RP - SÃO PAULO - PARTE 15

SÃO PAULO

PARTE XV

Ao chegar ao hotel onde Cláudio e Mônica estão hospedados, Diana se sente no céu. Os dois irmãos se abraçam por um longo tempo e ele diz, acariciando o rosto dela:

- Já estava sentindo saudades dessas sardas.

- Você vai ficar morando aqui?

- Por enquanto, mas isso não é lugar para se morar. Isso é um hotel.

- Cláudio, a gente já vai indo, diz Wagner. – Tem algum problema se a Diana ficar com vocês por algum tempo? Eu vou ter que ir a um lugar...

- Não, nenhum problema. Eu acho até bom que ela fique aqui comigo. Eu também vou ter que sair e ela pode fazer companhia pra Mônica. Tudo bem, Didi?

A menina chega perto de Mônica e sorri timidamente, como a estivesse vendo pela primeira vez.

- Oi...

- Oi, Diana, diz ela, sorrindo também.

- Eu... posso tocar sua barriga? Eu soube que seu bebê é do meu irmão... do Cláudio...

Mônica olha para Cláudio e Wagner e depois para a menina e responde:

- Claro.

Diana coloca a mão sobre a barriga de Mônica.

- Está pequenininha ainda. Como pode caber um bebê aí dentro?

- Ela já tem dez centímetros.

- Ela? É menina? Como você sabe?

- Acho que os meninos têm que sair. Vamos sentar ali na cama que eu te conto tudo.

Cláudio se aproxima das duas. Beija as testas de ambas e diz:

- Eu volto logo.

- Tchau, Diana, diz Wagner. – Comporte-se, hein?

Os irmãos saem e, no corredor, Cláudio para e segura o irmão pelo braço, fazendo-o parar. Wagner se assusta

- Que foi que eu fiz?

- Não fez ainda, mas está pretendendo. Aonde você vai daqui?

- Procurar uma pessoa.

- Que pessoa? A filha do Salomão?

Wagner olha assustado para o irmão, surpreso.

- Quem te disse?

- É isso?

- É, mas... quem te disse?

- A Mônica. Não era pra dizer?

- Não... Quer dizer... eu não pedi segredo para ela... mas pensei que ela tivesse percebido que eu não queria que...

- Não queria o quê? Que ela me dissesse? Por que esse mistério todo? E que história é essa de que o Salomão tem uma filha que mora aqui em São Paulo?

- Ela falou isso também?

- Falou e não falou. Ela parece não saber muita coisa também ou então não quis me contar. É verdade então?

- É...

- E como é que eu nunca soube disso?

- Eu também não sabia que a minha mãe a sua não eram a mesma pessoa.

- Porque você nunca perguntou. Você nunca se interessou por isso. Eu sempre conversei muito com o Salomão quando criança e mesmo depois de adolescente, ele nunca me disse nada. Nunca soube nem que ele tivesse sido casado.

- Quando ela veio pra cá, você... não era nascido ainda...

- Ah, sei. E o papai a conheceu?

- Cláudio, a Linda está me esperando lá embaixo. Eu trouxe o meu carro. Você não quer trocar logo?

- Responde, Wagner. O papai conheceu a filha do Salomão? Ele era jardineiro da fazenda quando ele era adolescente.

- Não... ele responde rapidamente.

- Não? Então ela não morou na fazenda.

Wagner se cala, hesitante.

- Eu não sei... Ele não me contou a estória direito. Só me pediu pra procurá-la.

- E você vai tentar achar uma pessoa aqui pelo cheiro, no faro? Sem nenhum dado? Isso aqui é São Paulo. Mesmo em Casa Branca, você não conseguiria fazer isso.

- Eu dou um jeito...

- É isso que você vai fazer agora?

- É e não é... Eu vou dar umas voltas pela cidade.

Wagner evita olhar para o irmão nos olhos. Cláudio percebe isso e fica algum tempo observando-o. Wagner se encabula e pergunta nervoso:

- O que foi agora?

- Nada... mas você está me escondendo alguma coisa e eu não estou acreditando numa palavra do que você está dizendo. Mas, tudo bem. Não quer dizer, não diz.

Cláudio continua andando pelo corredor e vai entrar no elevador, mas Wagner segura seu braço.

RETORNO AO PARAÍSO – SÃO PAULO

PARTE 15

OBRIGADA E TENHA UM ÓTIMO DIA!

DEUS ABENÇOE A NÓS TODOS!

Velucy
Enviado por Velucy em 05/05/2018
Código do texto: T6327591
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