RP - EXÍLIO - PARTE 20

EXÍLIO

PARTE 20

Gart começa a dirigir a mais de noventa quilômetros e as sirenes da viatura começam a soar, mas, como a intenção de Gart não é escapar deles, o carro de polícia logo ultrapassa o Peugeot e o faz parar. Os dois policiais saem da viatura com armas em punho e, um deles, chegando à porta do motorista, ordena:

- Desça do carro, por favor.

Gart faz o que ele pede com calma e ergue as mãos.

- Cuidado com essas armas. Tem criança dentro do carro.

- Eu sei. Estamos justamente procurando por elas.

- Seus documentos, por favor, o outro policial pede.

- Não tenho... comigo.

O policial o revista e vê que ele está falando a verdade.

- Tire as crianças de dentro do carro, Freitas.

Ele abre a porta traseira e Diana e Alberto saem do veículo.

- Neves, nós achamos as crianças, Freitas diz. - Essa garota é a filha do seo Leonardo e o garotinho deve ser o que o delegado está procurando, mas esse não é o doutor Cláudio.

- Quem é o senhor? - Neves pergunta.

- Meu nome é Gart Newman. Eu sou amigo do irmão do doutor Cláudio. Ele me pediu pra vir buscar a irmã dele e o garoto que entraram no carro sem que ele soubesse.

- E onde é que o doutor Cláudio está agora?

- Não faço ideia.

Os dois policiais se olham indecisos. Freitas olha para Diana e pergunta:

- Você sabe onde está seu irmão?

- Não, e se soubesse não diria. Vocês não vão conseguir prender ele. Meu irmão não fez nada!

Freitas olha para ela, mas não consegue ficar zangado. Ela é uma criança e está só defendendo o irmão, mas o que fazer agora?

- Bom, a prioridade era encontrar as crianças e... prender o doutor Cláudio... mas já que só encontramos as crianças... Vamos levar todo mundo de volta para Casa Branca.

Gart olha discretamente para Diana que percebe seu olhar e sorri. Freitas diz:

- O senhor vai ter que nos acompanhar até a delegacia de Casa Branca. O senhor está preso. Neves, você leva o Peugeot com as crianças nele. As chaves, senhor.

Gart entrega as chaves do carro de Wagner a Neves, sem resistência, e é convidado por Freitas a entrar na viatura, depois de algemado, o que faz intimamente satisfeito.

Os policiais se comunicam com a delegacia de Campinas que faz o mesmo com a delegacia de Casa Branca.

Arnaldo coloca o telefone no gancho lentamente. Jairo está perto dele com Jorge.

- E então...?

- Encontraram as crianças. Estão vindo pra cá.

- Ótimo. E o Cláudio, foi preso?

- Eles não falaram nada a respeito, mas, se elas estavam com ele... deve ter sido.

Jorge não consegue ficar satisfeito como o irmão. Sai da sala e vai avisar a mulher.

- Eu não consigo sentir satisfação em ouvir isso, Jorge, diz Bárbara. – Eu não consigo deixar de gostar dele, mesmo sabendo o que ele fez.

- Ele tem que pagar.

- Não consigo acreditar nisso tudo. Cláudio sempre foi tão bom, tão... correto, tão gentil e carinhoso comigo. Era como um filho pra nós, você sabe disso.

- Não podemos desconfiar da palavra de nossa filha, Bárbara. Você viu do jeito que ela ficou...

- Eu sei... mas hoje eu descobri que o casamento de nossa filha com ele foi um erro nosso. Eles se casaram muito cedo e... talvez isso tenha provocado tudo.

- Erro nosso?

- Tânia e Cláudio nunca foram o casal perfeito que nós imaginávamos, Jorge.

- Ele disse isso. Muito conveniente depois de tudo que ele fez.

Bárbara coloca as mãos postas junto do rosto

- Nós ficamos tão confortáveis diante de tudo, que não vimos o óbvio... Nós não morávamos com eles. Não sabíamos o que se passava dentro da casa deles. Agora eu entendi isso.

- Isso não pode ser culpa nossa. Ele podia ter conversado com a gente...

- Não... Infelizmente, Cláudio sempre foi educado demais pra reclamar do que quer que fosse.

- Não é desculpa pra agredir nossa filha como ele fez e antes disso engravidar a filha do meu irmão. Não é desculpa, Bárbara.

- Será que foi ele mesmo?

- Ah, lá vem você de novo com sentimentalismo. Eu não consigo conversar com você quando você começa a ver tudo pelo prisma da pessoa que está errada. Ele agrediu nossa filha e tem que pagar. Só isso.

Jorge sai da sala.

RETORNO AO PARAÍSO – EXÍLIO

PARTE 20

OBRIGADA E BOA TARDE!

DEUS ABENÇOE A NÓS TODOS!

Velucy
Enviado por Velucy em 20/04/2018
Reeditado em 05/11/2020
Código do texto: T6314227
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