amizade.

– Enfim algo estranho ocorreu, um ódio que não entendo fez do seu filho vitima de uma cilada, armaram para o Robson indagava agora Lara para o pai do Robson.

Neste momento o pai do Robson conta toda a história do seu passado para Lara, esta escuta atenta, e finaliza o encontro dizendo.

– Se não se importarem eu gravei essa conversa, mostrando um gravador, não avisei, pois necessitava de espontaneidade e consegui, irei estudar minuciosamente a defesa do Seu filho, a defesa do seu namorado, falava olhando para a Nelma, a sua defesa rapazinho. Falava assim, mas ela era tão jovem que não caia bem essa informalidade...

– Amanhã iremos sair Nelma, eu você e o Robson, passear relaxar, não sou tão brava assim caros, é que o que virá pela frente exigirá verdade, e sinceridade, erros acontecem na vida. (Se não existisse erros não necessitariam de mim pensou.) Eu nestes tempos só estava pegando causas trabalhistas, não gosto de defesa criminal, apesar de ser super disputada por pessoas enfim elas veem me procurar. Lara relembrou de o seu melhor caso que a trouxe notoriedade de um criminoso que ela absorveu de uma acusação, ela com todo o calor de primeira causa, caiu uma causa dissimílima porem ela com uma argumentação plausível absorveu o réu. Semanas depois o mesmo envolveu–se em uma briga e acabou morrendo, Lara a partir de então não quis mais assumir causas criminais abrindo exceção para sua prima Nelma e seu namorado Robson.

– Enfim descansamos, pois o dia de amanha terá muitos acontecimentos.

***

– A autópsia deu positivo? A bala que almejou foi da arma do caso Zecão.

– Sim é as mesmas estrias da arma do caso Zecão, almejaram com essa arma sim.

– Vamos para o fórum demonstrar essa nova evidencia este maníaco com nome Robson irá mofar dentro da prisão. Diziam dois policiais, os mesmos que foram recolher a evidencia no campo afastado de eucalipto.

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Na casa do Pastor, eu orei

Capítulo 46

Hoje sairei com o meu amor, a Nelma, vamos passear no parque,bastante verde, uma lagoa pequena e sem duvidas casais de namorados caminhando e deixando o amor os levar.

– E aí Robson, será que você esta alinhado? Perguntei a mim mesmo na frente ao espelho do meu guarda roupas, alias que organização,lembro que estava uma bagunça! Quem será que arrumou?

– Agora sim,toque final o perfume atrás do pescoço... Agora sim Senhor Robson 'tabunitu'.

Fui à casa da Nelma, ela linda como sempre com sua habitual jardineira jeans a Lara? Com um conjunto social branco, sempre social a moça?

– Vamos, dizia ela ajeitando o seu notebook e uma pasta com diversos papéis.

– Mas antes deste passeio você vai passar na casa de um pastor não é? Falava Lara com a Nelma.

– Essa do pastor eu não sabia, indaguei as duas.

– Ah sim, disse a Nelma, uma hora de oração todos os dias pela vida do Zecão, a partir do dia que você foi preso começamos essa campanha, te explico melhor no carro,e veio a Nelma pegando na minha mão e a Lara disse assim:

– Enquanto isto terei de fazer algumas ligações, deixei minha vida lá na capital, devo dar algumas coordenadas por lá.

Ela deixou–nos na casa do Pastor, a Nelma disse onde tinha um café com WiFi e ela combinou de nos buscar em uma hora período necessário para o encontro.

– Como será isto?Perguntei curioso, não participava destes encontros religiosos.

– É bem simples Robson, nós da juventude se reunimos na casa do pastor e estamos todos os dias mobilizados com essa história e preocupados com a vida do Zecão. Decidimos fazer uma campanha de oração. Um mês de intercessão e estamos fazendo uma coluna de oração.

– Coluna?Indaguei curioso.

– Vamos lá você entenderá.

Ao adentrar na casa do pastor logo fui recebido por alguns jovens. O numero de pessoas em torno de 10, me cumprimentaram e começaram a reunião.

O pastor leu a Bíblia conversou um pouco sobre o que foi lido e um irmão acompanhado de seu violão fez o momento de adoração.

– Confesso que estava curioso como será a oração? A Nelma me olhava,ela já me conhecia, e conseguia deduzir meus sentimentos e ansiedades,logo ela falou:

– Já começamos Robson, nossa reunião é diária, sempre quando acontece algo digamos: – anormal–, nossa juventude se reúne para fazer essa campanha um mês ininterrupto de oração uma hora é essa reunião.

– E como combinam os horários? Logo perguntei: Ela disse: – Combinamos tudo por mensagens de celular,na internet, ou no final das reuniões, tendo dois a reunião já acontece,mas sempre quando fazemos essas reuniões temos uma ótima frequência, nossa juventude é pequena,no entanto é muito unida. E o melhor as bênçãos são grandiosas pra testemunhar.

– É Nelma?

– Sim depois te conto, mas é cura é porta de emprego são tantos milagres que acontecem Deus é fiel.

– O pastor começou a oração, orou cinco minutos, logo começou a esposa, estávamos em círculos de mãos dadas, como uma coluna, abri os olhos e olhei a Nelma,e ela olhou–me fazendo um sinal que era para orar... Logo entendi a 'dinâmica da oração' iria chegar a minha vez , comecei a ficar nervoso, não sou muito de orar em voz alta, mas por outro lado sentia uma quentura que tomava todo o meu ser.

Era: – Aleluias, Gloria a Deus,e neste instante a Nelma começou a orar ao meu lado:

✞

"Pai amado , te amo de todo o meu coração sei que sempre estais comigo (segurava firme na minha mão,confesso que suava a minha mão, mas a oração era tão linda que o nervosismo foi dando espaço para o contentamento). Pai querido, te agradeço pela vida do meu namorado, que esta aqui do meu lado.

– Oh Pai, tu conhece o coração dele, tu sabes dos seus caminhos e este é o meu amor Pai, é ele que pedi a Deus, cuida dele Pai eterno onde quer que ele esteja, onde quer que ele for cuida dele, dos seus planos dos seus sonhos da sua vida, dai forças para ele vencer as dificuldades e transforma a cada dia Pai a sua vida, vai ensinando a ele ser um servo de valor (Nestes momentos as lágrimas vertiam no meu rosto ela começou a orar mais baixo e entendi, sim, era a minha vez de orar.)

– Senhor Jesus, (comecei...) Tú, bem sabes dos caminhos da minha verdade da minha sinceridade, tu me conhece dês do ventre da minha mãe ( a Nelma segurava firme na minha mão) Mas pai, quero interceder pela vida do Zecão, Pai pela sua família. Senhor amado, pela aquela mãe que esta desesperada no hospital. Pai, se de algum modo eu prejudiquei aquela família, restaura pai, restaura, eu te peço restauração, faz um milagre lá naquele hospital, não deixa seu filho sofrer tanto. Aquela mãe Pai, conforta ela,(nem observava mas o tempo já tinha passado) Pai cuida da minha mãe também cuida dela dá a vitória Amém"

✞

Que oração!

Parecia que necessitava daquilo, foi um revigor na minha alma.

A Nelma? Foi no banheiro e voltou cumprimentamos os jovens a Lara já nos esperava na frente.

– Vamos passear no parque meu Amor?

Disse a Nelma do modo mais gracioso que ela poderia dizer. Eu? Apaixonado, simplesmente apaixonado, por aquela menina que me trouxe bem de pertinho de Deus.

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Capítulo 47

Um passeio no Parque

No parque começamos a passear de mãos dadas parecia um sonho, outro dia, preso, e naquele momento livre! O ar tocava meu rosto... O sonho só foi quebrado por um incidente.

– Olha mãe, dizia o menininho de uns sete anos ou mais, o moço do jornal!

A mãe do menino puxava o braço dizendo:

– Não chegue perto deste delinquente!

E voltei triste a minha realidade. A Nelma me olhou e disse:

– Calma é só uma criança,vamos aproveitar o momento... E meio triste tentei esquecer colocando um sorriso no rosto.

Peguei na cintura dela... La no banquinho, la longe, disse a Lara:

– Comportem–se estou aqui lendo e estudando... É realmente ela não para, pensei vendo ela com o seu inseparável notebook sentada naquele banco de praça.

– Mas estou de olho em vocês! Fazendo um gesto com os dedos. O tom era de brincadeira.

– Vamos ali? Disse a Nelma.

Eu vi uma arvore bem grande com os troncos bem, digamos: –Convidativos' a um encontro.

E encostei.

E ela se encostou.

E se beijamos...

Que beijo bom! Confesso que o beijo esboçava todos os sentimentos que estava nutrindo por aquela garota. A sombra da arvore, os pássaros a cantar, tudo estava lindo, perfeito.

E veio outro beijo, e abraços...

Descobri sim,era a Nelma que amara, e disse assim a ela:

– Quem bom que Deus colocou você na minha vida! Esquecer o celular naquele carro, aquele nosso primeiro encontro na sua casa, sabe Nelma.

– Fale meu amor, dizia ela passando a mão nos meus cabelos.

– Tudo que ocorreu foi complicado, mas por outro lado nossa história iniciou–se em meio a tudo isto.

Ela olhou me continuava a passar a mão na minha nuca, seu perfume se confundia com o cheirinho de natureza que nos rodeava.

– Sabe Robson, se eu fosse traçar um titulo para o nosso amor, sabe qual seria?

– Não, fale... Retribuía as caricias passando a mão nos seus cabelos.

– Prisão, em meio ao desespero encontrei o Amor.

Olhei para ela, ela me olhou apaixonadamente, se beijamos, nossos corpos estavam entrelaçados, o sabor daquele beijo era todo especial.

Continuava o nosso passeio, no meio do parque havia uma ponte para atravessar um pequeno lago e passamos por essa ponte. A Lara? Estava longe envolta aos seus papeis.Ventava e as folhas de arvores grudavam nos cabelos da Nelma, de repente no meio da nossa travessia o ar ficou totalmente agradável, a Nelma me olhou e eu olhei para ela. E ela disse assim.

– Sabe sempre quis fazer aquela cena do Titanic, e deu uma risadinha de leve, eu também tinha esse sonho de fazer a tal cena algum dia,mas as chances eram quase remotas e encontrar um barco pra fazer aquela cena? ... Mas improvisamos...

Que improviso! No meio daquela ponte de madeira peguei sutilmente nas mãos da Nelma olhava para o horizonte daquela praça e disse assim a ela:

– Te amo. Ela olhou–me para trás e impulsionou seu rosto, e senti, senti seu delicioso hálito de menta...

– Eu também te amo. E me beijou...

De repente aquele momento foi quebrado.

Sim.

Algo estranho estava acontecendo.

Uma movimentação lá na frente onde estava a Lara. Ela estava conversando com dois policiais, eu vi a cena e falei assim a Nelma:

– Nelma, vamos ver o que esta ocorrendo, logo pensei na minha mãe.

– Vamos!

Chegamos onde a Lara estava e o policial me entregou uma foto.

Eu peguei, olhei para a foto. Sim era o descampado, aquele que dei aquele tiro quando estava com o Nilmar.

– Conhece este lugar? A Lara olhou para o policial, olhou para mim e disse:

– Por que a pergunta?

O policial continuou mais veemente.

– Conhece este lugar? E eu acabei por dizer.

– Sim, conheço! Queria contar toda a verdade acabar com aquele pesadelo:

–E isto você também conhece? Seu monstro!

E me mostrou uma foto que fiquei chocado, A Nelma puxou a minha mão e olhou a foto, virou o rosto e vomitou.

– Meu Deus!!! Que horror!

A Lara disse:

Vamos à delegacia, tudo será esclarecido.

– Não advogada Lara, é Esse o seu nome não é?

Por conta da evidencia aqui exposta e pela brutalidade do ato do seu cliente ele esta preso. E veio o outro policial e me algemou.

A Nelma chorando disse:

– Nãããããããããããããããão!

Mas era tarde estava sendo preso novamente.

O policial logo disse:

– Agora esse maníaco vai ficar bem longe das pessoas de bem desta cidade, e sairá da dela só depois de pagar por todos os seus atos criminosos.

Continua...

Waldryano
Enviado por Waldryano em 16/04/2018
Reeditado em 21/04/2018
Código do texto: T6309828
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