RP - UM NATAL ATÍPICO - PARTE 9

UM NATAL ATÍPICO

PARTE IX

Cláudio e Mônica voltam ao quarto de Leonardo e são surpreendidos por Jorge e Bárbara que vêm saindo do quarto. Jorge olha para os dois com expressão dura, encara Cláudio, mas não diz nenhuma palavra. Passa por ele na porta e se afasta. Bárbara séria, mas calma, cumprimenta:

- Com vão?

- Oi, Bárbara... Ninguém vai muito bem por aqui, não é?

- Eu imaginei que vocês não voltassem mais a Casa Branca. O povo da cidade não fala de outra coisa desde que saíram daqui.

- Eu vim pelo meu pai. Ninguém pode me proibir de vê-lo ou mesmo de visitar minha família. Se ele estivesse na fazenda, eu não teria vindo até aqui. Se você pensar um pouco, tudo isso é um pouco por culpa dos Telles também.

- Eu sei... Mas é só um aviso de amiga. Fiquem longe daqui e, você, não peça mais pro seu irmão invadir a casa da minha filha pra pegar seja lá o que for.

- Ele não invadiu nada. Aquela casa é minha também, Bárbara. Eu me casei com sua filha em comunhão de bens. Se ela me der o divórcio, eu sou capaz de deixar tudo aquilo pra ela. Até lá, direitos iguais.

- Você traiu minha filha...

- Porque ela não me deixou escolha.

Ele para e respira fundo.

- Eu não quero mais discutir isso. Pode ficar tranquila. Eu não tenho mais nada lá. Wagner já deve ter pegado tudo.

- Você não espera que eu diga isso a ela, espera?

- Você faz o que você quiser. Mas é bom que você e seu marido saibam disso.

- Está dado o recado.

Bárbara olha para Mônica.

- Está feliz agora? Você acabou com a vida do seu pai e da minha filha. Espero que durma bem à noite.

Mônica aperta sutilmente o braço de Cláudio, mas não consegue dizer nada. Bárbara passa por eles e se afasta. Quando a tia está longe, ela começa a ter uma crise de choro e se apoia no braço dele, sentindo uma tontura. Cláudio a segura.

- Mônica!

Ele a leva até uma cadeira e a faz sentar.

- O que você está sentindo?

- Eu não sei... Eu pensei que pudesse voltar aqui e suportar o olhar da minha família sobre mim... mas eu não consegui... Se eu tivesse ido embora logo no início, nada disso estaria acontecendo.

- Você não está falando sério. Não começa com isso de novo, meu amor.

Ele a abraça forte e ela esconde o rosto no peito dele, chorando.

- Isso ia acontecer de qualquer maneira, Mônica. Não fique assim. Fica calma. De certa forma a gente tinha que passar por isso, mas nós vamos sair mais fortes daqui. Se acalma, por favor. Respira. Eu estou aqui com você.

Rubens sai do quarto para ir atrás dele, estranhando a demora, e ao vê-los ali pergunta, preocupado:

- O que foi que aconteceu?

- Ela... se sentiu mal.

- Eu já estou melhor, diz Mônica.

- Eu vou pedir pra Leda te dar alguma coisa...

- Eu mesmo dou... diz Cláudio.

- Não, você vai cuidar do seu pai, diz Rubens. - Ele já pode ir pra casa. Me espera aqui. Eu já volto.

- Não, Rubens, eu não preciso de nada, diz Mônica. - Foi só uma queda de pressão. Se a gente já vai embora, eu vou ficar melhor na fazenda. Obrigada. Está tudo bem.

- Tem certeza? - Cláudio pergunta.

- Tenho. Vamos ver seu pai.

Eles entram no quarto e Leonardo já está trocado e sentado numa cadeira com Magda ao seu lado. Rubens entra com eles e diz:

- A dona Magda já sabe toda a dieta dele. Nada tão diferente do que ele já come só... por enquanto, nada de andar a cavalo pelo menos por uma semana. Emoções, nenhuma, se possível. Dá pra ser, seo Leonardo?

- Vou fazer o possível. Obrigado por tudo, doutor Rubens. Pretendo nunca mais voltar aqui.

- Eu também espero, sem ofensa, nem ao senhor, nem ao meu local de trabalho. Vão com Deus.

Ele aperta a mão de Leonardo e olha para Mônica.

- Foi muito bom ver vocês de novo.

- Obrigada, Rubens.

Rubens se volta para Cláudio e aperta sua mão também.

- Quando é que eu te vejo de novo?

- Não sei... mas obrigado.

- Muita sorte, cara. Vai com Deus.

Rubens sai do quarto. Mônica se aproxima de Magda e elas se abraçam.

- É bom vê-la de novo, diz Mônica.

- Você está bem?

- Não muito, Cláudio se antecipa. – Magda, vai com a Mônica pro carro e antes dá um copo de água pra ela, por favor. Eu levo o pai.

- Vem, filha.

Antes de sair com Magda, Mônica olha para Leonardo e diz:

- É muito bom ver o senhor também.

- Como vai, filha? Seus tios acabaram de sair daqui.

- Eu sei... Eu os vi.

Ela lhe dá um beijo no rosto e sai com Magda. Leonardo se levanta e olha para o filho.

- Ela está muito bonita.

Cláudio apenas sorri.

- Vamos pra casa?

RETORNO AO PARAÍSO – UM NATAL ATÍPICO

PARTE 9

OBRIGADA PELA COMPANHIA!

BONS PENSAMENTOS NOS ACOMPANHEM!

DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 18/05/2018
Reeditado em 06/02/2019
Código do texto: T6339515
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